Sabia que o valor de mercado referenciado é a modalidade mais usada pelas operadoras de seguro auto?
Pois é, trata-se de uma indenização cujo valor é variável, ou seja, é um valor calculado a partir de um valor de referência.
Bora ficar por dentro do que é valor de mercado referenciado?
O valor de mercado referenciado na indenização integral
Para entender direitinho o que é valor de mercado referenciado, é preciso ficar por dentro de todo o seu contexto.
É preciso, então, saber que o valor de mercado referenciado anda junto com a indenização integral recebida por um segurado.
Quando uma pessoa faz um seguro veicular, o valor da indenização integral que constará em contrato vem de duas maneiras: por meio do valor de mercado referenciado ou de valor determinado.
Indenização integral
Sabemos que a apólice de um seguro de carro ou moto costuma cobrir vários tipos de sinistro, certo? Entre eles estão a reparação do veículo após um acidente ou então a reposição de um aparelho de som furtado, por exemplo.
Há também sinistros como a perda total do veículo e o furto sem recuperação. É para esses casos, quando é impossível reaver ou reparar o veículo, que as apólices de seguro preveem a indenização integral.
A indenização integral corresponde, portanto, ao maior valor que a apólice pode cobrir. Essa informação estará em contrato e pode ser definida de maneiras diferentes: valor de mercado referenciado ou valor determinado.
Valor de mercado referenciado
Como já falamos, o valor de mercado referenciado é a modalidade mais usada pelas operadoras de seguro automotivo.
A indenização, neste caso, tem valor variável, e seu cálculo vem a partir de um valor de referência.
Nesta modalidade, portanto, as apólices vinculam a quantia da indenização integral a uma porcentagem do valor de um veículo daquele modelo/ano. Para isso, utilizam o que está em uma tabela de referência.
A tabela mais usada para definir o valor de mercado referenciado é a tabela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, que é todos os meses e traz os valores médios dos veículos do mercado brasileiro.
Cobertura do valor de mercado referenciado: como funciona
Ao contratar um seguro para o veículo usando a modalidade de valor de mercado referenciado, o cliente negocia com o corretor o percentual do valor de referência que vai pagar em caso de indenização integral.
Esse percentual, denominado fator de ajuste, deve estar claramente especificado na apólice. Ele pode ser, por exemplo, de 80%, 90%, 100% ou mesmo maior do que 100%.
Claro que percentuais maiores garantem uma indenização maior em caso de perda irrecuperável do veículo.
No entanto, é importante saber que o prêmio do seguro, ou seja, o valor da mensalidade que você vai pagar, aumenta junto com esses percentuais, de maneira considerável.
Outro ponto relevante, que deve ser entendido, é que o valor de referência é calculado sempre pela tabela vigente no mês do pagamento do seguro – e não no mês em que ocorreu o sinistro.
Além disso, há a chamada “garantia zero quilômetro”, para carro zero quilômetro segurado pela modalidade de valor de mercado referenciado.
Isso significa que se ocorrer perda irreparável do veículo nos primeiros 90 dias após a contratação do seguro, o segurado receberá como indenização uma quantia igual ao custo de um modelo zero quilômetro idêntico.
Exemplo de valor de mercado referenciado
Imagine que você comprou um carro por R$ 40 mil e adquiriu um seguro veicular cuja indenização integral corresponde a 90% do valor do veículo pela tabela FIPE.
Suponha que, tempos depois da compra, no mês de agosto, por exemplo, você se envolva em um acidente de trânsito e ocorra a perda total do veículo.
Como as seguradoras, em geral, têm prazo de 30 dias para liberar a indenização, você a receberá apenas em setembro.
Imagine que, no mês de setembro, o valor do seu antigo veículo, conforme a tabela FIPE, seja R$ 30 mil. Então, a sua indenização integral corresponderá a 90% de R$ 30 mil, ou seja, R$ 27 mil.
O valor a receber será menor do que o valor que você pagou na compra do carro. Isso ocorre por dois motivos.
- No seu seguro, a indenização máxima foi definida como 90% do valor de referência. Portanto, você não receberá uma cifra igual àquela que pagou pelo automóvel – a não ser pela “garantia zero quilômetro” que falamos acima.
- Em segundo lugar, os valores das tabelas de referência, como a da FIPE, apresentam redução com o tempo, refletindo a desvalorização de cada modelo.
Isso quer dizer que, quanto maior for o tempo transcorrido entre a compra do veículo e o sinistro, menor será o valor tabelado do veículo. Consequentemente, menor será a indenização integral.
Deu para entender como funciona a cobertura do valor de mercado referenciado?
Valor determinado
A modalidade de valor de mercado referenciado não é a única usada. Há também outra modalidade de definição da indenização integral em um seguro automotivo: valor determinado.
Essa modalidade consiste em especificar, na apólice de seguros, uma indenização com valor fixo em reais.
Desse modo, o valor absoluto que irá receber em caso de perda do veículo será sempre o mesmo. Isso ocorre independente do tempo transcorrido entre a compra do veículo e o sinistro.
É preciso levar em conta, porém, que a seguradora pode fazer algumas exigências para emitir uma apólice vinculada a um valor determinado.
É comum, por exemplo, a imposição de limites máximos (e/ou mínimos) para o valor da indenização. E, dependendo da operadora, é possível que a indenização total vinculada a um valor determinado só seja aceita para seguros de modelos que não constem das tabelas de referência usuais.
Em todo caso, o mais importante é sempre contar com um seguro automotivo para rodar sempre com proteção!
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Última atualização em 09/09/2024