Você já ouviu falar em Tesouro Direto como uma das possibilidades mais seguras e rentáveis de investimento, certo? Hoje, vamos esmiuçar este assunto que ainda gera dúvidas e explicar essa modalidade, cuja rentabilidade baseia-se nas taxas de juros brasileiros. Vamos saber mais sobre o Tesouro Selic?
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é uma modalidade de investimento onde pessoas físicas compram títulos públicos e recebem os rendimentos gerados por eles. Trocando em miúdos, ao comprar um título de dívida pública, você “empresta” dinheiro ao seu país para ele liquidar suas dívidas. Em troca, recebe os juros pelo tempo em que o dinheiro ficou à disposição.
A aplicação no Tesouro Direto é bastante segura e especialistas recomendam para pequenos investidores com ou sem experiência no mercado. Se você possui no mínimo R$30 para investir, já pode comprar um título do Tesouro Direto. A grande vantagem para o investidor é que a aplicação já tem rentabilidade pré-fixada. Além disso, é possível resgatar o valor a qualquer momento, sem perda do lucro. Claro, nestas condições, existem impostos e taxas que poderão diminuir a rentabilidade caso o prazo estipulado para o resgate não seja respeitado.
Em que se baseia a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto?
São várias as opções de aplicação disponibilizadas pelo Tesouro Direto e cada uma tem a sua peculiaridade. Neste artigo, vamos focar nossa atenção ao Tesouro Direto Selic, uma modalidade a curto prazo.
O investidor que compra um título pelo Tesouro Direto Selic, “empresta” dinheiro ao Tesouro por um tempo determinado (que é pré-estipulado no momento da aplicação). Como recompensa, recebe as variáveis referente à taxa básica de juros, a Selic.
O que é Selic?
A Selic é a taxa responsável por determinar os juros dos financiamentos diários.
Parece complicado, mas é fácil de entender. A taxa Selic no Brasil é a que define a remuneração dos bancos públicos e privados diante das operações de títulos públicos. É um dos índices mais populares utilizados em território nacional para definir as taxas de juros de compras a prazo, crediários e financiamentos, por exemplo. A Selic é um instrumento oficial de política monetária utilizado pelo Copom para controlar e verificar os juros no país.
Quem tem mais de 30 anos, deve se lembrar do período de hiperinflação do Brasil, lá no início da década de 1990. Em fevereiro de 1990, registrou-se o maior valor da taxa Selic da história: 3,626% no dia.
Já em dezembro de 1989, a taxa acumulada nos 12 meses anteriores atingiu 115.334,03%. Justamente por esse valor elevado da taxa Selic, os preços dos produtos no supermercado eram modificados, muitas vezes, duas ou três vezes ao dia. Uma lata de molho de tomate, por exemplo, poderia custar R$3 pela manhã e R$9 à noite.
Nessa época, os financiamentos também eram impossíveis. Os juros altos fizeram com que muitas pessoas congelassem seus investimentos e endividaram os mais imprudentes que arriscaram fazer financiamentos.
O Tesouro Direto Selic é uma boa opção de investimento?
Em relação ao Tesouro Direto Selic, tudo depende do seu objetivo com relação ao dinheiro aplicado. Os fundos do Tesouro Direto Selic não apresentam risco de perda, independente do tempo de aplicação e data de resgate. Apesar disso, alguns bancos vendem títulos de capitalização e fundos de investimentos com rendimento histórico muito inferior à taxa Selic. Por isso, é bom sempre estudar muito bem o contrato, caso o investimento seja feito através de um banco.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a Liquidez. Ou seja, o fator de agilidade pelo qual um investimento se transforma em dinheiro no seu bolso. Quanto mais liquidez tiver um investimento, menor será a sua rentabilidade.
Investimentos a curto prazo costumam ter rendimentos bem menores do que os investimentos a longo prazo. No entanto, o Tesouro Direto Selic é um caso à parte, sendo bem mais avaliado do que a poupança, por exemplo, que traz uma rentabilidade bem menor.
Em investimentos de médio e longo prazo, por exemplo, os anos de aplicação significam multiplicação do dinheiro, já que são os juros compostos que atuam neste rendimento. Por isso, paciência é importante para ver seu patrimônio financeiro crescer. O Tesouro Selic já apresenta rentabilidade menor a prazos mais curtos. Sendo assim, não espere resgatar o dobro do que investiu em pouco tempo de aplicação, ok?
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O que considerar ao tomar sua decisão pelo Tesouro Selic
Antes de aplicar no Tesouro Selic, é importante averiguar alguns pontos determinantes e tomar a decisão com consciência. Fatores devem ser levados em consideração como:
- Aplicação mínima
- Período de aplicação
- Liquidez do investimento (quantos tempo o dinheiro demora para cair na conta)
- Taxas e tributos
- Rentabilidade
- Riscos envolvidos
Por ser considerado um investimento seguro, versátil e facilitado, o Tesouro Selic também possibilita a retirada do dinheiro a qualquer momento, em emergências, por exemplo.
Vamos supor que o dinheiro esteja aplicado há dois anos e o prazo para o resgate estipulado for 10 anos. Se houver um imprevisto como ficar desempregado, ter uma doença grave ou um desastre natural, por exemplo, é possível fazer o resgate do montante sem grandes perdas financeiras.
Considerando que imprevistos podem acontecer, a qualquer momento com qualquer pessoa, especialistas indicam que a sua reserva aplicada no Tesouro Selic seja seis vezes maior do que o seu custo familiar. Por exemplo, se o seu custo médio mensal é R$ 5.000 ao mês, sua aplicação deve ser de, pelo menos, R$ 30.000,00.
Quais são as taxas de impostos do Tesouro Selic
Assim como qualquer investimento, o Tesouro Selic desconta o IOF e Imposto de Renda no ato do resgate. O IOF (Impostos sobre Operações Financeiras) é cobrado apenas quando você resgata o valor antes de completar um mês de aplicação. Portanto, evite ao máximo o saque nos 30 primeiros dias.
Já o Imposto de Renda, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado no Tesouro Selic, menor será a ‘taxa cobrada. Confira a tabela referente à taxa de IR sobre a rentabilidade:
Até 180 dias – 22,5% de IR
Entre 181 e 360 dias – 20% de IR
Entre 361 e 720 dias – 17,5% de IR
Mais que 720 dias – 15% de IR
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