Skip to main content

Qual investimento é melhor: Previdência Privada ou Poupança?

Por 1 de março de 2018agosto 5th, 2024Finanças
imagem de moedas empilhadas com a legenda: Previdência Privada ou Poupança?

Poupar e investir o seu dinheiro é fundamental para garantir um futuro tranquilo para você e para sua família. Mas qual aplicação escolher? Hoje, vamos analisar se é melhor investir o dinheiro em previdência privada ou poupança.

Aplicações populares

O futuro é incerto, de modo que não é recomendável deixar o dinheiro parado na conta corrente, sendo devorado pela inflação e sem render juros.

Várias modalidades de aplicação estão disponíveis no mercado. Entre as mais conhecidas pela população estão a caderneta de poupança e a previdência privada.

Neste texto, vamos apresentar esses dois tipos de aplicação e explicar como eles funcionam. Com isso, você poderá decidir qual é o melhor para o seu perfil de investimento.

Poupança

A poupança é, sem sombra de dúvidas, a modalidade de aplicação financeira mais conhecida do brasileiro.

Seu funcionamento é simples e prático: o investidor abre uma caderneta de poupança, com um depósito e deixa o dinheiro rendendo juros mensais.

A qualquer momento, ele pode fazer novos aportes, colocando mais dinheiro na caderneta.

Se preferir, ele pode, também a qualquer momento, retirar o dinheiro da poupança. Sendo melhor tirar o dinheiro no dia do aniversário da poupança, para não perder o rendimento do mês.

Uma das vantagens da caderneta de poupança é que ela é garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil.

Isso quer dizer que, mesmo que o banco que administra a caderneta quebrar, o investidor terá o seu dinheiro ressarcido até o valor acima.

Outra vantagem da poupança é que não há incidência de Imposto de Renda. Isso quer dizer que o valor nominal do saldo no momento do resgate é exatamente o valor que será obtido ao retirar o dinheiro.

Rentabilidade da poupança

Os rendimentos mensais da caderneta de poupança são calculados em função de dois indicadores: a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a taxa básica de juros no país, e a TR (Taxa Referencial):

  • Se a taxa Selic for maior do que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR;
  • Se a taxa Selic for igual ou menor do que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da taxa Selic anual, distribuídos mensalmente, mais a TR.

No primeiro caso, a poupança rende pouco mais de 6% ao ano. No segundo caso, os rendimentos podem até ser menores do que isso.

Por outro lado, como dissemos acima, a poupança não sofre cobrança de Imposto de Renda, nem de taxas.

Previdência privada

Os planos de previdência privada constituem uma aplicação de longo prazo, em que o investidor contribui com aportes mensais.

Trata-se de uma alternativa ao sistema previdenciário público do INSS (Instituo Nacional do Seguro Social).

O investidor pode optar por manter o dinheiro aplicado no plano, fazendo contribuições mensais até o prazo de vencimento e passar a receber um valor mensal a partir de então, como aposentadoria.

Se desejar, ele também pode retirar o dinheiro do plano antes do prazo, contanto que seja respeitado um período de carência.

Há dois tipos de plano de previdência: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

A principal diferença entre os dois tipos é que o plano PGBL permite abater do Imposto de Renda o valor contribuído com as mensalidades, na opção de declaração completa. Porém, na hora de resgatar o dinheiro, incorrerá IR sobre o valor total do montante.

Já os planos do tipo VGBL não permitem esse desconto, mas no momento do resgate, o Imposto de Renda só incorre sobre os rendimentos obtidos.

Rentabilidade da previdência privada

A rentabilidade da previdência privada varia de plano para plano, então é preciso escolher bem e prestar bastante atenção no momento de assinar o contrato.

Não é difícil encontrar planos com rendimento bruto anual na casa dos 12%. Entretanto, ao contrário da poupança, as aplicações em previdência privada sofrem a cobrança de taxas de administração e de Imposto de Renda.

Assim, ao calcular a rentabilidade real ao final de determinado prazo, é preciso levar em conta essas informações e subtrair, do rendimento bruto do plano, os percentuais referentes às taxas e impostos.

Afinal, previdência privada ou poupança?

Para decidir se você deve aplicar o seu dinheiro em previdência privada ou poupança, vamos analisar os fatos.

A poupança é garantida até R$ 250 mil. Ela também é prática e confortável: você pode retirar o dinheiro quando quiser, e não tem de pagar taxas nem Imposto de Renda.

Contudo, seu rendimento é muito baixo, especialmente quando a taxa Selic está abaixo de 8,5%. Caso esse cenário se mantenha, o rendimento anual da poupança ficará por volta de 5%, ou até menor.

A previdência privada apresenta um bom rendimento, em geral consideravelmente acima do da poupança. Outra vantagem da previdência é a possibilidade de interromper os pagamentos mensais, para retomá-los posteriormente.

Mas há algumas desvantagens: é preciso pagar taxas e declarar a previdência no Imposto de Renda, para não cair na malha fina.

Além disso, ao contrário da poupança, a previdência privada não é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos. Dessa maneira, se a operadora “der o calote”, você perderá o seu dinheiro.

Considerando tudo isso e levando em conta a rentabilidade, é mais interessante investir na previdência privada do que na poupança.

Há duas ressalvas a fazer: a primeira é que a previdência é uma aplicação de longo prazo, de modo que há um prazo de carência para poder resgatar o dinheiro.

A segunda ressalva é que, mesmo passado o prazo de carência, a retirada do dinheiro nos primeiros anos é desaconselhada, pois os rendimentos serão mínimos.

Com isso, podemos dizer que, a previdência seja mais vantajosa do que a poupança devido rendimento ser maior. Porém, na poupança você tem a vantagem de poder retirar o dinheiro sem pagar taxas e imposto

Fora esse caso, prefira a previdência privada à poupança. O seu futuro agradece.