A Honda lança no Brasil a quinta geração (terceira produzida aqui) do City. A novidade chega na tradicional carroceria sedã, cuja pré-venda começa em 23 de novembro com as primeiras entregas em janeiro de 2022. Também vem na inédita hatchback, que terá as vendas iniciadas em março do próximo ano.
Os preços do novo Honda City sedã começam em R$ 108,3 mil. Os do hatch, que serão um pouco menores, serão revelados somente em janeiro.
Dupla missão, como assim?
Os novos City sedã e hatch vão encarar uma dupla missão. O primeiro vai substituir as versões de entrada do Civic, que deixa de ser produzido no Brasil em dezembro e volta como importado na nova geração em 2022. Já o segundo vai tomar o lugar do Fit, que também se despede do mercado depois de 18 anos.
Mas será que a dupla tem atributos para essa árdua tarefa? As primeiras impressões são positivas. O City evoluiu em todos os aspectos. Está maior, mais espaçoso e bem equipado. Ganhou novo motor, o acabamento evoluiu e há boa oferta de equipamentos de segurança, alguns inéditos até mesmo no Civic.
Novo Honda City sedã está maior
O novo Honda City sedã é facilmente reconhecido como um City, apesar da semelhança com o Civic na dianteira. Está 94 milímetros mais comprido que o antecessor e agora tem 4,549 metros. A largura aumentou 53 mm e agora chega a 1,748 m. Na altura, houve uma pequena redução de 8 mm (1,477 m). Apesar de manter a mesma distância entre-eixos de 2,600 m, tem um novo arranjo interno que resulta em mais espaço para os passageiros. O porta-malas, contudo, diminuiu de 536 para 519 litros de capacidade na nova geração.
Hatch consegue substituir o Fit?
Com sua carroceria monovolume, o Fit conquistou uma legião de fãs apaixonados por seu espaço interno modular que permite diversas configurações.
O City é um hatch tradicional, porém a Honda garante que tem mais espaço do que o modelo que substitui. São 4,341 m, consideráveis 245 mm a mais que o Fit. Também ganha no entre-eixos com seus 2,60 m (70 mm maior) e na largura 1,748 m contra os 1,694 m do Fit.
O City hatch tem 1,498 m de altura, contra 1,536 m do irmão que sai de linha. Seu porta-malas tem quase 100 litros a menos (268 litros, conta 363 do Fit). Entretanto, o sistema Magic Seat do Fit, que dá opção de vários arranjos para o banco traseiro, permanece. Com o banco totalmente rebatido, o City hatch responde com 1.168 litros de volume, superando os 1.045 litros disponíveis no Fit.
Por dentro, o novo City mantém os plásticos rígidos das gerações anteriores. Porém, tem novos compostos têxteis de qualidade superior. Os novos bancos possuem o Sistema de Estabilização Corporal. De acordo com a Honda, a tecnologia aumenta o conforto e ajuda a reduzir a fadiga ao passar muito tempo ao volante.
Motor 1.5 é novo
Outra estreia dos novos Honda é o motor 1.5 litro 16V DI DOHC i-VTEC. Feito totalmente em alumínio, é o mesmo motor dos Civic e HR-V Touring, porém sem o turbocompressor. É flex, traz injeção direta de combustível e dois comandos de válvulas no cabeçote – um para as oito válvulas de escape e outro para as oito de admissão.
A potência máxima é de 126 cavalos a 6.200 rpm, tanto com etanol como com gasolina. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o City sedã tem consumo na cidade de 9,2/13,1 km/litro (etanol/gasolina) e, na estrada, de 10,5/15,2 km/litro – respectivamente. No hatch são 9,1/13,3 e 10,5/14,8 km/litro.
Honda Sensing reforça a segurança
O novo City é o primeiro modelo da marca produzido no Brasil a contar com o Honda Sensing, um pacote de equipamentos de segurança e assistência à condução com cinco funções:
- ACC – Controle de cruzeiro adaptativo – Ajuda o condutor a manter uma distância segura em relação ao veículo que trafega à sua frente;
- CMBS – Sistema de frenagem para mitigação de colisão – Aciona o freio ao detectar uma possível colisão frontal, evitando acidentes. Pode identificar pedestres e veículos que estejam no mesmo sentido ou no oposto;
- LKAS – Sistema de assistência de permanência em faixa – “Lê” as faixas de rodagem e ajusta a direção com o objetivo de auxiliar o motorista a manter o veículo centralizado nas linhas de marcação;
- RDM – Sistema para mitigação de evasão de pista – Detecta a saída da pista e ajusta a direção com o objetivo de evitar acidentes;
- AHB – Ajuste automático de farol – Comutação noturna automática dos fachos baixo e alto dos faróis de acordo com a situação.
Também há assistente de estabilidade e tração (VSA), assistente de partida em rampa (HSA), sistema de luzes de emergência (ESS), seis airbags (frontais, laterais e do tipo cortina), detector de veículos nos pontos cegos (LaneWatch) estrutura de deformação progressiva ACE, sistema Isofix para fixação de assentos infantis, alerta de baixa pressão dos pneus e câmera de ré.
Quanto custa e o que traz o novo Honda City?
O novo Honda City sedã tem três versões:
- EX (R$ 108,3 mil);
- EXL (R$ 114,7 mil);
- Touring (R$ 123,1 mil).
Todas trazem:
- Botão de partida do motor;
- Sistema de destravamento por proximidade da chave (Smart Entry);
- Ar-condicionado digital;
- Nova central multimídia touchscreen de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem-fio;
- Câmera de ré.
A partir da versão EXL, estão disponíveis também:
- Sensores de estacionamento traseiros;
- LaneWatch;
- Bancos revestidos em couro;
- Painel digital TFT de 7 polegadas multiconfigurável;
- Ar-condicionado digital e automático;
- Função de travamento das portas por aproximação da chave.
O City Touring ainda adiciona sensores de estacionamento dianteiros e espelho retrovisor fotocrômico.
O City hatchback tem duas versões (EXL e Touring), ambas equipadas com:
- Sistema Magic Seat;
- Botão de partida do motor;
- Sistema de travamento e destravamento por aproximação da chave (Smart Entry);
- Ar-condicionado digital e automático;
- Central multimídia touchscreen de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem-fio;
- Câmera de ré;
- Sensores de estacionamento traseiros;
- Bancos revestidos em couro;
- Painel digital TFT de 7 polegadas multiconfigurável.
A versão Touring traz ainda sensores de estacionamento dianteiros.
Evoluído, o novo City tem chances de conquistar os compradores de Civic e Fit. Também terá boa parcela do público que hoje senta ao volante de modelos como Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Nissan Versa, Fiat Argo e Cronos, além de Toyota Yaris e Volkswagen Polo e Virtus.
Última atualização em 19/11/2021