A inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV) são técnicas de reprodução humana assistida que trazem diferenças e constantemente são alvos de dúvidas.
À parte as características de cada uma delas, uma pergunta é comum entre os casais que desejam ter filhos: o plano de saúde cobre a fertilização in vitro?
Para sanar essa dúvida logo de início, a resposta é que os planos de saúde não são obrigados a custear a fertilização in vitro, salvo disposição contratual expressa.
É verdade que há casos conhecidos no País de planos de saúde que cobriram tal procedimento, mas isso ocorreu após determinação judicial. De fato, a legislação brasileira e as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não obrigam a cobertura de fertilização in vitro pelos planos.
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O que diz a lei
A Lei 9.656/1998 (Lei dos Planos de Saúde) exclui a inseminação artificial do plano-referência de cobertura obrigatória. Mas, em contrapartida, inclui o planejamento familiar, atribuindo à ANS a competência para regulamentar a matéria.
Diante disso, na Resolução Normativa 192/2009, a ANS estabeleceu como procedimentos de cobertura obrigatória relacionados ao planejamento familiar situações como, por exemplo:
- Consultas de aconselhamento;
- Atividades educacionais;
- Implante de dispositivo intrauterino (DIU).
Porém, excluiu expressamente a inseminação artificial.
A inseminação artificial e a fertilização in vitro
As técnicas de reprodução humana assistida trazem sim distinção – o que difere as duas técnicas é a maneira como os óvulos são fecundados.
A inseminação artificial é um procedimento mais simples. Consiste na colocação do sêmen diretamente na cavidade uterina, tendo uma fecundação mais parecida com a natural. Já a fertilização in vitro é uma técnica mais complexa, feita em laboratório, que envolve o desenvolvimento do embrião e sua transferência para o útero.
De acordo com os especialistas no assunto, há prós e contras nos dois procedimentos usados pelos casais para driblar a infertilidade. Por isso, é necessário entender e descobrir junto com o médico de confiança qual é a técnica mais indicada para cada pessoa.
Mas há sim uma principal diferença entre as duas técnicas. Na inseminação artificial, introduzem os espermatozoides diretamente no útero da mulher para que encontrem o óvulo e o fecundem. Já na fertilização in vitro um único espermatozoide, que é previamente selecionado, é injetado dentro do óvulo para que seja fecundado em laboratório. Após a fecundação, o embrião desenvolvido é transferido para o útero.
Diferentes indicações
A inseminação artificial, em geral, é para quando o homem tem a concentração ou o volume de espermatozoides levemente alterado, entre outras situações. Diante de quadros assim, a técnica facilita o encontro do espermatozoide com o óvulo que, por vias naturais, não aconteceria.
A mesma técnica também é para casos de infertilidade feminina como, por exemplo, quando há distúrbios ovulatórios leves.
Já a FIV é o procedimento mais realizado nos dias atuais. Ela é a opção da medicina reprodutiva que oferece mais chances de gravidez para as mulheres com dificuldades para engravidar após um ano de tentativas a partir dos 35 anos.
É também o procedimento que atende a um maior número de problemas referentes à infertilidade. Isso inclui, especialmente, os mais graves como, por exemplo, quando há impedimento para o encontro do espermatozoide com o óvulo – daí a necessidade de a fecundação ser em laboratório.
Em geral, a fertilização in vitro é para casais que têm dificuldades para engravidar em virtude de uma série de problemas, como endometriose e perda gestacional recorrente. Porém, é também, para aqueles que trazem fatores genéticos e imunológicos, assim como baixa produção de espermatozoides e até mesmo casos de homens que optaram pela vasectomia.
Inseminação e fertilização: resultados
A fertilização in vitro apresenta melhores índices de sucesso quando comparados à inseminação artificial.
A taxa de gravidez da FIV, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está em torno de 40 a 50%. A OMS estima que em todo o mundo existam mais de oito milhões de crianças que nasceram através da fertilização in vitro.
Essa técnica também apresenta uma característica importante: a vantagem de congelar os embriões excedentes. Isso, claro, desde que tenham boa qualidade. Assim, a mulher não precisará passar novamente pelo processo de retirada dos óvulos caso opte por uma segunda gravidez ou caso precise fazer nova tentativa de fertilização.
A inseminação artificial não atende a todos os casos de infertilidade. Mas, vale dizer, é um procedimento mais simples, que pode ser feito no consultório, sem anestesia. Ou seja, é um tratamento indolor, que dura poucos minutos.
Indicação médica, sempre!
Cuidar da saúde é o que mais importa. Comente os médicos que são especialistas em reprodução assistida podem indicar qual será o melhor tratamento para cada casal. Isso porque cada tipo de infertilidade tem um tratamento.
Mas uma coisa é fato: graças aos importantes e inúmeros avanços tecnológicos, muitos casais podem ser pais, realizando um sonho especial, que até algumas décadas atrás não era possível.
E você sempre pode contar com seu plano de saúde para te auxiliar com médicos, consultas e exames.
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Última atualização em 15/72/2022