O ano de 2022 começou com a oficialização da síndrome de Burnout como doença de trabalho.
A mudança, entretanto, que passou a valer a partir do dia 1 de janeiro, já era uma decisão certa para a Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2019.
Apesar da informação, para muitas pessoas a síndrome de Burnout ainda é uma mera desconhecida. Será?
Na verdade, muita gente não associa o nome às características dessa doença. Segundo pesquisa da International Stress Management Association, ela atinge cerca de 32% dos trabalhadores do país. Ou seja, mais de 33 milhões de pessoas.
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O que é a síndrome de Burnout?
O termo Burnout, criado pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger (1926-1999) em 1974, tem origem inglesa e pode ser traduzido como “esgotamento ou queimar-se por completo”.
Freudenberger descobriu na prática a síndrome até então desconhecida. Ele trabalhava intensamente durante o dia e à noite em sua clínica, o que o levou a cair de cama diante do esgotamento físico e mental.
É sabido que dormir pouco ou mal contribui, e muito, para o surgimento ou o agravamento da doença. Então, o psicanalista foi o primeiro a sentir na pele as principais características provocadas pela síndrome (esgotamento físico e mental) – é como se o cérebro da pessoa, e mesmo todo o seu corpo, atingisse um limite e pifasse.
Sofro de Burnout? Atenção aos sinais!
Para ter o diagnóstico da síndrome de Burnout é preciso procurar um especialista. Ele se pronunciará após realizar uma análise clínica do paciente.
Psiquiatras e psicólogos são os profissionais de saúde recomendados para fazer esse trabalho. Não somente na identificação do problema, mas também na condução do tratamento mais indicado para cada caso.
Em geral, para detectar a presença dessa síndrome três características são imprescindíveis.
- Exaustão. Sim, mas não pense no cansaço que vai embora após dias de descanso, como um final de semana, por exemplo. Estamos falando da exaustão que se configura como um esvaziamento físico e mental que não passa com dias de folga ou mesmo férias ou licença médica.
- Ceticismo. A pessoa com a síndrome torna-se cética, sem perspectivas.
- Sensação de ineficácia. Quando o funcionário se desdobra, chega mais cedo e sai mais tarde, e mesmo assim sente que não produziu o que gostaria.
Plano de Saúde empresarial no universo Burnout
Já sabemos que no cenário atual, a síndrome de Burnout é enquadrada como doença do trabalho. Portanto, fica evidente que as empresas passam agora a ter ainda mais responsabilidades quanto ao bem-estar de seus colaboradores/funcionários. Afinal, de acordo com a OMS, o transtorno pode ser definido como um “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.
Por ser uma doença decorrente do trabalho, há uma série de implicações. Elas passam desde pelo âmbito previdenciário, como também por várias condutas que as empresas podem adotar para evitar que seus funcionários adquiram a síndrome.
Oferecer plano de saúde é uma delas, pois é um benefício que leva mais conforto, segurança e, claro, contribui para que os funcionários cuidem com mais zelo da saúde.
Dessa forma, o plano de saúde empresarial pode ser um aliado dos empregadores e empregados ao mesmo tempo. Ele é uma ferramenta para lá de útil quando o assunto é síndrome de Burnout.
Mas outras medidas também podem ajudar como, por exemplo:
- Manter os funcionários na ativa apenas nos horários estabelecidos;
- Respeitar descansos;
- Oferecer férias de acordo com o que consta na CLT;
- Instituir um ambiente saudável, entre outras ações.
Síndrome de Burnout não é doença ocupacional
Especialistas apontam que a sensação das pessoas que sofrem de Burnout é a de ter passado dos limites. E, pior, não ter acesso a recursos físicos, psíquicos ou emocionais para sair da situação.
São sintomas diferentes daqueles que configuram as doenças ocupacionais. Essas são desencadeadas pelo exercício do trabalho peculiar a uma determinada atividade.
Já a síndrome de Burnout, que é uma doença do trabalho, surge em virtude de condições especiais em que o trabalho é feito. Ou seja, a partir do ambiente no qual o colaborador exerce o seu ofício.
Algumas situações vivenciadas por quem desenvolve a síndrome são, por exemplo:
- Assédio moral;
- Estabelecimento de metas abusivas;
- Cobranças agressivas etc.
Como lidar e também prevenir a síndrome de Burnout?
Psicólogos alertam para que as pessoas que sofrem com a síndrome reflitam sobre o autocuidado, ou seja, pensem sobre o que elas estão fazendo com sua qualidade de vida.
Para isso, muitas vezes é necessário contar com ajuda psicológica para resgatar a autoconfiança e a autoestima, além de praticar atividades prazerosas e de relaxamento.
Outros cuidados são sempre bem-vindos, inclusive para quem deseja evitar o transtorno.
- Fazer atividade física
- Ter alimentação balanceada
- Tentar garantir um sono de melhor qualidade
- Prestar mais atenção aos sinais de alerta
- Organizar as prioridades
- Detectar e compreender os gatilhos de estresse
- Contar com uma rede de apoio
- Limitar o tempo dedicado ao trabalho
- Aprender a dizer não
- Entender que a comunicação é essencial para tudo
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Última atualização em 24/02/2022