Corinthians x Palmeiras, Cruzeiro x Atlético, Flamengo x Fluminense e Honda x Yamaha. Impossível não comparar as maiores rivalidades do futebol brasileiro com a mais famosa entre os motociclistas. Honda ou Yamaha, as duas marcas japonesas disputam o gosto do brasileiro há mais de 50 anos.
Honda domina o mercado
Entre as duas marcas, a Honda tem amplo domínio do mercado brasileiro. No acumulado de 2022, a marca tem nada menos do que 76% de participação, contra 16% da Yamaha, a segunda colocada. A Honda CG 160 vende dez vezes mais do que a YBR 150, o modelo mais vendido da rival.
Apesar da preferência do público pela Honda, a Yamaha tem seu fã clube. Cada marca tem suas particularidades, o que acaba agradando diferentes tipos de motociclistas. Na comparação Honda ou Yamaha listamos abaixo algumas características de cada uma.
Honda ou Yamaha
Performance
Os motores da Yamaha são reconhecidamente mais potentes e duráveis. A principal razão é o revestimento cerâmico utilizado na camisa do pistão, que ajuda a diminuir o coeficiente de dilatação.
Na Honda, não existe este tipo de material. Assim, o coeficiente de dilatação é maior e resulta em maior queima de óleo e menores durabilidade e desempenho. Outro ponto negativo dos motores da Honda é a menor capacidade do filtro de óleo.
Custo de manutenção
A construção menos sofisticada das motos da Honda contribui para um custo de manutenção até três vezes menor do que o da Yamaha. Para quem usa a motocicleta para trabalhar e roda muito, esse é um fator decisivo.
Outro ponto positivo é a facilidade de manutenção das motos Honda. Por serem mais simples, qualquer mecânico sabe resolver problemas e trocar peças. Não que a Yamaha seja muito mais difícil, mas exige um pouco mais de trabalho e conhecimento técnico.
Rede de concessionários e assistência
Na disputa Honda ou Yamaha, novamente, a Honda sai na frente da Yamaha e tem uma rede de concessionários maior do que a da rival. São mais de 1 mil pontos de venda e assistência espalhados pelo país. Com isso, há uma maior oferta de peças para os clientes da marca. Já a Yamaha tem hoje cerca de 370 concessionários no Brasil.
Valor de revenda
Quando a moto é a mais procurada quando zero quilômetro, também é a mais buscada quando usada. Com quase 80% de participação no mercado de novas, a Honda desvaloriza menos do que os modelos da Yamaha na hora da revenda. E isso tem grande importância para o público alvo das motos pequenas.
Por outro lado, por serem as mais vendidas, as motos da Honda também são as mais roubadas, pois o mercado negro de peças é garantido. Além dos riscos de sofrer um assalto, essa preferência dos ladrões resulta em um seguro mais caro do que o dos modelos da Yamaha.
Um pouco de história
A Yamaha foi a primeira fábrica de motocicletas do Brasil. Suas operações começaram em 1970, inicialmente como importadora. Quatro anos mais tarde era inaugurada a planta de Guarulhos (SP) e o primeiro modelo a ser produzido foi a a pequena cinquentinha RD50, que tinha motor monocilíndrico de 49 cm³, dois tempos, capaz de gerar 6,3 cv de potência máxima a 9.500 e torque máximo de 0,5 kgfm a 8.500 rpm.
Em 1985, a Yamaha começou a produzir na Zona Franca de Manaus (AM), onde mantém fábrica até hoje. Entre as motocicletas mais emblemáticas que saíram de lá estão as DT180 e DT200, RD350, Ténéré 600, XT660, sem contar as importadas, como as esportivas R6 e R1 e a custom V-Max.
Já a Honda iniciou sua jornada em 1971 e começou a produzir já em Manaus, cinco anos depois. A primeira moto a sair da linha amazonense foi a CG 125, que continua em produção até hoje, mas como CG 160. a precursora tinha motor quatro tempos de 124 cm³ que oferecia 11 cv a 9.000 rpm e 0.94 kgfm a 7.500 rpm.
Entre os modelos mais famosos da Honda estão a trail XL 250 e depois XLX 350, a CB 400 e CB 450, Hornet, além da famosa “Sete Galo”, a esportiva CBX 750 F. As importadas de destaque são as esportivas CBR 600 RR, CBR 900 RR e CBR 1000 RR, além do transatlântico sobre duas rodas Gold Wing.
Última atualização em 27/10/2022