“Qual o seu Pix?” Essa pergunta está cada vez mais comum na vida diária de milhões de brasileiros.
Prático e fácil de usar, este meio de pagamento instantâneo já movimentou mais de R$ 4 trilhões só neste primeiro ano de vida, segundo o Banco Central (BC).
Mas, como funciona a segurança do Pix? Será mesmo que ele é confiável?
Infelizmente, na mesma velocidade com que o Pix caiu no gosto dos brasileiros, criminosos têm procurado novos meios para aplicar golpes.
Para não correr riscos, é sempre importante ficar atento a cada transação.
Mas, saiba que existem ferramentas que ajudam na recuperação do dinheiro em caso de fraude.
Conheça agora os novos recursos de segurança do Pix e se proteja de qualquer atitude suspeita.
“Qual o seu Pix?”
Quase todo mundo no Brasil já ouviu essa pergunta. Afinal, o Pix caiu, definitivamente, no gosto popular.
A explicação é que este meio de pagamento é um dos mais práticos da atualidade. E o número de novos adeptos, junto com volume de transações só aumentam mês após mês.
De acordo com as estatísticas do Pix, divulgadas pelo Banco Central, o sucesso é tanto que a soma das transações desta modalidade já superou as operações de boletos, TEDs, DOCs e cheques.
Precisa fazer uma transferência de dinheiro em poucos minutos? É só mandar um Pix!
E mais funcionalidades estão vindo por aí: Pix saque e troco, Pix cobrança, débito automático e iniciador de pagamento no Pix.
Novas ferramentas do Pix contra fraudes
Com a rápida adesão do Pix, o Banco Central, responsável por este meio de pagamento, segue evoluindo as ferramentas que aumentam a segurança dos usuários.
As últimas lançadas foram o “Mecanismo Especial de Devolução” (MED) e o “Bloqueio Cautelar”. Ambas as soluções ampliam as chances de recuperação do dinheiro em casos de fraude.
Na prática, essas novas ferramentas de segurança do Pix funcionam para acelerar o tratamento de situações fraudulentas, que antes dependiam da interação bilateral das instituições envolvidas.
A ideia é que a infraestrutura do Pix facilite tanto o processo de bloqueio, como eventual devolução dos recursos, seguindo os procedimentos e os prazos padronizados pelo BC.
Bloqueio Cautelar: como funciona a nova ferramenta do Pix
Com o Bloqueio Cautelar, o banco que recebeu uma transação suspeita de golpe, terá condições de bloquear o dinheiro por até 72 horas, de forma preventiva.
Essa ferramenta de segurança permitirá que a instituição realize durante este prazo uma análise mais criteriosa. Desta forma, aumenta a probabilidade da vítima de algum crime recuperar seus recursos.
Mecanismo Especial de Devolução Pix: entenda quando usar
Já o Mecanismo Especial de Devolução (MED) é a ferramenta que será usada nos casos em que a suspeita de fraude seja confirmada.
O MED poderá ser acionado tanto quando o crime for identificado pelas próprias instituições envolvidas ou quando um usuário se dá conta de que foi vítima de um golpe.
Nesta situação, será preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente a instituição financeira pelo canal de atendimento oficial: SAC, Ouvidoria e/ou pelo aplicativo.
Como funciona o Mecanismo Especial de Devolução Pix
O banco da vítima notifica a instituição que recebeu a transferência e pede que os recursos sejam bloqueados.
Após o bloqueio, ambas as instituições têm até sete dias para analisar o caso e, assim, confirmarem efetivamente a fraude.
Caso o crime fique comprovado, a instituição que recebeu o dinheiro deve devolver os recursos para quem pagou, direto na conta do cliente.
O MED também poderá ser acionado caso haja um crédito indevido por falha operacional.
Quando não dá para acionar o Mecanismo Especial de Devolução do Pix
O MED não funciona como um mecanismo de chargeback (reversão de pagamento), recurso comum nos cartões de crédito.
O MED não se aplica:
- Quando o usuário fez um Pix por engano;
- Existem controvérsias comerciais entre usuários;
- Em transações com fundada suspeita de fraude em que os recursos foram destinados à conta transacional de um terceiro de boa-fé.
Também é importante destacar que sempre devolver ou bloquear um recurso, o usuário será notificado. Caso não se trate de fraude, ele poderá acionar o seu banco para esclarecer o caso.
O Pix é seguro?
O Pix já possui uma série de recursos no que diz respeito à segurança de suas operações.
Algumas delas são:
- Autenticação digital do usuário: assegura que toda e qualquer transação, inclusive as relacionadas ao gerenciamento das chaves Pix, seja iniciada em ambiente seguro;
- Criptografia: garante que o tráfego das informações de cada transação seja feito dentro da Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN);
- Regulamento para mitigar o risco de fraudes: no qual as instituições podem adotar medidas de segurança de acordo com o perfil dos clientes;
- Geração de QR Code dinâmico: recurso que é permitido apenas para os participantes que enviam certificados de segurança específicos para o Banco Central.
Como usar o Pix com segurança?
Como vimos, o Pix é um meio de pagamento seguro. Mas, além de ter as novas ferramentas de segurança, é sempre válido prestar muita atenção na hora de realizar cada transação.
A dica mais importante é: sempre confira os dados do recebedor antes de concluir a transação.
Contudo, outras recomendações que ajudam a usar o Pix com segurança são:
- Não clique em links suspeitos recebidos por SMS, WhatsApp, e-mail ou redes sociais;
- Atenção especial aos links que peçam sincronização, atualização, manutenção de token, aplicativos ou cadastro;
- Sempre verifique a autenticidade de endereços visitados na internet;
- Utilize apenas o site e aplicativo do seu banco para realizar a transação;
- Nunca informe a senha do seu banco para terceiros;
- Cuidado com QR Codes falsos;
- Desconfie de pedidos de Pix por WhatsApp.
Para finalizar, é bom destacar que, mesmo com toda a tecnologia a favor da segurança, apenas um minuto de distração pode causar dor de cabeça e prejuízos financeiros.
Não corra riscos. Fique de olhos bem abertos!
Última atualização em 29/12/2022