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Tesouro prefixado: conheça a modalidade

Por 10 de maio de 2018julho 30th, 2024Finanças
Imagem de cofrinho ilustrando texto sobre tesouro prefixado

O Tesouro Prefixado, que também já foi conhecido como LTN, Letra do Tesouro Nacional, é um título público que possui rentabilidade definida no momento da compra. Ou seja, sua rentabilidade é prefixada, como o próprio nome sugere.

Nesses casos, o investidor sabe exatamente o retorno que terá caso permaneça com o título até o seu vencimento.

Mas há ainda muitos outros detalhes sobre esse investimento e vamos explicá-los mais a frente!

Tesouro Direto

Antes de tudo, você sabe o que significa Tesouro Direto?

Tesouro Direto é um programa instituído em 2002 pelo Tesouro Nacional, juntamente com a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa). O objetivo era popularizar o investimento em títulos públicos.

A partir desse momento, qualquer pessoa física passou a poder comprar e vender títulos públicos sem recorrer a fundos de renda fixa. Esses fundos sempre tiveram altas taxas de juros e, por isso, inviabilizavam o processo para muita gente.

Então, para investir em Tesouro Direto, você só precisa ter um CPF válido, uma conta bancária e acesso à internet. Já é possível começar a investir com valores a partir de R$ 30.

Além disso, você deverá escolher um Agente de Custódia. Eles são uma instituição, que pode ser uma corretora ou um banco, com a finalidade de intermediar suas operações.

Tipos de Tesouro Direto

Os títulos públicos do Tesouro Direto podem ser de dois tipos: Tesouro Prefixado e Tesouro Pós-fixado. Esse último é um título com o rendimento atrelado à indicadores econômicos, como a Selic (taxa básica de juros) ou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Mas vamos voltar ao ponto, já que esse artigo é para falarmos do Tesouro Prefixado.

Tesouro Prefixado

Veja abaixo as principais características do Tesouro Tesouro Prefixado:

  • O investidor sabe exatamente a rentabilidade a ser recebida, caso mantenha o título até a sua data de vencimento;
  • No caso da compra fracionada do título, o valor será proporcional a compra;
  • O valor bruto para cada unidade do título a ser embolsado no vencido é de R$ 1.000,00;
  • Apresenta fluxo de pagamento simplificado. Ou seja, o investidor faz a aplicação e recebe a quantia investida somado ao lucro, no término do título ou em seu resgate;
  • Se o investidor precisar vender o seu título antes da data de vencimento, o Tesouro Nacional realiza a compra considerando o seu valor de mercado. Isso pode trazer lucros maiores ou não do que o contratado no momento da compra.

Público-alvo

O Tesouro Prefixado é indicada para os investidores que creem que a taxa prefixada terá aumento superior a taxa básica de juros durante o período do título.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais

Uma outra modalidade do Tesouro Prefixado é o título com juros semestrais, anteriormente chamado de Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F). E a diferença para o Tesouro Prefixado explicado acima é que, nesse caso, o investidor recebe um fluxo de cupons semestrais de juros, o que pode possibilitar aumento de liquidez e reinvestimentos.

Vale destacar que no pagamento desses cupons semestrais, há incidência da tabela regressiva do imposto de renda (IR). 

Público-alvo

O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais é mais indicado para quem precisa do rendimento para complementar a renda. Isso porque esse título realiza pagamento de juros a cada seis meses. Isso significa que, diferentemente do Tesouro Prefixado (LTN), você terá uma antecipação da rentabilidade a partir desses proventos semestrais.

Tarifas e impostos cobrados no Tesouro Prefixado

Há algumas tarifas e impostos que ocorrem em ambos os tipos de Tesouro Prefixado, mas que não são necessariamente obrigatórios.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): apesar de ser uma taxa obrigatória, ela deixa de ser exigida a partir do segundo mês de vigência da aplicação. Ou seja, você só será descontado caso resgate o investimento antes desse prazo.

