A quantidade de campanhas de recall tem aumentado nos últimos anos. Defeitos nos airbags aparecem no topo da lista de problemas encontrados, seguidos dos freios e do sistema de combustível.
Segundo dados do Procon, em 2016 foram realizadas 122 campanhas de recalls, abrangendo 1.661.064 veículos.
Qualquer carro pode ser chamado a recall, que significa “chamado de volta”. O fato já aconteceu com diversas montadoras ao longo da história.
Confira os casos de recalls famosos na história.
Recalls famosos
Fiat
Quem se lembra dessa polêmica do Stilo? O caso deu pano pra manga. Em 2010, o problema no cubo de roda do hatch Stilo foi negado pela Fiat e o episódio foi parar no Ministério da Justiça, com direito a multa de R$ 3 milhões.
A fabricante também foi obrigada a realizar a troca dos cubos de todos os carros a partir de 2004. Não foram poucos as histórias de rodas traseiras que se soltaram enquanto o veículo estava em movimento.
Um defeito nas mangueiras do Tipo, que direcionam o fluido hidráulico da direção até o carro. Com o rompimento da mangueira, apareceram relatos de incêndio, porque o fluido caía sobre o coletor quente.
A fabricante tratou de corrigir o erro, porém, a crise de imagem da marca em relação a esse modelo de carro gerou muito impacto e o caso não foi esquecido, gerando queda nas vendas.
Ford
Fiesta, Focus, EcoSport. Também não faltaram reclamações para os carros da Ford. Isso porque todos esses modelos seguiam o mesmo padrão defeituoso para o câmbio, que vibrava e gerava outros problemas na hora de mudança de marcha.
Mesmo com a campanha de recall e trocas realizadas, o problema permaneceu e o Procon foi acionado. Agora a garantia se estendeu para 10 anos.
Mas um dos casos mais emblemáticos, na verdade, envolve a picape Ford Explorer, que podia, simplesmente, capotar depois da explosão dos pneus Firestone. A fabricante rompeu com a marca de pneus depois de um século de parceria.
Volkswagen
Quem teve um Gol antes de 2009 sabe os pedais e a direção eram completamente desalinhas do banco.
Enquanto os pedais pendiam para o lado direito, o banco estava mais centralizado para a esquerda. E o motorista ficava com o corpo todo torto.
O erro foi solucionado apenas com a chegada da 5ª geração.
Em uma história recente, mas, ainda mais grave, temos o caso do FOX, do CrossFox e do SpaceFox que, em sua primeira geração, levou alguns clientes a amputarem o dedo.
Você lembra? No mecanismo de rebatimento do banco traseiro havia uma argola e ao menos oito pessoas tiveram os dedos decepados. A Vokswagen corrigiu o erro apresentando soluções técnicas, com inclusões de outras peças e etiquetas.
Toyota
Corolla, Camry e Prius. Todos eles com um erro gritante que surgiu de um “detalhe”: o tapete debaixo do acelerador deixava esse pedal travado na aceleração máxima.
Foram muitos acidentes causados. A solução veio com a trava que prende o tapete.
Chevrolet
Volante torto. Eis o problema perceptível do Celta e do Prisma. O volante não ficava de frente para o condutor, mas voltado para a porta.
Mercedes-benz
A Mercedes-Benz tem encontrado problemas no famoso “teste do alce”. Em 1997, a fabricante recolheu todos os carros Classe A vendidos e instalou um caro sistema de tração e estabilidade.
A ideia desse teste é desviar o carro como se houvesse um alce bem no meio da pista, em uma mudança brusca e rápida, às vezes a 72 km/h.
Em 2015, a revista sueca Teknikens Varld apontou as mesmas falhas no Mercedes-Benz 350C.
Aqui no Brasil o Código de Defesa do Consumidor obriga as empresas a anunciarem o erro de fabricação e orientar os clientes sobre as trocas. Existe até um projeto de lei obriga consumidor a atender recall.
Se quiser conhecer quais são os carros mais seguros, não deixe de conferir nosso post sobre esse assunto.
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