.Esse ônibus não tem volante. Não tem freio. Para ser bem transparente: não tem nem motorista. Tudo indica que o futuro já chegou.
Estamos falando de um miniônibus que comporta até quatro passageiros. Não apresenta volantes, nem freios. Aproximadamente 100 ingleses participam do projeto-piloto que testa o ônibus sem motorista, na Península de Greenwich. O veículo é capaz de atingir uma velocidade de 16,1 km/h e é totalmente controlado por computadores. A informação é da rede britânica BBC.
Segundo a emissora, essa centena de pessoas foi escolhida num universo de 5.000 inscritos interessados em participar do projeto inédito e bastante original. Apesar de ser tudo computadorizado, ao menos para os testes, pelo que se sabe, dentro do veículo haverá uma pessoa treinada para parar o veículo em caso de emergência. Por enquanto.
Nos testes realizados, cinco câmaras e três raios auxiliam na circulação em torno do Rio Tâmisa. Ele que fica próximo a Arena O2, em um percurso de 3,2 quilômetros que também é utilizado por pedestres e ciclistas. Segundo informações da BBC, o minionibus é capaz de ter visualização de até 100 metros à frente e frear quando identificar um obstáculo.
Quem desenvolveu tal protótipo foi a empresa Oxbotica. A empresa garante ser seguro circular com o veículo próximo a pedestres. Além disso, diz acreditar que em dois anos ele poderá ser utilizado como um meio de transporte comum. Tanto na península quanto em outras regiões.
Você andaria em um ônibus sem motorista?
Na entrevista concedida à emissora, o diretor-executivo, Graeme Smith afirmou que, até o momento, somente algumas pessoas tiveram autorização para realizar os primeiros testes. Mas as expectativas são grandes. “Esperamos conseguir a aceitação do público com relação aos veículos automáticos que compartilham este tipo de espaço com as pessoas”, disse.
Nick Jurd, secretário da Indústria no país, disse que o Reino Unido tem uma “grande história de inovação no setor automotivo”. E que “este tipo de tecnologia tem o potencial de salvar vidas, além de oferecer liberdade para idosos com mobilidade reduzida”.
A expectativa é que o novo veículo entre em circulação em 2019, em Londres, na Inglaterra.
Em tempos atuais, em que falamos tanto de carros autônomos, talvez não seja tão surreal falar de ônibus sem motoristas. Será que estamos presenciando o fim dos carros nas grandes cidades? Um futuro – talvez ainda distante – onde cada vez menos pessoas queiram circulam por aí sozinhas ao volante, desperdiçando tempo paradas em engarrafamentos. Se a tecnologia pode favorecer a valorização do transporte coletivo, temos que esperar para ver.