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Quais são os seminovos que não valem a pena?

Por 16 de março de 2022agosto 29th, 2024Sem categoria
seminovos ruins

Com a disparada dos preços do zero quilômetro, os modelos seminovos se tornaram uma boa opção para quem está pensando ou precisando trocar de carro. Apesar de também terem se valorizado em 2021, ainda têm valores mais acessíveis e, o melhor, uma oferta imensa.

Aí que mora o perigo. Com tantas opções disponíveis, nem sempre é fácil separar o trigo do joio. Algumas marcas, modelos e versões podem significar dor de cabeça para o comprador. Outro detalhe importante é a procedência. Carros que tenham sido judiados, mesmo com quilometragem baixa devem ser evitados. Fizemos um pequeno guia para que você não caia na roubada de comprar seminovos ruins.

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Seminovo ruins – Como identificar?

Marcas que deixaram o país

Muito embora não seja mais tão comum, ainda existem algumas marcas que simplesmente encerraram suas operações no Brasil. Uma delas é a chinesa Lifan, que vendeu seus modelos no país por cerca de dez anos, entre 2010 e 2020. Seus modelos mais populares foram o 320, um clone mal executado do Mini Cooper, e o SUV X60. Sem concessionárias, autorizadas ou oficinas especializadas, achar peças para um Lifan é cada vez mais difícil. Além disso, a desvalorização é acentuada.

E a Ford?

A Ford não deixou o país. Ela apenas parou de produzir no Brasil em janeiro de 2021. Seus modelos importados, como as picapes Ranger e Maverick, os SUVs Territory e Bronco Sport e o esportivo Mustang, continuam a ser vendidos normalmente. Os motivos que fazem da Ford uma opção de seminovos ruins são outros.

A primeira delas é a redução significativa no número de concessionários. Se você comprar um Ka, Fiesta ou EcoSport que ainda estejam na garantia, terá uma rede pequena para fazer as revisões. Dependendo da região, terá que se deslocar até outra cidade para executar os serviços.

O famoso câmbio Powershift

Outro vilão da confiabilidade da Ford é o problemático câmbio automatizado Powershift. Ele equipa Fiesta, EcoSport e Focus e tem defeitos crônicos que causam falhas no funcionamento e até travamentos. Apesar de a Ford ter estendido a garantia e feito mudanças, seus problemas nunca foram resolvidos. E o reparo fora da concessionária também é caro e não definitivo.

Motor 2.0 EcoBoost do Fusion

O lote 910 dos motores 2.0 EcoBoost do Fusion e do SUV Edge, anos 2017 e 2018, também pode dar dor de cabeça aos donos. Por isso faz parte da lista de seminovos ruins Os canais de arrefecimento dos motores deste lote possuem paredes muito finas e frágeis que podem trincar. Isso permite que o líquido de refrigeração invada a câmara de combustão, se misturando ao óleo. O resultado é a quebra do motor. Assim, como os modelos já não estão mais em garantia, a Ford não assume a troca do propulsor e a conta de R$ 35 mil fica para o proprietário.

Câmbios automatizados

Assim como o Ford Powershift, todos os outros câmbios automatizados disponibilizados no Brasil são garantia de insônia para seus donos:

  • Fiat Dualogic;
  • Chevrolet Easytronic;
  • Volkswagen I-Motion;
  • Renault Easy’R.

Todos têm funcionamento irregular, dão defeitos e devem ser evitados.

O câmbio automatizado é um câmbio manual normal. Porém, o acionamento da embreagem e trocas de marcha são feitas por um sistema eletro-hidráulico. Isso faz com que ele funcione como um câmbio automático. É justamente este sistema que costuma dar problema. O reparo não é barato. Sai entre R$ 3 mil e R$ 5 mil e muitas vezes é mais fácil e econômico converter o câmbio para manual.

Câmbio AL4 Citroën/Peugeot

A caixa automática de quatro marchas AL4 usada pela PSA nos Citroën C3, Aircross, C4, C5 e nos Peugeot 207, 208, 307, 308 e 408 normalmente apresenta problemas nas solenóides. A principal razão é a falta na troca do óleo da transmissão, que deve ser feita a cada 40 mil quilômetros rodados. Mais um na lista dos seminovos ruins para comprar.

Motores beberrões

Em tempos de gasolina custando mais de R$ 7 o litro, ter um carro que consome muito pode quebrar qualquer orçamento. Muitas vezes até são bons carros, equipados, confortáveis e potentes, mas com motores defasados e pouco eficientes. Por isso entram no rol de seminovos ruins. Separamos alguns modelos:

  • Citroën C4 2.0 16V
  • Fiat Argo e Cronos 1.8 16V
  • Dobló 1.8 16V
  • Fiat Toro 1.8 16V
  • Ford Edge V6
  • Ford Fusion V6
  • Jeep Renegade 1.8 16V
  • Jeep Compass 2.0 Flex
  • Hyundai Tucson 2.0 16V e 2.7 V6
  • Hyundai Azera, Santa Fé e Veracruz
  • Peugeot 307, 308 e 408 2.0 16V
  • Renault Duster e Captur 2.0 16V
  • Toyota Hilux e SW4 2.7 Flex

Carros de locadoras

As lojas de seminovos das locadoras de veículos são uma tentação. Possuem oferta abundante de carros com um ano de uso e muitas opções de modelos e cores. Assim, podem fazer a alegria dos desavisados. Mas tenha cuidado.

O principal problema é o histórico. O carro pode ter sido de um executivo que ia e voltava sozinho para o trabalho de segunda à sexta-feira por rodovia, o que é um ótimo uso. Mas também pode ter sido usado 18 horas por dia por um motorista de aplicativo em uma grande metrópole. Ou então pela frota de uma construtora ou empresa de telefonia, o pior dos usos.

Garantia de fábrica é rara

Outro ponto que faz dos carros de locadoras seminovos ruins é a manutenção. Em nome da economia, são feitas apenas as trocas de óleo e filtros em oficinas independentes. Ou seja, as revisões nas concessionárias não são realizadas e o carro perde a garantia de fábrica.

Quando a frota é desativada o carro é colocado à venda. Aí então, pequenos reparos de funilaria e pintura são executados com baixa qualidade. Novamente em nome da economia de escala.

Comprar um carro com um histórico de uso e manutenção negligenciado não seria problema se ele custasse mais barato. Não é o caso dos seminovos de locadoras, que muitas vezes estão com preço acima da tabela. Sem muita dificuldade é possível achar modelos iguais, mais bem cuidados e com garantia de fábrica custando até menos. Fique atento!

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Última atualização em 16/03/2022

 

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