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Simulador de auto escola pode ser o mais seguro para o aprendizado

Por 21 de julho de 2015abril 20th, 2021Mobilidade
Simulador em autoescola pode tornar aprendizado mais seguro

Você está tirando sua carteira nacional de habilitação. Está dirigindo em sua aula prática e, de repente, começa uma chuva torrencial, seguida de um céu claro e uma pista com animais silvestres correndo livres. Parece perigoso, mas é simplesmente uma simulação virtual – sim, em um simulador de direção.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) informou a partir do dia 20 de julho o simulador de direção veicular será obrigatório nos centros de formação de condutores (CFCs) em todo o Brasil. Se você quer tirar sua carteira de habilitação, terá que passar por horas aula de simuladores.

O simulador de autoescola, no entanto, não irá excluir a necessidade das aulas práticas reais, fora do simulador. As aulas no aparelho deverão ocorrer após o aluno ter feito o curso teórico e antes de iniciar a prática nas ruas, contando um total de cinco horas/aula no simulador dentro das autoescolas.

Isso já é uma realidade para quem mora nos Estados do Rio Grande do Sul, Acre, Paraíba e Alagoas, que já exigem as aulas nos simuladores antes da decisão do Contran para nível nacional. Seu presidente, Alberto Angerami, indica que o número de acidentes caiu nos estados onde a tecnologia de simulação já é aplicada, já que o aluno não vai totalmente despreparado para as ruas por já possuir uma familiaridade anterior com o simulador.

Segundo a resolução dessa segunda feira, as autoescolas tem até o dia 31 de dezembro de 2015 para se adaptarem a nova regra.

Segurança dos simuladores de direção

O assunto gera polêmica quando se trata do nível da simulação, já que muita gente que utilizou os aparelhos diz que há controles falhos, com atraso na resposta dos comandos e os famosos lags na reprodução da simulação.

No entanto, o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) analisou diversos simuladores utilizados nas autoescolas do Brasil e, após quatro meses de estudo, identificou que os aparelhos são “uma importante ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem de direção veicular”.

Alguns problemas técnicos foram identificados, como falhas no software, erros de sinalização e um ocasional mal-estar que pode ser provocado pela simulação. No entanto, os maiores pontos de atenção encontrados pelo Observatório são relacionados ao plano educacional, como a falta de um padrão construtivo, falta de padrão pedagógico na utilização dos equipamentos por parte dos instrutores e deficiências no feedback aos alunos.

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