Foi em 1988 que a injeção eletrônica fez a sua estreia no Brasil. O responsável pelo lançamento da nova tecnologia no país foi o Gol GTI, versão esportiva do famoso compacto produzido pela Volkswagen. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, contudo, a injeção eletrônica substituiu o carburador e se popularizou uma década antes.
Injeção eletrônica para todos
Após o Gol GTI, a injeção eletrônica logo se disseminou entre os carros brasileiros. Em meados da década de 1990, praticamente todos os modelos nacionais eram equipados com o sistema. O carburador havia se tornado peça de museu e a injeção eletrônica estava em franca evolução, impulsionada pelo controle de emissões de poluentes cada vez mais rigoroso. Mas você sabe o que é e para o que serve a injeção eletrônica?
Controle de entrada
Basicamente, a injeção eletrônica controla a entrada de ar e de combustível no motor através de uma central eletrônica. Este controle é feito com a ajuda de diversos sensores, que passam à central diferentes parâmetros e informações, entre elas:
- Qualidade do combustível
- Pressão atmosférica
- Temperatura ambiente
- Temperatura do motor
- Posição do acelerador, entre muitos outros.
Quem manda é a central
De posse dos dados enviados por estes sensores, a central eletrônica define quais as quantidades de ar e combustível serão admitidos pelo motor naquele momento, equilibrando o desempenho, o consumo e as emissões de poluentes. Tal equilíbrio é atingido por meio de atuadores, como injetores de combustível, bomba de combustível, bobina de faíscas, motor de passo e a ventoinha de arrefecimento. São estes elementos que corrigem o ponto de ignição e o comando das válvulas, além de controlarem a marcha lenta.
O motor funciona redondinho
Por ser eletronicamente controlada, a injeção eletrônica permite um funcionamento muito mais linear do motor. Ele ocorre sem falhas ou dificuldade de partida com o motor frio e com melhor desempenho e redução do consumo de combustível e das emissões. O sistema também dá menos defeitos do que o antigo carburador.
Manutenção menos frequente com injeção eletrônica
Outra vantagem da injeção eletrônica aparece na hora da reparação. A central eletrônica grava os erros enviados pelos sensores e atuadores e o reparador pode acessá-los e identificá-los através de um aparelho chamado scanner. Muitas vezes, o defeito pode ser corrigido através do próprio scanner, sem a necessidade de qualquer tipo de intervenção mecânica. Com o scanner, também é possível imprimir relatórios detalhados sobre as condições do motor.
Injeção eletrônica direta ou indireta?
Atualmente, existem dois tipos de injeção eletrônica. A mais antiga é a injeção indireta. Nela, o combustível é injetado em um duto, se mistura com o ar e é sugado para a câmara de combustão através da válvula de admissão. Ainda é o sistema mais utilizado nos carros brasileiros, mesmo nos últimos lançamentos, como o Chevrolet Onix 1.0 Turbo.
Já os motores mais modernos utilizam a injeção direta, que injeta o combustível dentro da câmara de combustão e diretamente na vela de ignição. Assim, é possível trabalhar com uma mistura pobre, na proporção 20:1 (vinte partes de ar para apenas uma de combustível), gerando maior economia e menor emissão de poluentes. A queima da mistura também é mais eficaz e resulta em maiores potência e torque. No Brasil, algumas marcas já apostam na injeção direta, entre elas a Ford, a Honda, a Hyundai, a Toyota e a Volkswagen.
Se cuidar bem vai longe
Como dito acima, o sistema de injeção eletrônica é muito mais confiável do que o antigo carburador e dificilmente dá problemas. Entretanto, um motor com injeção eletrônica não tolera desleixo com a manutenção periódica. Para que o sistema funcione sempre de maneira eficiente é importantíssimo seguir as recomendações do manual de proprietário quanto aos prazos para trocas de componentes.
Um depende do outro
Hoje, os sistemas de um automóvel são todos interligados e dependentes entre si. Ao ignorar a substituição de um item, outros acabam sobrecarregados e têm sua vida útil consideravelmente abreviada. Por exemplo: ao não trocar as velas, as bobinas, a bateria, o alternador e todo o sistema elétrico do carro passam a trabalhar mais para gerar a faísca correta para o motor. E, com isso, dão defeito mais rápido.
Fique de olho nos sinais
Apesar da facilidade com o uso do scanner, o diagnóstico de um defeito no sistema de injeção eletrônica nem sempre é fácil de ser feito. Isso porque a central eletrônica tem memória e “mascara” o defeito para o motor continuar funcionando corretamente. Porém, alguns sinais são bem claros:
- Luzes de alerta da injeção eletrônica ou do motor acesas no painel;
- Elevação do consumo de combustível;
- Falhas no funcionamento e estouros no motor;
- Perda da potência do veículo;
- Dificuldade para dar partida;
- Problemas com a marcha lenta.
Os principais defeitos
Os defeitos no sistema de injeção eletrônica mais comuns são:
- Acúmulo de impurezas nos injetores;
- Uso de combustíveis adulterados;
- Filtro de combustível saturado;
- Bomba de combustível superaquecida (por rodar sempre com o tanque quase vazio);
- Problemas no catalisador;
- Falhas na leitura da sonda lambda, localizada junto ao coletor de escape do carro;
- Velas ou cabos de velas desgastados também são causas frequentes de falhas.
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Última atualização em 19/05/2020