Depois de colocar os novos Onix e Onix Plus no mercado, a General Motors investe pesado em um segmento em que nunca foi competitiva e lança a nova geração do Chevrolet Tracker. O modelo, que compartilha a mesma plataforma GEM (Global Emerging Markets) do hatch e sedã, chega com as mesmas qualidades dos irmãos e potencial para ser um dos protagonistas entre os SUVs compactos. Os preços variam entre R$ 82.000 e R$ 112.000.
Chevrolet Tracker agora nacional
O Chevrolet Tracker passa a ser produzido em na planta de São Caetano do Sul (SP) – que recebeu investimento de R$ 1,2 bilhão. A geração anterior, que vinha do México e tinha oferta limitada pelas cotas de importação. Com isso, a General Motors vai conseguir equilibrar a oferta e a demanda. A fabricante pretende vender entre 5.000 e 6.000 unidades mensais do novo modelo, o que lhe daria a liderança entre todos os SUVs vendidos no Brasil.
Maior sem crescer
O novo Tracker tem mais equipamentos e um melhor aproveitamento do espaço interno do que o antecessor, apesar de manter praticamente as mesmas medidas. São 4,27 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,60 m de altura e 2,57 m de distância entre eixos. A capacidade do porta-malas sobe de 306 litros para 393 litros.
Em comparação com a geração antiga, o novo Tracker cresceu 1,2 centímetros no comprimento, 1,5 cm na largura e 1,5 cm no entre-eixos. A altura diminuiu 5,2 cm, o que deu ao modelo um perfil mais esguio e elegante. A novidade também é 144 quilos mais leve do que o antecessor.
Mais por menos
Como nos novos Onix, a relação custo-benefício é o maior atrativo do Tracker. O modelo vem bem equipado desde a versão de entrada com itens que não são nem opcionais nos concorrentes, como a central multimídia MyLink com tela de oito polegadas e Wi-Fi 4G para até sete aparelhos. Além disso, todas as versões do Tracker trazem seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controles de tração e estabilidade, rodas de alumínio, rack no teto e luzes diurnas de LED.
Seis versões e dois motores
O Chevrolet Tracker mais barato é o 1.0 Turbo MT. Como o próprio nome da versão já diz, tem motor 1.0 Turbo de três cilindros e câmbio manual de seis marchas. É o mesmo conjunto usado no Onix. São 116 cv de potência a 5.500 rpm, com etanol ou gasolina, enquanto o torque pode ser de 16,3 mkgf com gasolina e 16,8 mkgf com etanol, sempre a partir de 2.000 rpm.
Além dos itens acima mencionados tem:
- Alarme;
- Assistente de partida em rampas;
- Faróis e lanterna de neblina;
- Indicador de vida útil do óleo;
- Regulagem de altura dos faróis;
- Fixação de cadeiras infantis Isofix e Top Tether;
- ABS;
- Ar-condicionado;
- Coluna de direção com regulagem de altura e profundidade;
- Computador de bordo com informações de viagem, veículo e consumo;
- Direção elétrica, entre outros.
A versão imediatamente acima é a LT 1.0 Turbo. Ele tem os mesmos itens e motor do anterior e mais:
- Câmbio automático de seis marchas com opção de trocas manuais;
- Grade frontal com detalhes cromados;
- Espelhos e maçanetas externos na cor do carro;
- Rack do teto em prata;
- Câmera de ré;
- Piloto automático;
- Abertura de portas com chave presencial;
- Partida por botão e start-stop.
Custa R$ 89.990.
Novo motor 1.2
Na tabela de preços, em seguida vem o Chevrolet Tracker 1.2 Turbo AT, por R$ 90.500. São os mesmos equipamentos da versão de entrada, mas com motor 1.2 turbo – também de três cilindros e com injeção direta. Gera 132 cv a 5.500 rpm e 19,4 mkgf a 2.000 rpm, com gasolina. Quando abastecido com etanol, os valores passam para 133 cv e 21,4 mkgf. Além disso, acrescenta câmbio automático de seis marchas, start-stop e piloto automático.
O Tracker LTZ 1.2 Turbo AT sai por R$ 99.990. A versão, que deverá ser a mais vendida da gama, tem os mesmos itens de série da LT 1.0 e adiciona:
- Alerta de ponto-cego;
- Rodas de 17 polegadas;
- Sensores de farol e chuva;
- Volante esportivo em couro com comandos de som;
- Bancos com revestimento em tecido e couro.
Por fim, o Tracker Premier 1.2 Turbo AT oferece, por R$ 112.000, o mesmo pacote da LTZ e mais:
- Painel de instrumentos com tela de 3,5 polegadas colorida;
- Alerta de colisão frontal;
- Faróis em LED;
- Lanternas em LED;
- Friso cromado nas janelas;
- Maçanetas internas cromadas;
- Ar-condicionado automático;
- Carregador de smartphones por indução;
- Sistema de estacionamento automático;
- Espelho retrovisor interno fotocrômico;
- Teto-solar elétrico;
- Frenagem automática em baixa velocidade;
- Bancos em couro.
Tracker PCD
A General Motors também preparou a versão destinada a PCD (Pessoas Com Deficiência). Por exatamente R$ 70.000 (o preço limite para os carros PCD terem isenções de todos os impostos), o Tracker PCD é igual a LT 1.0 e terá um pacote promocional com:
- Rodas de alumínio de 16 polegadas;
- Rack no teto na cor prata;
- Retrovisores elétricos na cor do veículo;
- Cobertura do porta-malas.
Com todos os descontos oferecidos, deverá custar cerca de R$ 55.000 na boca do caixa.
O consumo do novo Chevrolet Tracker é bom
De acordo com a General Motors, o Tracker 1.0 Turbo com câmbio manual tem consumo com etanol de 9 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada. Com gasolina são 13 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada. No 1.0 com câmbio automático são 8,2 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol e 11,9 km/l na cidade 13,7 km/l na estrada (gasolina). Já o 1.2 Turbo faz 7,7 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada, com etanol, e 11,2 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada, se abastecido com gasolina.
Com pacote de equipamentos superior ao dos seus concorrentes – e sem cobrar a mais por isso – possivelmente o novo Chevrolet Tracker vai alcançar as metas anunciadas pela General Motors. Além disso, vai incomodar bastante os concorrentes Ford EcoSport, Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade, Nissan Kicks, Renault Duster e Captur, além do Volkswagen T-Cross.
Última atualização em 11/04/2020