Estar sempre atento às boas oportunidades de investimento é premissa para aqueles que buscam ampliar rendimentos. Hoje, a pauta é sobre o CDB. O que é CDB? Quais os tipos disponíveis no mercado? Qual o perfil de cliente que mais é atraído por esse investimento?
Para começar, vamos ao significado dessas três letras: Certificado de Depósito Bancário – CDB.
Na prática, são títulos emitidos pelos bancos que, assim, captam o dinheiro do investidor. Eles o remuneram com juros que variam em virtude do valor que foi “emprestado”.
Como? Emprestado? Sim, o CDB funciona como se fosse um empréstimo que o investidor faz aos bancos. Por consequência, os bancos usam o dinheiro aplicado para financiar suas atividades de crédito.
Por esse “empréstimo”, o investidor recebe os juros diários do que foi usado na operação.
O que é CDB e quais são seus tipos?
Você entendeu o que é CDB, agora vamos aos tipos disponíveis.
O investidor interessado nessa modalidade pode escolher entre o CDB prefixado e o pós-fixado. Vamos conhecer cada um deles.
Prefixado: nesse tipo de CDB o investidor negocia com o banco a taxa que será aplicada durante todo o período de vigência do título. Ou seja, tem juro fixo ao ano. Assim, é possível saber a remuneração que será obtida no vencimento do título. Por exemplo, um título com uma taxa já determinada de 8% a.a. renderá esse percentual sobre o valor investido.
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Pós-fixado: neste tipo de CDB, considerado o mais comum, o investidor receberá um determinado valor com base no indexador utilizado – um índice que será aplicado. Em geral, o rendimento do CDB pós-fixado está atrelado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Elo é uma referência de rentabilidade em renda fixa e que pode variar de banco para banco. Entra em jogo o valor que foi investido e a negociação feita.
Informações para você ficar atento ao investir em CDB
Qual banco?
O que é CDB e os tipos você já viu. Já sabemos também que o pós-fixado é o tipo mais comum de CDB. Mas uma dica básica e importante para você antes mesmo de optar pelo investimento é fazer uma boa pesquisa entre os bancos. Há diferenças entre as rentabilidades oferecidas pelos mesmos.
Não é preciso ser cliente de uma determinada instituição financeira para ter acesso a um CDB desse banco. Assim, é possível buscar pelo o que oferece a melhor remuneração.
Também vale pesquisar essa informação nas corretoras que têm plataformas de distribuição de CDB de vários bancos. Esse recurso poderá facilitar a sua avaliação e futuro investimento.
Ter a melhor taxa fará toda a diferença, principalmente se pensarmos em uma aplicação de longo prazo. Por isso: ne-go-ci-e!
Qual tipo?
O CDB prefixado é a melhor alternativa quando a taxa de juros está alta, mas apresenta tendência de queda.
O CDB pós-fixado é a opção quando a tendência da taxa é subir ou permanecer alta.
Há garantias?
É importante saber se há garantias após entender o que é CDB.
A boa notícia para quem deseja aplicar em CDB é o fato de ser garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil.
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Com isso, caso o banco emissor quebre, o investidor tem a garantia de receber até esse valor do FGC.
Você deve estar pensando: mas e seu o investimento for maior do que R$ 250 mil?
Para não ficar no prejuízo em um cenário crítico, a dica é a seguinte. Invista os recursos em vários bancos, não ultrapassando o limite de R$ 250 mil em cada um deles. Assim, estará coberto pelo FGC.
Há tributos?
Não há cobrança de taxas para investir em CDB, mas é bom estar preparado para pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Isso caso sua aplicação tenha menos de 30 dias.
O CDB também é um investimento que entra no Imposto de Renda (IR). Ou seja, o IR é cobrado sobre os lucros obtidos e obedece a uma tabela (veja abaixo) regressiva, que mostra que a alíquota praticada varia em função do prazo da aplicação.
Aplicação de até 180 dias: 22,5%
De 181 a 360 dias: 20%
De 361 a 720 dias: 17,5%
Mais de 720 dias: 15%
É importante, portanto, calcular o valor do imposto ao investir no CDB.
Prazos
O prazo é importante para a avaliação do IR, como mencionado acima. Mas tem também participação de destaque quando se leva em conta o tipo de CDB.
Observe que, de forma geral, um CDB prefixado tem mais risco no longo prazo. Isso porque é impossível saber do movimento e efeito da inflação durante todo o período de aplicação.
A inflação pode, por exemplo, deteriorar o poder de compra e, com isso, derrubar a rentabilidade da aplicação.
Já no caso de um título pós-fixado, o risco é menor, Por quê? Dependendo da variação da inflação, o Banco Central pode alterar os juros básicos. Isso leva a um aumento da rentabilidade do investimento atrelado ao CDI.
Mas, como já sabemos, o valor pago será sempre maior quanto maior o prazo do título. Isso ocorre pois quanto maior o tempo o banco tiver para trabalhar com o dinheiro, maior será a oferta de melhores taxas de remuneração.
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Conclusão
Deu para entender o que é CDB? O CDB é uma modalidade de investimento que vale a pena?
É importante levar em conta que nem todos os CDBs têm liquidez diária. Por isso, o investidor tem, muitas vezes, de estar preparado para esperar o término do prazo de carência para resgatar os recursos aplicados. Em contrapartida, nesses casos o investidor poderá ter um retorno mais atraente – como explicado no item “Prazos”.
Caso você não tenha ideia do tempo em que deixará o dinheiro aplicado, é arriscado não contar com a liquidez diária.
Para obter a melhor saída nessa situação é válido conversar com um especialista que pode explicar como funciona o CDB escalonado ou progressivo, que garante a liquidez diária e prevê o aumento do rendimento conforme o prazo de investimento for maior.
Outro aspecto importante que deve ser observado: conferir qual o percentual de CDI que está sendo pago? Acompanhe sempre essa informação para saber se o investimento está valendo a pena.