Poupar e investir o seu dinheiro é fundamental para garantir um futuro tranquilo para você e para sua família. Mas qual aplicação escolher? Hoje, vamos analisar se é melhor investir o dinheiro em previdência privada ou poupança.
Aplicações populares
O futuro é incerto, de modo que não é recomendável deixar o dinheiro parado na conta corrente, sendo devorado pela inflação e sem render juros.
Várias modalidades de aplicação estão disponíveis no mercado. Entre as mais conhecidas pela população estão a caderneta de poupança e a previdência privada.
Neste texto, vamos apresentar esses dois tipos de aplicação e explicar como eles funcionam. Com isso, você poderá decidir qual é o melhor para o seu perfil de investimento.
Poupança
A poupança é, sem sombra de dúvidas, a modalidade de aplicação financeira mais conhecida do brasileiro.
Seu funcionamento é simples e prático: o investidor abre uma caderneta de poupança, com um depósito e deixa o dinheiro rendendo juros mensais.
A qualquer momento, ele pode fazer novos aportes, colocando mais dinheiro na caderneta.
Se preferir, ele pode, também a qualquer momento, retirar o dinheiro da poupança. Sendo melhor tirar o dinheiro no dia do aniversário da poupança, para não perder o rendimento do mês.
Uma das vantagens da caderneta de poupança é que ela é garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil.
Isso quer dizer que, mesmo que o banco que administra a caderneta quebrar, o investidor terá o seu dinheiro ressarcido até o valor acima.
Outra vantagem da poupança é que não há incidência de Imposto de Renda. Isso quer dizer que o valor nominal do saldo no momento do resgate é exatamente o valor que será obtido ao retirar o dinheiro.
Rentabilidade da poupança
Os rendimentos mensais da caderneta de poupança são calculados em função de dois indicadores: a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a taxa básica de juros no país, e a TR (Taxa Referencial):
- Se a taxa Selic for maior do que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR;
- Se a taxa Selic for igual ou menor do que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da taxa Selic anual, distribuídos mensalmente, mais a TR.
No primeiro caso, a poupança rende pouco mais de 6% ao ano. No segundo caso, os rendimentos podem até ser menores do que isso.
Por outro lado, como dissemos acima, a poupança não sofre cobrança de Imposto de Renda, nem de taxas.
Previdência privada
Os planos de previdência privada constituem uma aplicação de longo prazo, em que o investidor contribui com aportes mensais.
Trata-se de uma alternativa ao sistema previdenciário público do INSS (Instituo Nacional do Seguro Social).
O investidor pode optar por manter o dinheiro aplicado no plano, fazendo contribuições mensais até o prazo de vencimento e passar a receber um valor mensal a partir de então, como aposentadoria.
Se desejar, ele também pode retirar o dinheiro do plano antes do prazo, contanto que seja respeitado um período de carência.
Há dois tipos de plano de previdência: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
A principal diferença entre os dois tipos é que o plano PGBL permite abater do Imposto de Renda o valor contribuído com as mensalidades, na opção de declaração completa. Porém, na hora de resgatar o dinheiro, incorrerá IR sobre o valor total do montante.
Já os planos do tipo VGBL não permitem esse desconto, mas no momento do resgate, o Imposto de Renda só incorre sobre os rendimentos obtidos.
Rentabilidade da previdência privada
A rentabilidade da previdência privada varia de plano para plano, então é preciso escolher bem e prestar bastante atenção no momento de assinar o contrato.
Não é difícil encontrar planos com rendimento bruto anual na casa dos 12%. Entretanto, ao contrário da poupança, as aplicações em previdência privada sofrem a cobrança de taxas de administração e de Imposto de Renda.
Assim, ao calcular a rentabilidade real ao final de determinado prazo, é preciso levar em conta essas informações e subtrair, do rendimento bruto do plano, os percentuais referentes às taxas e impostos.
Afinal, previdência privada ou poupança?
Para decidir se você deve aplicar o seu dinheiro em previdência privada ou poupança, vamos analisar os fatos.
A poupança é garantida até R$ 250 mil. Ela também é prática e confortável: você pode retirar o dinheiro quando quiser, e não tem de pagar taxas nem Imposto de Renda.
Contudo, seu rendimento é muito baixo, especialmente quando a taxa Selic está abaixo de 8,5%. Caso esse cenário se mantenha, o rendimento anual da poupança ficará por volta de 5%, ou até menor.
A previdência privada apresenta um bom rendimento, em geral consideravelmente acima do da poupança. Outra vantagem da previdência é a possibilidade de interromper os pagamentos mensais, para retomá-los posteriormente.
Mas há algumas desvantagens: é preciso pagar taxas e declarar a previdência no Imposto de Renda, para não cair na malha fina.
Além disso, ao contrário da poupança, a previdência privada não é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos. Dessa maneira, se a operadora “der o calote”, você perderá o seu dinheiro.
Considerando tudo isso e levando em conta a rentabilidade, é mais interessante investir na previdência privada do que na poupança.
Há duas ressalvas a fazer: a primeira é que a previdência é uma aplicação de longo prazo, de modo que há um prazo de carência para poder resgatar o dinheiro.
A segunda ressalva é que, mesmo passado o prazo de carência, a retirada do dinheiro nos primeiros anos é desaconselhada, pois os rendimentos serão mínimos.
Com isso, podemos dizer que, a previdência seja mais vantajosa do que a poupança devido rendimento ser maior. Porém, na poupança você tem a vantagem de poder retirar o dinheiro sem pagar taxas e imposto
Fora esse caso, prefira a previdência privada à poupança. O seu futuro agradece.