Muito se fala em práticas que gastam ou economizam combustível e provavelmente você já deve ter ouvido por aí que andar com o carro no ponto morto (ou dirigir na banguela) economiza gasolina. Na verdade, este é um mito que se propaga há muitos anos, mas de real não tem absolutamente nada.
A única maneira de fazer com que o automóvel poupe seu combustível é tirando totalmente o pé do acelerador com ele engatado, já que o veículo irá manter o movimento sem gastar a gasolina ou etanol do seu tanque. Lembre-se de que é possível fazer isso apenas em descidas e por pouco tempo, o que não se torna uma prática nada vantajosa.
Além de ser um risco a sua segurança, andar em ponto morto é considerado infração grave e o motorista pode perder 4 pontos na carteira, além de arcar com uma multa de R$ 85,13. Veja como conseguir desconto em multas e até como diminuir gastos com infrações.
A economia que se pensa economizar enquanto o carro está em ponto morto praticamente vai desaparecer quando o condutor precisar acelerar novamente.
Somente quando se aciona a quinta marcha é que a rotação sobe de 1500 a 2000 RPM e aciona o sistema cut-off, que entende que o motor está funcionando por meio de um embalo. Portanto, sem a aceleração, o gasto do combustível é cortado. Portanto, pense bem antes de deixar o carro na banguela!
Andar com o carro em ponto morto é perigoso!
Especialistas e motoristas profissionais não aconselham o uso da banguela porque o motorista tem o domínio sobre o veículo bastante reduzido graças à perda do freio-motor. Em caso de precisar desviar de algum obstáculo, o carro fica sem tração nenhuma, podendo causar graves acidentes.
Muitos motoristas gostam de descer ladeiras em ponto morto. No entanto, esta prática faz com que o carro ganhe cada vez mais velocidade ao descer, dificultando quando houver a necessidade de uma freada brusca. Já quando o carro está engatado, mas sem que o motorista acelere, ele desce em segurança e em uma velocidade constante.
Entendendo o ponto morto
Na época em que os carros possuíam carburador, o sistema do motor era totalmente mecânico. A injeção eletrônica foi uma tecnologia revolucionária e mudou essa situação no início da década de 1990, fazendo com que os automóveis mais modernos passassem a gastar muito menos combustível.
Depois disso, os computadores chegaram aos veículos fazendo com que a resposta dos carros fosse muito mais rápida aos comandos do motorista. Por isso, muitos motoristas achavam que se desligassem o motor e descerem em ponto morto utilizariam menos combustível.
Mas muitos especialistas lembram que explicação para essa possível “economia” está na função da embreagem, na comunicação entre o sistema de transmissão e a caixa de marcha.
Resumindo, a injeção eletrônica faz com que as mensagens que são enviadas ao computador continuem a enviar combustível mesmo quando o carro está em movimento.
Vai pegar o volante depois de muito tempo? Veja dicas e truques para dirigir pela primeira vez.