Se beber não dirija. E se estiver com raiva ou triste também não. Essa é a descoberta de uma pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS): dirigir quando está com o estado emocional alterado é bem mais perigoso do que dirigir enquanto está distraído, por exemplo, usando o celular ou o painel de entretenimento do carro.
O estudo foi realizado por cientistas do Instituto de Transportes da Virginia Tech, nos Estados Unidos, e analisou 905 acidentes graves, medindo os riscos com a direção em cada um. Os carros envolvidos nos acidentes estavam equipados com radares, câmeras e sensores para captar o momento exato da colisão. Assim, os pesquisadores conseguiram os dados necessários para analisar o que aconteceu nos acidentes.
E os resultados surpreenderam. Eles concluíram que fatores ligados ao motorista, como fadiga, alterações emocionais, distração e erros estavam presentes em quase 90% dos acidentados. Foi descoberto, também, que dirigir com o estado emocional claramente alterado aumenta o risco de sofrer acidentes em 9,8 vezes. Já distrações, como mexer no painel de entretenimento do veículo ou falar no celular aumentam o risco em duas vezes. Ou seja, é mais perigoso dirigir depois de receber aquela notícia triste do que dirigir falando ao celular (que não deixa de ser perigoso e proibido por lei!).
Os fatores que mais aumentam o risco de sofrer uma colisão são: digitar no celular (12 vezes mais chances), dirigir com a velocidade muito acima da permitida (13 vezes) e dirigir drogado ou embriagado (35 vezes).
Tom Dingus, um dos principais autores do estudo, afirmou que esta foi a primeira vez que cientistas conseguiram captar quanto os fatores humanos interferem em maiores riscos de sofrer um acidentes embora, segundo ele, “Sabemos há anos que fatores relacionados ao motorista estão presentes na maioria dos acidentes”.
Se os resultados alcançados em relação à dirigir com o estado emocional alterado causaram surpresa, o mesmo aconteceu em relação à aplicar maquiagem, mas no sentido contrário. Isso pois foi descoberto que realizar a ação enquanto se dirigia quase não esteve presente nos acidentes analisados. O mesmo aconteceu com pessoas que dirigiram muito próximas ao veículo da frente.
Aqui no Blog, também já listamos outras atitudes que aumentam as chances de se acidentar. Então, já sabe: nada de pegar o carro se brigou com alguém ou se algo muito triste aconteceu.
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