Por mais que sejam parecidas – procurou, avaliou, gostou, pagou e levou -, as compras de um carro e de uma moto usada têm algumas diferenças que você deve prestar atenção. Logo de cara, podemos dizer que as chances de encontrar uma moto que tenha sofrido um acidente ou queda são maiores do que as de encontrar um carro batido.
Isso porque as motocicletas são mais vulneráveis e correm um risco maior de se envolver em um sinistro. Afinal, dependem do equilíbrio do condutor e são menos visíveis no tráfego. Especialmente as de baixa cilindrada que circulam entre os carros pelas ruas e avenidas das grandes metrópoles.
Quedas
Entretanto, uma moto que tenha caído não significa que seja uma moto ruim. Tudo depende da extensão dos danos sofridos e da maneira como os reparos foram feitos. Se peças móveis como tanque, carenagens, pedaleiras, manetes e manoplas foram substituídos por itens originais, não há problemas.
Quando os danos envolvem a parte estrutural da motoca, a coisa fica mais séria. Quadro, balança e garfo tortos podem nunca voltar às medidas originais. E andar com uma moto desalinhada é perigoso, uma vez que afeta a sua ciclística e pode resultar em um grave acidente.
As motos pequenas e urbanas, as esportivas e as nakeds são as mais suscetíveis a quedas. As primeiras por rodarem muito nas cidades. Já as duas últimas são levadas ao limite por conta do alto desempenho. São motos feitas para andar rápido. E velocidade e responsabilidade nunca andaram de mãos dadas.
Modelos big trail, custom e touring normalmente têm condutores mais velhos e responsáveis. Além disso, são mais usadas para lazer aos finais de semana. Na dúvida, procure uma empresa que faça laudos cautelares de motocicletas, que são semelhantes aos dos carros. Além de observarem a procedência, se há bloqueios, restrições ou multas, também verificam se há danos estruturais.
Quilometragem
As motos pequenas usadas nas grandes cidades normalmente rodam como os carros e quilometragens maiores não são um impeditivo. Nas mãos dos entregadores de aplicativos, chegam a rodar 300 quilômetros ou mais todos os dias. O bom é que uma moto rodada é fácil de identificar. Os desgastes do banco, manoplas, pedaleiras, manetes, comandos são bem visíveis. Sem contar riscos no guidão, quadro, balança, garfo e no miolo da ignição.
Nas motocicletas maiores, as quilometragens costumam ser mais baixas. Isso porque normalmente rodam apenas nos finais de semana. Mas tudo depende do estilo da moto usada e em que condições essa quilometragem foi feita. Uma esportiva BMW S1000 RR com cinco mil quilômetros possivelmente sofreu bem mais do que uma big trail BMW R1250 GS com o hodômetro marcando o dobro de quilômetros rodados.
Um bom indicativo da procedência da moto é o manual do proprietário com todas as revisões feitas na concessionária, a chave reserva e estojo de ferramentas. Motocicletas bem cuidadas devem ter todos estes itens. Nos modelos maiores e mais potentes é praticamente obrigatório que todos eles estejam presentes.
Documentação
Como nos carros, as motos usadas devem estar com documentação em dia, sem multas, bloqueios ou restrições e registradas em nome do vendedor ou de parentes próximos. Caso a moto tenha alguma pendência, só feche negócio e efetue o pagamento depois que tudo estiver resolvido.
Como dito acima, um laudo cautelar é muito importante nestas horas. Ele indica se a moto tem passagem por leilão, indenização por perda total, bloqueios judicial, administrativo ou financeiro, multas, entre outros.
Mecânica
Uma das grandes vantagens da moto usada é que seu conjunto mecânico fica exposto. Então, se houver vazamentos, parafusos e relação desgastados, rodas tortas ou amassadas e quadro desalinhado, é fácil perceber.
Uma moto que foi mantida com cuidado deve ter histórico de todas as manutenções realizadas. Principalmente as trocas de óleo e filtros. Escapamento menos restritivo e ausência de filtro de ar são sinais de que o antigo dono “torcia o cabo”.
A moto deve ter partida fácil, não pode soltar fumaça pelo escapamento e contar com engates de marchas sem trancos. A relação deve estar lubrificada, limpa e silenciosa. Os dentes das engrenagens do pinhão e da coroa não podem estar pontudos e afiados.
Pneus
Atenção com os pneus, que nas motocicletas apresentam desgaste maior no centro. Nas esportivas e nas nakeds, os pneus são muito exigidos. Eles duram entre 5 mil e 10 mil km e são caros, custam entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil cada. Nas custom e nas big trail, a média fica entre 12 mil e 15 mil km, mesma coisa que duram os pneus das motos urbanas. Tudo depende da maneira como o condutor pilota.
Outro detalhe importante é a durabilidade. Os fabricantes de pneus recomendam trocas a cada cinco anos, pois a borracha resseca e pode causar deformações e estouros, colocando em risco a vida do motociclista. Então, ao comprar uma moto que tenha sido usada somente para lazer, confira a data de fabricação na lateral do pneu através dos quatro últimos dígitos após a sigla DOT. Se estiver marcando 4820, por exemplo, significa que foi produzido na 48ª semana do ano de 2020.
Seguro
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Última atualização em 30/08/2021