É fato: os veículos movidos a combustíveis fósseis estão com os dias contados. A União Europeia já definiu que, a partir do ano de 2035, carros novos com motores a combustão interna não poderão mais ser vendidos nos países membros. Montadoras como Audi, Mercedes-Benz e Volvo prometeram que, em 2030, só terão modelos elétricos em sua gama.
Aqui no Brasil, o carro elétrico esbarra no alto preço. Sem grandes incentivos governamentais e sofrendo com o dólar alto, os modelos a bateria são caros e um nicho de mercado. Mesmo com todos estes obstáculos, as vendas subiram nada menos do que 257% em 2021, comparadas com um ano antes.
Você não pode investir cerca de R$ 150 mil por uma JAC E-JS1, atualmente o carro elétrico mais barato do Brasil, mas quer usar um meio de locomoção sustentável? Então uma boa opção são as motos elétricas.
As elétricas são as motos do momento
Em meados do último ano, o Mercado Livre divulgou um estudo que apontava que a busca por motos elétricas dentro da plataforma de compra e venda subiu nada menos do que 1200% entre maio de 2020 e maio de 2021.
O interesse foi motivado pela pandemia de Covid-19. Ela obrigou o isolamento social e, ao mesmo tempo, revelou que ter um ou mais carros não era mais necessário. Além do apelo ecológico, a alta nos preços dos combustíveis também foi determinante para o aumento na procura.
Menos de meio centavo para rodar um quilômetro
Se uma moto de baixa cilindrada já é econômica, imagine uma elétrica. Um modelo flex de 150 cm³, o mais popular do país, tem custo por quilômetro rodado de cerca de R$ 0,10. Já em uma moto elétrica, o valor é de apenas R$ 0,003.
Como se não bastasse tamanha poupança na hora de “abastecer”, o modelo movido a bateria não exige gastos com a manutenção, apenas troca de pneus. Portanto, não é necessário trocar óleo ou substituir a relação em motos elétricas. E o recarregamento das baterias pode ser feito em tomadas comuns de 110 ou 220 volts. São ou não as motos do momento?
E mesmo preço de uma moto a combustão
Se no Brasil um carro elétrico chega a custar três vezes mais do que um similar com motor a combustão, nas motocicletas a situação é diferente. Os preços são compatíveis com modelos flex ou a gasolina e há opções a partir de R$ 9,9 mil. Separamos os modelos mais procurados no mercado brasileiro.
Vale lembrar que as motos elétricas abaixo exigem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria A e emplacamento, assim como toda a documentação. Em alguns estados há isenção de IPVA e outros benefícios para veículos elétricos.
Confira os principais modelos de motos elétricas
Voltz EVS
As motos elétricas da Voltz são montadas em Recife (PE) e estão entre as mais vendidas do Brasil. O modelo EVS, a não ser pela carenagem do conjunto motor-bateria, pode ser facilmente confundido com uma moto a combustão da Honda ou Yamaha.
A EVS tem baterias que proporcionam uma autonomia de até 180 quilômetros – com uma bateria, a autonomia cai para 100 km. A potência de até 7.000 Watts permite chegar aos 120 km/h de velocidade máxima. Custa R$ 20,5 mil.
Voltz EV1 Sport
O EV1 é um scooter que tem até entrada USB, Bluetooth e chave presencial. Sua potência é de 3.000 W, com velocidade máxima de 75 km/h e autonomia de 180 km com duas baterias. Seu preço é de R$ 13 mil.
Shineray SE1
É a moto elétrica mais barata da lista e você pode encontrar por R$ 9,9 mil. Valor semelhante ao de um scooter Honda Elite 125 movido a gasolina. A SE1 tem motor com 2.000 w de potência, velocidade máxima de 60 km/h e uma autonomia de 80 km. A bateria de lítio é removível e pode ser completamente recarregada em oito horas.
Shineray SHE3000
A Shineray SHE 3000 é voltada para o trabalho e pode transportar até 150 quilos de peso. É impulsionada por um motor elétrico de 3000 W de potência montado diretamente na roda traseira. Pode chegar aos 80 km/h e tem autonomia de 120 km. As vendas devem começar ainda em 2022 e seu preço, ainda não definido, vai ficar na faixa dos R$ 12 mil a R$ 15 mil.
Energie Mobi Super Soco TC
O destaque da Energie Mobi Super Soco TC é seu design retrô. Tem motor Bosch de 1.500 W, 75 km/h de velocidade máxima e autonomia de 60 ou 120 km (por meio da compra de uma bateria extra). Produzida em São Paulo – e tabelada a R$ 21,9 mil -, conta também com iluminação full-LEDs, painel com tela LCD e ajustes de suspensão traseira.
Muuv Custom SE
Assim como a Energie, a Muuv Chooper SE apela para o visual diferenciado, com estilo custom, banco único e guidão alto. Seu motor de 2000 W pode levá-la aos 50 km/h e a bateria permite uma autonomia de 40 km. Custa R$ 15,5 mil.
GWS K14RS
Com visual e porte (e preço) de moto superesportiva, a GWS K14RS tem motor com 14.000 W que permite uma velocidade máxima de 170 km/h e autonomia de 150 km. Custa salgados R$ 96,5 mil (quase o mesmo de uma BMW S1000RR) e tem conjunto ótico de LED, conexão Bluetooth para smartphone e freios a disco.
GWS K8000R
Se o visual da K14RS é de superesportiva, a K8000R apela para as nakeds para conquistar os fãs de duas rodas. O motor elétrico desenvolve 8.000 W, a sua velocidade máxima é de 130 km/h e a autonomia também é de 150 km. Pelos R$ 65 mil pedidos pela K8000R é possível comprar uma Yamaha MT-09 e ainda ficar com R$ 8 mil de troco.
Última atualização em 08/03/2022