Resumidamente, uma fratura não consolidada é quando uma fratura ainda não se cicatrizou totalmente.
Quando osso está quebrado, o corpo acaba criando uma inflamação entre as bordas quebradas – também conhecidas como calo ósseo – que funcionam como trilha para o crescimento e remodelamento do osso.
Durante o período em que essas bordas do osso estiverem em aproximação, mas, sem estarem totalmente grudadas, significa que é uma fratura não consolidada.
Ainda vale dizer que, em certos casos, a consolidação da fratura só pode acontecer com a ajuda de um ortopedista. Nesses casos, a função do ortopedista é colocar os ossos numa posição adequada para que eles “colem”.
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Saiba tudo sobre fratura não consolidada
Depois de colocar o osso no lugar e engessá-lo, a fratura deixa de ser não consolidada?
O organismo só tem a possibilidade de consolidar uma fratura de forma correta depois que os fragmentos estão devidamente próximos e alinhados.
Diferente do que os pacientes imaginam, um osso não volta para o seu lugar sozinho. É preciso um controle radiológico periódico para se verificar se o osso está no local certo.
A frequência desse tipo de controle vai depender do tipo de fratura, então, não há uma regra fixa para isso.
Quando os tendões e músculos que estão inseridos nos ossos se movimentam, podem provocar o desvio da fratura mesmo com o gesso, o que acaba causando a fratura não consolidada.
Caso a fratura não for imobilizada, há a chance de não colar?
Sim. Existem casos de fratura não consolidada que, quando não imobilizadas, acabam evoluindo, se tornando falsas articulações (Pseudartrose).
Mas, como já citado, não há regra, podendo variar de paciente para paciente.
Há casos, por exemplo, de fratura nos arcos costais. Em alguns casos, a imobilização do tórax se faz necessária, como podem haver casos da imobilização causar dificuldade na respiração do paciente.
Quanto tempo leva para o osso colar?
Também não há aqui um prazo determinado que varia de pessoa para pessoa.
Quanto mais velha a pessoa, maior o osso ou mais afastados os fragmento, o tempo para colar aumenta.
+ O que acontece em casos de afastamento por doença?
Por exemplo, há um prazo de três semanas em fraturas da clavícula de um bebê e 5 meses no fêmur de uma pessoa adulta.
Há, ainda, casos específicos, em pessoas fumantes, por exemplo, o tempo de consolidação é um pouco maior, nesses casos, dizemos que há um retardo de consolidação.
O que é preciso fazer para o osso colar rapidamente?
Existem algumas dicas que ajudam na aceleração da colagem:
- Alimentação rica em proteínas;
- Sol para a produção de vitamina D;
- Ingestão de leite e derivados; ricos em cálcio, principal mineral do osso. Sem ele, a fratura não se consolidará de forma correta
- Evitar uso do cigarro, já que ele atrapalha no processo de consolidação óssea
Não existem medicamentos específicos para o auxílio da consolidação de fraturas.
Como dito acima, uma boa alimentação, três porções de leite ou derivados (queijo, requeijão, iogurte, etc) diários e, pelo menos, 30 minutos de sol ajudam nesse processo.
Alguns pacientes podem, ainda, se beneficiar de suplementos ou micronutrientes.
Pisar pode atrapalhar a colagem da fratura?
Também vai depender do tipo de método que será usado para o tratamento da fratura. A carga pode ajudar e estimular a consolidação óssea. Esse método é muito usado em casos de osteossíntese com haste intramedular.
Mas, em casos onde foi necessária a implantação de placa e parafusos, esse método pode ser proibido.
+ Como o seguro de vida pode ajudar o idoso?
De maneira geral, não existe regra, só o médico pode decidir o que deve ser feito, por isso siga sempre a orientação do seu médico.
Diferença de retardo de consolidação, fratura não consolidada e pseudartrose
Quando o osso não consolidou no prazo normal, mas as radiografias realizadas mostram que está acontecendo a formação de calo ósseo, dizemos que houve um retardo de consolidação.
Já quando exames mostram que não houve a formação de calo ósseo, há a fratura não consolidada, se formando uma pseudartrose.
O que fazer em casos de retardo de consolidação e pseudartrose?
Enquanto o organismo mostrar sinais de que está formando o calo ósseo, é preciso esperar.
Quando o processo de consolidação parou, o cirurgião ortopedista pode escolher por novas formas de tratamentos cirúrgicos para a resolução do problema.
Se a causa foi falta de estímulo biológico, por exemplo, pode-se optar por enxerto, se houve falta de estabilidade, pode-se trocar o tipo de síntese ou instalar uma numa fratura que estava sendo tratada com gesso.
Apesar disso, é preciso que o paciente mantenha uma vida saudável e siga as orientações médica à risca.
Consolidação radiológica e consolidação clínica
Ao realizar o exame, o ortopedista pode definir se o osso está colando ou não.
Em algumas situações, o calo ósseo pode demorar para aparecer, mesmo que, clinicamente, o médico tenha constatado que o osso está colando.
O exame clínico mostra que a fratura está consolidando, mesmo que os sinais radiológicos não conseguiam atestar isso.
De todo modo, para que se defina a consolidação ou atraso desta, é sempre necessário o exame clínico e radiografias em série para o diagnóstico.
Necessidade de retirada do material de síntese
Geralmente, a retira do material de síntese é feito quando existe algum tipo de incômodo ou quando o organismo rejeita o material.
A retirada do material não é obrigatória, mas também não pode ser retirado de maneira precoce, pois existe o risco de refratura.
Pode haver, ainda, o problema de se tirar o material de síntese quando o osso ainda está fraco e a região precisa de uma proteção por mais algum tempo.
Em resumo, também não existe uma regra absoluta para a retirada do material de síntese. Nos casos de placas e hastes intramedulares, que permanecem por toda a vida no mesmo lugar, a retirada só é feita quando há alguma complicação ou problema.
Você sabia que um seguro de vida pode ajudar você em caso de fratura não consolidada? Veja mais na nossa postagem sobre invalidez permanente.