Na hora da compra, quase todo mundo quer escolher os carros que menos quebram, não é mesmo? Afinal, ninguém gosta de ficar parado com o carro quebrado no acostamento, de torrar quase todo o salário em manutenção e muito menos de ser amigo íntimo do mecânico.
Com o avanço da tecnologia e dos materiais, os automóveis ficaram mais confiáveis e duráveis nas duas últimas décadas. Entretanto, seja por erros no projeto, no desenvolvimento ou até mesmo por displicência dos proprietários com a manutenção, ainda existem alguns modelos que são dor de cabeça garantida para os seus donos.
Diz o velho ditado que “quem avisa amigo é”. Para você não cair em uma cilada, separamos os seis carros que dão mais problemas mecânicos. Ao não ser que você seja mecânico ou dono de loja de autopeças, não se iluda com o preço baixo, não caia em tentação e evite os modelos abaixo.
Quer carros que menos quebram? Então fuja da lista abaixo
Ford com câmbio Powershift
O câmbio automatizado de duas embreagens Powershift se tornou um problema mundial para a Ford. No Brasil, a transmissão equipou Fiesta, EcoSport e Focus. Mesmo com diversos recalls e extensão da garantia de fábrica para 10 anos, arranhou a imagem dos três modelos e da própria marca.
O defeito do Powershift está na vedação da caixa seca da embreagem, que pode causar oxidação em embreagens, garfos e rolamentos, e consequentemente o travamento. Os sintomas são trepidação excessiva, ruídos, travamento das marchas e superaquecimento. Algumas oficinas especializadas dizem ser possível resolver o problema, porém não vale a pena arriscar.
Câmbio AL4 Peugeot/Citroën
Se está buscando carros que menos quebram, fique atento a isso também. Mais um câmbio que detonou a reputação de marcas e modelos. Neste caso, trata-se da caixa automática de quatro velocidades AL4, usada em um enormidade de modelos:
- Peugeot 206, 207, 208. 307, 308, 407 e 408;
- Citroën C3, C3 Picasso, C3 Aircross, C4 hatch, C4 Pallas e C4 Lounge.
O problema do câmbio AL4 é que a degradação do óleo causa o travamento das solenóides. Por consequência, as marchas começam a patinar nas trocas, além de ocorrer o travamento total do câmbio em muitos casos.
O mais curioso é que os manuais de proprietário dos modelos não recomendam a troca do lubrificante da transmissão AL4. Já oficinas especializadas em câmbio automáticos alertam que a substituição deve ser feita a cada 40 mil quilômetros. Por via das dúvidas, fuja da encrenca.
Câmbio Volkswagen DSG de sete velocidades
Assim como o Powershift, o câmbio DSG da Volkswagen é um automatizado de duas embreagens a seco. Ele equipou o Golf 1.4 TSI, além dos Audi A1, A3 e Q3 com o mesmo motor.
Apesar de menos problemático do que o rival da Ford, o DSG costuma dar defeito na mecatrônica (um sistema eletro-mecânico-hidráulico) que faz as trocas das marchas. Além disso, as embreagens trepidam e fazem barulhos ao passar por pisos irregulares.
Já o DSG de seis velocidades que equipa os modelos com motor 2.0 TSI (Volkswagen Golf GTI, Jetta TSI e GLI, Beetle e Tiguan R-Line e Audi A3, A4, A5, A6, A7, Q3 e Q5) tem embreagens banhadas a óleo e não costuma dar defeito.
Câmbios automatizados de Chevrolet, Fiat, Renault e Volkswagen
Anote esses nomes:
- Chevrolet Easytronic (Agile e Meriva);
- Fiat Dualogic (500, Uno, Palio, Siena, Grand Siena, Punto, Stilo, Bravo e Idea);
- Renault Easy-R (Logan e Sandero);
- Volkswagen I-Motion (Up, Gol, Voyage, Fox e Polo).
Se busca carros que menos quebram e topar com algum deles na hora de trocar de carro, desista.
Como todos os automatizados, os câmbios acima são manuais tradicionais com um sistema que faz o acionamento da embreagem e troca as marchas automaticamente. O problema é que as trocas são lentas e deixam “buracos” nas acelerações. Como se não bastasse, as partidas em rampas e manobras são péssimas e até perigosas com estes câmbios.
Pensa que acabou? Os componentes eletro-mecânicos-hidráulicos dão defeitos com frequência e não são baratos para consertar. Os câmbios automatizados são tão problemáticos que é muito comum proprietários converterem para câmbio manual convencional.
Volkswagen Amarok
Uma caminhonete a diesel deve ser valente para aguentar o trabalho pesado, certo? Não é o caso da Amarok, que enfrenta problemas crônicos de motor desde que foi lançada, em 2011. A fama é tão ruim que há uma oficina especializada no modelo em Goiânia (GO) que atende carros do Brasil inteiro, inclusive enviados por concessionárias Volkswagen.
Os primeiros propulsores 2.0 com dois turbocompressores costumam ter problemas de contaminação da correia dentada e na válvula EGR de recirculação dos gases. Nem o motor V6 Turbodiesel, lançado em 2018, conseguiu afastar defeitos da EGR. Eles causam perda de potência, elevação do consumo e perda do líquido de arrefecimento.
Chevrolet Captiva
Um SUV completão, com motor V6 e ainda bonito por menos de R$ 30 mil? A desvalorização não é à toa. O Captiva foi a opção de SUV médio da Chevrolet entre 2009 e 2014, importado do México com motor 2.4 de quatro cilindros ou 3.6 V6. Sofre com manutenção caríssima e falta de peças, além de ser pouco resistente. Como bônus, tem alto consumo de combustível.
Última atualização em 11/07/2022