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Carros Elétricos no Brasil – Como está o mercado?

Por 14 de maio de 2020agosto 9th, 2024Mobilidade, Residencial e Lazer
Desenho de carro elétrico para texto sobre carros elétricos no Brasil

Se na Europa e nos Estados Unidos eles já são realidade, os carros elétricos no Brasil ainda engatinham e deve demorar muitos anos para decolarem. Os poucos modelos disponíveis em nosso mercado são caros. Os pontos de recarga espalhados pelo país são insuficientes e sempre restritos aos grandes centros urbanos.

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Elétrico só para quem tem dinheiro

Para ter um carro elétrico no Brasil hoje, mais do que consciência ecológica, você precisa ter uma conta bancária recheada. Em reportagem do Jornal do Carro, o país foi apontado como um dos que tem o carro elétrico mais caro do mundo. Entre 49 países, alcançou a incômoda 43ª posição. A pesquisa utilizou um Nissan Leaf como base. Na Espanha, que foi a primeira colocada, o modelo custa o equivalente a 28.620 dólares. Por aqui, o mesmo carro sai por 45 mil dólares.

Carros elétricos no Brasil: poucos incentivos

As razões para um custo tão alto para os carros elétricos no Brasil são várias. Começa pelo real desvalorizado. Os carros elétricos no Brasil são todos importados. Além disso, o câmbio não está nem um pouco favorável para a moeda brasileira nos últimos anos. Os modelos trazidos oficialmente para o nosso mercado variam entre R$ 130 mil e R$ 540 mil. Se incluirmos os carros da Tesla, importados de maneira independente, o preço se aproxima de R$ 1 milhão.

Outra razão são os incentivos governamentais. Nos Estados e na Alemanha, por exemplo, a ajuda para a compra de elétricos chega a 7,5 mil dólares (cerca de R$ 44 mil). No Brasil, os benefícios são isenção de Imposto de Importação, redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e, em alguns municípios, como São Paulo, isenção de IPVA e de rodízio.

Carros elétricos no Brasil

O mercado brasileiro tem aproximadamente 12 carros elétricos disponíveis. O mais barato deles é o JAC iEV20, que sai por R$ 130 mil. Com autonomia de 300 a 400 quilômetros com apenas uma carga de bateria, é voltado para uso urbano. A fabricante chinesa traz mais quatro elétricos: iEV40 (R$ 160 mil), iEV60 (R$ 210 mil), ambos SUVs, e a picape iEV330P (R$ 245 mil).

A Renault oferece seu hatch compacto Zoe por R$ 148 mil, com autonomia para 300 km. Outra chinesa que aposta na eletrificação da gama é a CAOA-Chery. Seu sedã Arrizo 5e sai por R$ 160 mil e pode rodar 322 km com uma carga completa do conjunto de baterias. Na escalada de preços, o próximo da lista é o Chevrolet Bolt, que custa R$ 175 mil é tem 416 km de autonomia.

Em seguida, por R$ 195 mil, você pode colocar um Nissan Leaf na sua garagem. O modelo pode rodar aproximadamente 240 km sem precisar recarregar as baterias. A BMW foi a primeira a apostar nos carros elétricos no Brasil. Desde 2014, oferece o pequenino i3 por aqui. Seu preço é de R$ 250 mil e a autonomia chega a 260 km.

Outra marca de luxo que tem um elétrico em seu portfólio é a Jaguar. A marca inglesa vende o SUV i-Pace, com autonomia de 400 km, por R$ 420 mil. No topo da lista de elétricos trazidos oficialmente ao Brasil está outro SUV, o Audi E-Tron, que sai por R$ 540 mil e pode rodar até 436 km com uma carga.

Tesla só por importação independente

Já os carros da norte-americana Tesla chegam ao Brasil apenas por importação independente.

A porta de entrada para a marca é o sedã médio Model 3, que pode ser encontrado por aqui com preço inicial de R$ 280 mil. Também é possível comprar o SUV Model X, na faixa dos R$ 600 mil aos R$ 800 mil, e o Model S, que varia entre R$ 600 mil e R$ 1 milhão conforme a versão escolhida.

Como funciona?

Basicamente, um carro elétrico troca o motor a combustão por um elétrico e o tanque de combustível por um conjunto de baterias, o que zera a sua emissão de poluentes. A potência dos motores elétricos é equivalente a dos motores a combustão, porém é no torque (a capacidade de sair da inércia) que eles se destacam.

Além de mais alto, o torque máximo está disponível desde 1 rpm. Na prática, isto significa acelerações e retomadas de velocidade instantâneas e muito rápidas. Em sua configuração mais potente, o sedã familiar elétrico Tesla Model S, por exemplo, acelera de 0 a 100 km/h em apenas 2,3 segundos. O Bugatti Chiron, um superesportivo a combustão de 1.500 cv de potência e 163,7 kgmf de torque, completa a mesma prova em 2,5 segundos.

Empresta o carregador?

O carregamento de um carro elétrico é similar ao de um aparelho celular. Basta ligar na tomada e aguardar a carga completa. Dá para fazer em uma tomada simples de 110 volts e 10 ampères na sua própria casa. O ponto negativo é que quanto menor a tensão elétrica da tomada, mais demorada é a carga. Em uma tomada doméstica, a carga completa de uma bateria pode demorar 12 horas.

Para resolver este problema, os fabricantes oferecem carregadores rápidos e super rápidos com voltagem elevada. Assim, consegue-se completar até 80% da capacidade de carga da bateria em até 30 minutos. Apesar de ainda restritos e em pouco número, a boa notícia é que estes pontos de recarga estão disponíveis em shoppings e até mesmo nas ruas e nas estradas.

E o melhor: de graça. Basta chegar, conectar o carregador, esperar a carga e pronto!

Carros híbridos

Uma boa opção para quem se interessa pela tecnologia dos carros elétricos no Brasil são os modelos híbridos, mais baratos e oferecidos em maior quantidade no Brasil. Como o próprio nome diz, combinam um motor a combustão e um propulsor elétrico. Em velocidades mais baixas, como no trânsito urbano, um carro híbrido pode andar em modo totalmente elétrico por até 50 km. O motor elétrico também ajuda o movido a combustão, reduzindo consideravelmente o consumo de combustível.

Lançado em 2019, Toyota Corolla foi primeiro carro de grande volume com motor híbrido vendido no Brasil. Além disso, foi responsável pela estreia mundial da tecnologia Hybrid Flex, que combina eletricidade, gasolina ou etanol. Com preço inicial de R$ 130 mil, tornou-se um grande sucesso a ponto de exigir uma espera de até três meses para conseguir comprar uma unidade.

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 Última atualização em 14/05/2020