Investidores com perfil mais conservador já devem ter considerado a opção do Tesouro Direto para rentabilizar o seu dinheiro. Com rentabilidade bem superior à da caderneta de Poupança, os títulos Tesouro Direto são uma ótima opção para quem procura investimentos em renda fixa. Aqui nesse guia, você vai conhecer a variedade de títulos dessa modalidade.
Conheça melhor o seu perfil de investidor antes de optar por um investimento específico.
Mas, como funciona o Tesouro Direto?
Nos títulos Tesouro Direto, o governo vende títulos de dívidas públicas a pessoas comuns. Com o dinheiro da venda, acaba “emprestando” uma verba para que os órgãos públicos desenvolvam seus projetos.
O que significa comprar títulos Tesouro Direto? Significa que o governo está automaticamente assumindo o compromisso de pagamento dessa dívida. Mais o acréscimo de rendimentos ligados a algum índice econômico. Neste caso, pode ser a inflação, juros determinados pelo Banco Central ou ainda a taxa Selic.
Como é feita a compra e quais os tipos de títulos disponíveis?
Os títulos Tesouro Direto podem ser comprados diretamente do site do Tesouro Direto, ou ainda de corretoras especializadas. Neste segundo caso, são aplicadas taxas de administração das transações.
É possível comprar um título por frações, ou seja, uma parte dele. A quantidade mínima de compra de 0,01 título, quer dizer, 1% do valor total de um título. A compra mínima permitida é no valor de R$30 e não há limite financeiro para a venda. Já o valor máximo para aplicações mensal é de R$1 milhão.
Por conta de questões de operação, o Tesouro Nacional retira da lista dos títulos disponíveis os papéis que oferecem alto fluxo de pagamento. Essa retirada é feita quatro dias úteis antes do pagamento de juros por semestre.
A opção de venda desses mesmos títulos também é suspensa por dois dias antes do vencimento do papel ou do pagamento dos juros periódicos.
Atualmente, são oferecidas as seguintes categorias de títulos com diferentes vencimentos e rendimentos.
Pré ou pós fixados
Confira cada um deles:
- LTN (Letras do Tesouro Nacional): pré-fixados com valor fixo pelo qual será resgatados no dia do vencimento. Atualmente, rende aproximadamente 15,13% ao ano, para vencimento em 2018, e um pouco mais para vencimento em 2021;
- LFT (Letras Financeiras do Tesouro): pós-fixados, com rendimento referente à Taxa Selic e com alta liquidez;
- NTN-F (Notas do Tesouro Nacional, Série F: pré-fixados, porém com pagamentos de juros semestrais em formato de cupons). Hoje em dia, rende 15,42% ao ano para o vencimento de 2025;
- NTN-B (Notas do Tesouro Nacional, Série B): títulos ligados à inflação, corrigidos pelo IPCA e com remuneração pré-fixada. Anualmente, paga 7,07% (para vencimento em 2020), 7% (para vencimento em 2035) e 6,92% (para vencimento em 2050) somados ao IPCA do período selecionado;
- NTN-B Principal: paga a remuneração acumulada apenas no vencimento. Opção ideal para objetivos a longo prazo. Atualmente, paga 7,03% (para vencimentos em 2019), 7,09% (vencimentos em 2024) e 6,99% (vencimentos em 2035) ao ano, somados ao IPCA do período selecionado.
Títulos com pagamentos de juros semestrais ou no vencimento
Se o investidor deseja receber os valores do rendimento de forma semestral, o Tesouro Direto também oferece esta opção.
Neste caso, é repassado um cupom a cada seis meses ao cliente. Ou então há a opção de resgatar o valor integral com a correção na data do vencimento do título.
Este formato só está disponível para os títulos pré-fixados ou os atrelados ao índice do IPCA.
Resgatar o montante a cada seis meses pode ser indicado para aquele investidor que não pode esperar até a data de vencimento e procura um complemento de sua renda.
Os primeiros cupons têm uma alíquota mais alta do que investimentos de prazos mais longos. Começam em 22,5% para aplicações com vencimento em 180 dias, sendo reduzindo de forma gradual para 15% nos prazos de até 720 dias.
Para quem são indicados títulos Tesouro Direto?
Os títulos Tesouro Direto são indicados para quem procura um rendimento um maior que o da caderneta de poupança. Porém, com segurança equivalente. O Tesouro Direto também é ideal para quem não tem pressa de retirar seu investimento com correção.
Outra grande vantagem é que o valor de mercado desses títulos tem baixa volatilidade. Ou seja, se o investidor quiser vender os títulos Tesouro Direto antes da data do vencimento, dificilmente terá perda de rentabilidade. Também é bastante indicado para quem não tem data precisa para resgatar o dinheiro.
Quais as vantagens de investir no Tesouro Direto?
Entre os investidores e educadores financeiros, o Tesouro figura entre algumas das opções mais indicadas para perfis conservadores. Confira algumas das vantagens indicadas por especialistas:
- Investimento com rentabilidade fixa e segura;
- Taxas baixas de administração até mesmo para baixos valores;
- Diversificação com rentabilidades pós e pré-fixadas e que consideram diferentes índices financeiros. Com isso, possibilitam a escolha da melhor opção de acordo com o momento do país e com o prazo que o investidor tem para receber o valor corrigido com a rentabilidade;
- Possibilidade de ter um investimento alternativo de longo prazo (complementar a previdência privada, por exemplo);
- Possibilidade de gerenciar suas aplicações pela internet, de qualquer lugar a qualquer hora;
- liquidez garantida;
- Abertura para investidores com valores reduzidos, abaixo dos R$1.000,00.
Para conhecer qual o tipo de título é mais indicada para o seu perfil, faça o teste no site oficial do Tesouro Direto.
O TR também oferece um aplicativo para iOS que permite comprar e vender títulos sem precisar sair de casa e ainda acompanhar o desempenho dos índices.