Eles estão presentes nos videoclipes de rappers famosos, em filmes eletrizantes de ação e sempre carregam um sedutor ar de aventura. Os carros rebaixados estão presentes no imaginário dos amantes do automobilismo. E são o sonho de consumo de muito marmanjo por aí.
Mas, você sabe como se faz um carro rebaixado, quanto custa para manter e quais são as consequências para a sua segurança? A gente te explica tudo logo abaixo.
O que é um carro rebaixado?
Rebaixar o carro é uma das modificações mais comuns feitas em carros “tunados”, ou seja, modificados para máxima personalização. No processo, a suspensão do automóvel é removida, sendo substituída por molas esportivas ou molas preparadas. Além disso, podem ser instaladas também suspensão com rosca ou suspensão hidráulica, que devem seguir as normas do Conselho Nacional de Trânsito. Neste caso de suspensões reguláveis, é permitido apenas o uso em veículos com até 3.500 quilos.
Os carros rebaixados, como o próprio nome sugere, faz com que a carroceria fique bem próxima ao chão. Porém, durante o teste de esterçamento, as rodas e os pneus não podem tocar na mesma. Se isso acontecer, o veículo não recebe autorização para rodar.
Isso porque o Contran limita o nível máximo de rebaixamento em uma altura de pelo menos 10 cm em relação ao solo.
Quanto custa rebaixar o carro?
É sempre importante lembrar que o rebaixamento deve ser feito com mão de obra especializada. Um mecânico experiente no assunto vai garantir que o veículo seja rebaixado com segurança e cumpra todos os requisitos para ser regulamentado.
Em média, os custos giram em torno de R$3.000,00 em uma oficina certificada. Além disso, o proprietário deverá providenciar documentações específicas e pagar taxas como:
– Taxa referente a novo CRV (caso o licenciamento do ano em curso não tenha sido realizado): R$278,28.
– Taxa referente a novo CRV (caso o licenciamento do ano em curso tenha sido realizado): R$193,04.
– Taxa de emplacamento/lacração: caso necessária a troca de placa, consulte o procedimento de mudança de categoria. (Confira no nosso blog como emplacar carro por conta própria)
– Laudo do Inmetro: serviço particular a ser contratado junto à entidade
Carro rebaixado pode ser guinchado?
A resposta é não. Simplesmente pelo fato de o veículo ser rebaixado e não ter condições de ser erguido e removido pelo guincho.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro no Artigo 269 I, “se a irregularidade for passível de ser sanada no local, o veículo é autuado e liberado, não sendo possível, como é o caso do carro rebaixado, o carro será autuado e liberado, tendo retido o Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV), sendo necessário passar por vistoria posteriormente.”
Em último caso, o carro só poderá ser guinchado caso o motorista não tenha habilitação e/ou não indicar nenhum motorista habilitado para a retirada do automóvel. Dependendo da gravidade da infração, o veículo poderá ficar apreendido no pátio do Detran por até 30 dias, sendo liberado apenas após a regularização do mesmo.
Como regularizar um carro rebaixado?
O primeiro passo é pedir a Autorização Prévia da para o DETRAN-CIRETRAN antes de encaminhar o carro à oficina para o rebaixamento. Depois de feita a modificação no veículo, o condutor precisa solicitar um Certificado de Segurança Veicular, o CSV, o que necessita de duas vistorias no veículo: uma no Detran e outra no Inmetro. Os proprietários de veículos já rebaixados sem autorização do Detran devem seguir os mesmos passos, porém ainda pagar uma multa administrativa no valor de R$ 118,96.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira no nosso blog: