Como todos sabem, no dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Mas você sabe por quê? Em 1857, no dia 8 de março, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque fizeram uma grande greve. Tendo em vista as péssimas condições de trabalho pelas quais eram submetidas, as mulheres reivindicavam melhores condições, como redução na carga diária de trabalho para 10 horas (antes eram 16 horas), equiparação de salários com os homens, já que recebiam até 1/3 do salário de um homem na mesma função, e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
Porém, a manifestação das trabalhadoras foi reprimida com violência total: elas foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. No episódio, 130 mulheres tecelãs morreram carbonizadas, em um ato bastante desumano.
Desde 1857 muita coisa mudou em muitos países, conseguimos o direito ao voto, a redução da jornada de trabalho, direitos iguais no ambiente trabalhista – pelo menos na constituição, direito à participação ativa na política. Agora, na maioria dos países, podemos estudar, trabalhar e realizarmos tarefas jamais pensadas antes para mulheres. Mas ainda há muito (muito mesmo) para conquistarmos.
Sabemos que, ainda hoje, existe preconceito e diferenciação em relação à atuação feminina. Isso fica bastante evidente, por exemplo, no ambiente de trabalho. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de 2015, ainda existe diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. E essa diferença aumenta quanto maior for o cargo: mulheres com ensino superior completo ganham, em média, 34% menos do que um homem na mesma posição.
Além disso, ainda passamos por diversas situações constrangedoras: ouvimos gritos mal-educados (para não dizer outra coisa) na rua, olhares preconceituosos e xingamentos desnecessários e totalmente fora do lugar. É triste, mas ainda passamos por isso.
Sem contar que em alguns países as mulheres ainda não possuem o direito básico à educação, como no Paquistão e na Arábia Saudita. Parece coisa do século retrasado, mas ainda convivemos com isso em pleno século XXI.
Realmente, muita coisa precisa mudar. Porém, podemos nos inspirar nelas…
Mulheres inspiradoras
Lella Lombardi
Em toda história da Fórmula 1, apenas 5 pilotas participaram da competição. A italiana Lella Lombardi foi uma delas e a única que pontuou nas corridas. Ela estreou na competição em 1974, no GP da Grã-Bretanha pela equipe Brabham. No ano seguinte, ela disputou 12 das 14 provas da temporada.
Samara Andrade
Samara é outra mulher guerreira que conseguiu alcançar lugares que, na maioria das vezes, é ocupado por homens. Ela é pilota de moto e, em 2013, alcançou o 3º lugar na Copa Ninja 250R Light, logo quando estava começando a carreira.
Monisha Kaltenborn
Em 2012 a Sauber, escuderia de F1, anunciou em 2012 a primeira diretora geral de uma escuderia da competição mulher. Kaltenborn, indiana com cidadania austríaca, alcançou um lugar jamais ocupado por mulheres anteriormente.
Poderíamos citar tantas outras mulheres que fizeram a diferença na conquista de direitos iguais entre os sexos. Mas o intuito do post não é esse. É mostrar que, sim, todas mulheres devem ter o direito de alcançar o lugar que desejam, independente do sexo. Aqui, vale a máxima: lugar de mulher é onde ela quiser.
Post escrito por Gabriela Maia, estagiária da Bidu Corretora.