Imposto de Renda (IR): como já citamos aqui, o IR é coletado em qualquer resgate do investimento, seja ele semestral ou apenas no vencimento do título. A taxação é feita sobre o valor lucrativo, não considerando a soma que inclui o valor aplicado, e seguindo a tabela regressiva:

Incidência do Imposto de Renda
Alíquota Período da aplicação dias
22,5% até 180 dias
20% de 181 a 360 dias
17,5% 361 a 720 dias
15% acima de 720 dias

– Taxa de Custódia: essa cobrança é obrigatória e é de responsabilidade da BM&FBOVESPA, mais especificamente do departamento da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A CBLC detém a custódia de todos as certificações públicas. A arrecadação dessa taxa é destinada a administração desses títulos no sistema do Tesouro Direto, como envio de extratos aos investidores e a manutenção de site.

– Taxa de Administração: essa tarifa pode ser cobrada pelas empresas financeiras e pelas corretoras encarregadas pela movimentação de valores e títulos. Elas atuam como intermediário entre o sistema do Tesouro Direto e o investidor. Essas instituições também são responsáveis pelo recolhimento de IR e pela certificação da autenticidade das informações cadastradas pelo investidor. Vale a atenção nesse caso, pois a taxa pode ser desvantajosa para o investidor.

Riscos do Tesouro Prefixado

Vamos listar os três tipos de riscos para ambos os casos de Tesouro Prefixado:

Risco de Liquidez

É aquele relacionado ao não resgate do seu dinheiro a tempo. Porém, como você pode resgatar os títulos públicos há qualquer momento, você não precisa se preocupar tanto com esse primeiro ponto. Porém, o resgate antes do vencimento não é vantajoso como já explicamos.

Risco de Crédito

Esse é relacionado a não ter de volta o seu dinheiro investido. Isso aconteceria apenas se o Governo Federal, que é o órgão responsável pela emissão dos títulos públicos, falir. O que é muito difícil de acontecer, já que mesmo nesse caso, o Governo pode controlar os encargos tributáveis e a emissão de dinheiro para pagar os seus investidores.

Risco de Mercado

É o maior risco entre os três. Ele depende da oscilação do mercado e é o que pode fazer você perder dinheiro no seu investimento.

Já que classificamos esse tipo de risco como o mais relevante para quem investe em Tesouro Prefixado, a dica é ficar sempre de olho no mercado e na economia. Assim, você terá mais segurança em aguardar até o vencimento natural do seu título ou na escolha de vendê-lo antes da data pré-estipulada no momento da aplicação.

Recomendação Tesouro Prefixado

Especialistas afirmam que, para Títulos Prefixados, o mais indicado é investir em momentos em que a economia esteja menos instável, com taxas de inflação e juros baixas. Além disso, procure conciliar a data de vencimento do título com o prazo desejado para o investimento. Desta forma, você terá 100% de certeza que receberá a rentabilidade pré-estipulada no momento da aplicação.

Tesouro Prefixado com ou sem Juros Semestrais?

Se o seu plano é reinvestir os valores recebidos a cada seis meses, o mais interessante é optar pelo título que não paga juros semestrais. Isso porque o imposto de renda é recolhido apenas no final da aplicação. Com isso, há a garantia que a taxa de rentabilidade esteja incidindo sobre um montante superior, sem deduções ao longo dos pagamentos de juros semestrais.

Dito tudo isso, se você planeja a compra de um bem ou serviço com prazos mais longos, como carros, imóveis ou uma fazer viagem, faça as contas e aproveite a vantagem do Tesouro Prefixado. Por ter a rentabilidade definida no momento da compra, você consegue colocar na ponta do lápis se vale a pena aplicar nesse investimento.

Quer saber mais sobre Tesouro Direto e as suas vertentes? Veja mais em:

Entenda a rentabilidade com a calculadora do Tesouro Direto

Passo a Passo para consultar o extrato Tesouro Direto