Se você está trocando ou vai trocar o seu carro, provavelmente vai ouvir o termo laudo cautelar, também conhecido como vistoria cautelar. O serviço tem sido bastante procurado no comércio de veículos como forma de evitar surpresas desagradáveis na hora de comprar ou vender. O laudo cautelar é bastante popular no Estado de São Paulo há mais de quinze anos e praticamente obrigatório para quem está comprando um carro usado. Mas, afinal, do que se trata o laudo cautelar?
Seu passado te condena?
O laudo cautelar é uma vistoria completa feita no carro por empresas especializadas no serviço. Através dele, é possível conhecer todo o histórico do carro, desde o primeiro dono. Diferentemente do laudo de vistoria exigido pelo Detran (Departamento de Trânsito), o laudo cautelar não é obrigatório.
Entretanto, a grande maioria das concessionárias e revendas exige que ele seja feito quando você inclui seu carro antigo como parte do pagamento na troca por um novo. Em caso de reprovação, o negócio pode até ser cancelado. Além disso, o laudo cautelar é mais completo do que o de transferência.
Carro batido? Você vai saber
Durante a vistoria do laudo cautelar, é levantada toda a vida do carro. O vistoriador analisa e fotografa toda a estrutura do carro em busca de reparos feitos após colisões, peças de carroceria e vidros trocados, além de verificar as numerações do chassi, motor e caixa de câmbio.
Algumas empresas, como a multinacional alemã Dekra, vão além e oferecem serviços extras, como relacionar todas as peças que tenham sido repintadas ou trocadas. Se o carro sofreu uma leve colisão e teve que trocar uma lanterna traseira e repintar o para-choque e parte da lateral, o reparo será mostrado no laudo.
O detalhamento é tão grande que até quantidade de tinta em cada painel da carroceria e se os airbags foram acionados são indicados no relatório final. Nesta vistoria mais completa, são checados 250 itens do veículo.
Restrições e passagens por leilão? Também vai saber
Ao mesmo tempo, as empresas de vistorias acessam sistemas próprios em busca de informações sobre o veículo e consultam também:
- Se há passagens por leilão (sejam de seguradoras, bancos, montadoras ou penhor, incluindo data, nome da instituição e motivo do leilão);
- Queixas de furto ou roubo;
- Bloqueios;
- Restrições administrativas, financeiras e judiciais;
- Inscrição em dívida ativa;
- Indenização por perda total e até os nomes dos proprietários anteriores.
Débitos são apontados e quilometragem é registrada
Na vistoria cautelar também são levantados todos os débitos do veículo – incluindo multas, IPVA, DPVAT e licenciamento – e se o carro realizou os recalls anunciados por seu fabricante e a situação das placas e do lacre.
Outra informação importante é sobre a quilometragem. Toda vez que passa por uma empresa de vistoria, seja para um laudo de transferência ou cautelar, a quilometragem mostrada no painel é registrada no sistema. Assim, se ela foi adulterada anteriormente, o laudo vai apontar. Com toda essa quantidade de informações, a compra do carro usado fica muito mais segura e tranquila.
Laudo aprovado não é garantia de boa compra
Ter um laudo cautelar aprovado não significa que o carro esteja em bom estado, uma vez que as condições do motor, suspensão, freios e parte elétrica não são verificadas. O modo como o carro cuidado pelo dono anterior também não pode ser atestado. Para estes casos o melhor a fazer é levar o carro ao mecânico de confiança e pedir que ele verifique.
Além disso, é preciso ter cuidado com a empresa de vistoria escolhida. Como o serviço de vistoria se popularizou nos últimos anos, existem muitas opções no mercado, com os mais diferentes preços. Infelizmente, por má-fé ou por falta de experiência, tem sido bastante comum a aprovação de veículos com danos estruturais graves, passagens por leilão ou quilometragem adulterada.
Você compra um carro aparentemente sem problemas e, quando vai vender anos depois, percebe que o laudo cautelar era fraudado e que você foi enganado quando o adquiriu. Com certeza o prejuízo será grande, pois seu carro será desvalorizado e, como dito acima, o negócio poderá até mesmo ser desfeito.
Cuidados com o laudo cautelar
O primeiro cuidado ao comprar um veículo usado é pedir para verificar o laudo cautelar. Se o vendedor não permitir, encerre a negociação ali mesmo. Com o laudo em mãos, veja a data que a vistoria foi feita e todas as informações e apontamentos contidos. Pegue o nome da empresa que fez a vistoria e faça uma consulta no Google para ver se é confiável. Se houver queixas, peça para fazer a vistoria em outro lugar. Em caso de negativa por parte do vendedor, desista do carro.
Caso o carro de seu interesse não tenha laudo cautelar, solicite ao vendedor que seja feito em uma empresa de sua preferência. Não existe uma regra, mas geralmente é o comprador que paga o laudo em caso de aprovação. Se o veículo for reprovado, o custo é do vendedor. De qualquer maneira é bom deixar isso combinado antes.
Quanto custa o laudo cautelar?
Um laudo cautelar em empresas de boa procedência custa entre R$ 200 e R$ 250 e verifica cerca de 130 itens do carro. Conforme a quantidade de checagens aumenta, o preço sobe. Uma dica importante é aproveitar para fazer o laudo de transferência obrigatório junto com o laudo cautelar. Como as verificações e fotos exigidas pelo Detran são as mesmas, ele não é cobrado e você vai economizar cerca de R$ 120.
Seguro de Carro antes de sair pelas ruas
Bom, agora que você já entendeu o que é um laudo cautelar e sua importância, não deixe de sair com seu carro recém comprado sem um seguro de carro. Ter um seguro auto vai te proteger contra qualquer imprevisto que possa acontecer. Faça uma cotação online de seguro de carro aqui na Bidu e conheça as opções.
Última atualização em 18/06/2020