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A atuação do plano de saúde no universo do autismo

Por 6 de abril de 2022agosto 2nd, 2024Vida e Saúde
Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo

Desde 2007, é celebrado em 2 de abril o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A decisão de estabelecer no calendário um dia mundial de conscientização sobre o autismo não foi em vão. Existe a necessidade cada vez maior de informar as pessoas sobre o autismo como tentativa de diminuir a discriminação. Assim, é possível vencer a barreira para a convivência digna e saudável que todos merecem. Afinal, a lógica é: quanto mais informação, menos preconceito.

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Os planos de saúde no atendimento aos autistas

Uma das principais dúvidas que as pessoas têm em relação ao universo dos autistas se refere à atuação dos planos de saúde.

Será que os planos de saúde atendem o autista? É possível contar com esse apoio?

Sim, é possível contar com o suporte de um plano de saúde quando o assunto é autismo.

De acordo com a lei 9.656/98, os planos e também os seguros de saúde têm a obrigação de oferecer cobertura para os portadores de tal transtorno.

Essa decisão se deu em virtude da lei que insere o autismo como um subtipo dos Transtornos Globais de Desenvolvimento.

Tem mais: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) afirma que os beneficiários de planos de saúde que são portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) de todo o País têm direito a número ilimitado de atendimentos com profissionais, como:

  • Psicólogos;
  • Terapeutas ocupacionais;
  • Fonoaudiólogos.

Sem contar a cobertura, também ilimitada, que esses clientes já tinham assegurado para as sessões realizadas com fisioterapeutas.

Essas informações são pouco conhecidas, pois são recentes. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no ano passado, em 2021. Ela considera, segundo a ANS, a importância de promover a igualdade de direitos aos beneficiários residentes em todo o Brasil.

Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo – O autismo da infância à vida adulta

Segundo os especialistas, os autistas podem apresentar condições que em geral os acompanham desde a infância, como:

  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Epilepsia;
  • Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Algumas dessas condições do intitulados TEAs – transtornos do espectro autista, costumam se manifestar logo nos primeiros cinco anos de vida da pessoa.

Diante dos TEAs, o nível intelectual dos autistas varia muito. Sim, cada caso é um caso em virtude do comprometimento causado pelos transtornos que levam a quadros de profunda deterioração a outros com altas habilidades cognitivas.

Por isso, há pessoas com TEAs que vivem de forma independente. Já outras, com deficiências severas, requerem atenção constante por toda a vida.

Sintomas: atenção redobrada

Em muitos casos, o autismo não é percebido com facilidade e rapidez. Por isso, os especialistas sugerem aos pais que prestem muita atenção à rotina das crianças. Assim, ao menor sinal, já é possível buscar ajuda de profissionais.

Em geral, mediante o quadro clínico, os sintomas estão em três grupos:

  • Pacientes que apresentam ausência completa de qualquer tipo de contato interpessoal. Neste caso, há incapacidade de aprender a falar e também com incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, além de deficiência mental.
  • Neste segundo grupo o paciente é voltado para si mesmo. Ou seja, ele não consegue estabelecer contato visual com as pessoas ao redor e nem com o ambiente. Ele até consegue falar, mas não usa essa habilidade como ferramenta de comunicação, e apresenta comprometimento em relação à compreensão.
  • O terceiro grupo é de pacientes que têm domínio da linguagem, inteligência normal ou até mesmo superior e apresentam menor dificuldade quanto às interações sociais, o que permite levar a vida próxima do normal.

Qual é o profissional que identifica o autismo?

Diante da dúvida quanto ao fato de a criança ter ou não o transtorno, confirmar o diagnóstico é o próximo passo.

No caso de crianças e adolescentes, os responsáveis devem procurar atendimento com um neurologista pediátrico e também com um psiquiatra infantil. 

Tratamentos

Mesmo sendo um transtorno crônico, o autismo conta com tratamentos para fazer assim que o diagnóstico é feito.

Estamos falando de tratamentos realizados por uma equipe multidisciplinar, formada por:

  • Médicos;
  • Fonoaudiólogos;
  • Psicólogos;
  • Pedagogos;
  • Fisioterapeutas;
  • Terapeutas ocupacionais;
  • Educadores físicos.

Além disso, deve contar ainda com o apoio dos pais ou de cuidadores, figuras imprescindíveis em todo o processo.

O programa de intervenção aplicado é personalizado pois, como foi dito, cada caso é um caso.

De acordo com os especialistas no assunto, as intervenções psicossociais baseadas em evidências como, por exemplo, a terapia comportamental e os programas de treinamento para pais, têm um papel importante. Elas podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social do paciente, tendo impacto positivo na qualidade de vida do autista e, consequentemente, das pessoas de sua convivência.

É essencial, porém, que tais intervenções sejam acompanhadas de atitudes que garantam que os ambientes físicos e sociais tenham três características fundamentais: sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.

Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo e a eficácia da divulgação

É verdade que os caminhos para a melhora do quadro de um autista não são simples. Porém, também é verdade que com o tratamento adequado as chances de autonomia do paciente são expressivas, resultando na melhoria da qualidade de vida das famílias.

As intervenções garantem um ótimo progresso, principalmente em crianças. Estudos científicos mostram cada vez mais importância, assim como o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo que, dessa forma, vem cumprindo o seu papel.

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Última atualização em 06/04/2022

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