Às vésperas de sua estreia, em 16 de novembro de 2020, o PIX, novo sistema de pagamentos criado pelo Banco Central, ainda é uma incógnita para muitos clientes das instituições bancárias no Brasil. Por isso, a Bidu preparou este conteúdo para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema: afinal, o que é o PIX?
Como será que ele funcionará? Será que facilitará a vida dos clientes? Terá custo?
Confira as respostas para essas e outras dúvidas.
PIX: o que é?
O nome PIX começou a ser divulgado pelo Banco Central no início de 2020. À época, era anunciado como um novo meio de pagamento instantâneo.
E é exatamente isso que ele é: uma nova forma de pagamento (ou simplesmente de transferência de dinheiro) imediato que foi criada pelo BC e entrará em vigor no dia 16 de novembro de 2020.
Trata-se, na verdade, de mais uma opção de efetuar transferências de valores. Ele funciona da mesma forma como fazem hoje em dia os clientes que utilizam, por exemplo, o sistema de TED (Transferência Eletrônica Disponível) e de DOC (Documento de Ordem de Crédito).
Quando precisam enviar uma quantia para contas de pessoas físicas e jurídicas, efeutam as transferências ou então recebem os valores.
Como será usado na prática?
A função estará disponível nos aplicativos bancários utilizados pelos clientes que têm contas em bancos, instituições financeiras e outras empresas de pagamento.
No momento de fechar uma transação, seja ela um pagamento ou então simplesmente o envio de dinheiro, o cliente só precisará escolher o PIX no aplicativo como forma de realizar a transação. Lembrando esta será uma opção de operação ao lado das já conhecidas TED ou DOC.
Quais as principais vantagens de usar o PIX?
Uma das vantagens que o cliente terá ao usar o novo sistema será a praticidade. Isso porque, diferente de quando se faz um TED ou DOC, ele não precisará informar número de conta e agência para iniciar uma transferência.
Pois é! Mais facilidade para o dia a dia do cliente. Essas informações necessárias para a efetivação de um TED, por exemplo, são substituídas pelo que o Banco Central chama de chave PIX (mais abaixo você terá detalhes sobre a chave PIX).
Outro diferencial: as transferências feitas pela opção PIX serão efetivadas na hora! Isso mesmo! De acordo com o Banco Central, o serviço estará à disposição dos clientes 24 horas do dia, todos os dias, incluindo os finais de semana.
É válido lembrar que tanto TED quanto DOC funcionam somente em dias úteis. Isso significa que as transferências feitas em finais de semana ou feriados no País são completadas somente no dia útil seguinte, podendo levar dias para ser finalizada.
O cliente poderá contar, então, com esse diferencial. O PIX funcionará em uma infraestrutura de rede mais moderna, estando na ativa independente do horário bancário.
Por isso, será possível enviar dinheiro para um destinatário a qualquer dia e horário. E, melhor: o valor sempre cairá na conta na mesma hora!
A liquidação só não será efetivada de imediato se o cliente optar pelo agendamento do pagamento. A função é nativa do serviço, mas cada instituição financeira poderá decidir se irá ou não oferecê-la ao cliente.
Outras vantagens:
- As transações serão concluídas em menos de 10 segundos;
- O PIX será gratuito para pessoas físicas, na maioria dos casos, inclusive para quem é MEI (microempreendedor individual).
Ah, o Banco Central ainda informa que a rede desse novo sistema é mais segura.
Há diferenciais para contas pessoa jurídica?
Para quem tem conta PJ, ou seja, as empresas, o PIX poderá ser oferecido aos clientes como forma de pagamento por meio de um QR Code também.
Nesse caso, no momento de fechar o negócio, será necessário apenas escolher o PIX no aplicativo e capturar a imagem do QR Code.
Portanto, ele vai agilizar as transferências de valores feitas entre os usuários, o pagamento de contas e até mesmo o recolhimento de impostos e taxas de serviços.
O que devo fazer para ter acesso ao Pix?
Não é preciso baixar nenhum novo aplicativo para utilizar o PIX. O sistema será integrado aos que já são oferecidos pelos bancos, fintechs etc. Isso significa que o PIX poderá ser uma opção para o cliente fazer transferências via Internet Banking ou Caixa Eletrônico.
Para usar o PIX, será necessário apenas que o pagador (a pessoa que enviará o dinheiro) e o recebedor (a pessoa que receberá o dinheiro) tenha uma conta em banco, instituição de pagamento ou fintech. Detalhe: essa conta não precisa ser necessariamente uma conta corrente.
O que é a chave PIX e como ter acesso a ela?
Tanto os clientes de contas pessoa física quanto jurídica já podem fazer o procedimento inicial para aderir ao PIX. É preciso criar a chave PIX, que nada mais é do que o endereço da sua conta no PIX.
É um processo muito simples, principalmente em virtude do trabalho que as instituições financeiras estão fazendo para divulgar esse serviço, chamando a atenção dos clientes nos aplicativos.
Portanto, basta acessar o banco utilizando os canais de atendimento em que tem a conta para criar a chave PIX de um jeito muito simples. Siga as orientações apresentadas pela instituição financeira.
Mas para você já estar preparado, saiba que para criar uma chave PIX o cliente da conta pessoa física ou jurídica precisará usar uma das seguintes formas de identificação disponíveis:
- CPF/CNPJ;
- E-mail;
- Número de telefone celular;
- Ou a chave aleatória.
Essa chave aleatória será uma forma de receber um PIX sem que seja preciso informar dados pessoais. Será como um login: um conjunto de números, letras e símbolos que serão gerados aleatoriamente para identificar a conta do destino dos valores enviados.
Última atualização em 04/11/2020