Mesmo que você não ande de moto, certamente sabe os riscos envolvidos à pilotagem: alta velocidade somada a um ambiente desprotegido movido a duas rodas – em que o equilíbrio é parte constante da locomoção – tornam as motocicletas responsáveis por 33,9% dos casos de óbito em acidentes de trânsito, segundo Mapa da Violência 2013 do Centro Brasileiro de Estudos Latinos-Americanos (CEBELA). Por mais que os números de acidentes fatais tenham diminuído em algumas cidades, como no trânsito de São Paulo, ainda é bastante perigoso andar de moto por aí.
Claro que você não vai deixar de andar em sua moto por causa disso. Mas algumas medidas preventivas devem ser tomadas. Além da direção consciente e atenta, o motociclista deve utilizar diversos equipamentos de segurança para que aumente sua proteção. Veja abaixo os itens que são indicados, muitos sendo até mesmo obrigatórios, para proteção em motos.
E para uma maior proteção, tenha o seguro moto! Mantenha-se protegido contra diversas situações.
Capacetes para motos
O capacete é um item obrigatório por legislação e proteção fundamental para quem anda de moto, e nunca deve ser ignorado. Mas não é só chegar em uma loja e comprar o primeiro capacete que achar bonito ou barato. O capacete errado pode ser muito mais um risco do que uma medida de segurança.
Entre os diversos modelos que existem, os mais recomendáveis são aqueles totalmente fechados ou articulados, já que oferecem proteção não só para a nuca e topo da cabeça, mas também para toda a parte do rosto.
O básico, antes de comprar um capacete, é ver se seu tamanho é adequado para sua cabeça. É importante que o equipamento fique justo, para não correr o risco dele sair voando em uma colisão, por exemplo. O ideal é que você meça a circunferência de sua cabeça com uma fita métrica antes da compra. Veja abaixo uma tabela com os tamanhos de capacetes disponíveis no mercado:
Tamanho do Capacete | Centímetros |
PP / XS | 53 – 54 |
P / S | 55 – 56 |
M / M | 57 – 58 |
G / L | 59 – 60 |
GG / XL | 61 – 62 |
GGG / 2XL | 63 – 64 |
Além do tamanho, você deve certificar a viseira do capacete, escolhendo um modelo que garante o máximo de visão, incluindo a periférica. Um bom sistema de ventilação deve ser fator de peso também na hora da escolha, já que o sistema evita que a viseira fique embaçada e mantém o ar renovado.
É importante também que compre somente equipamento devidamente certificado pelo INMETRO, para garantir a segurança e qualidade do seu capacete.
Jaqueta e calças reforçadas
Roupa apropriada é um item que deve fazer parte do equipamento de todo motociclista. Com uma jaqueta de motoqueiro e uma calça adequada, podemos nos proteger contra quedas, além de proteção contra o tempo (chuva, vento, granizo…).
Dê atenção aos modelos mais resistentes como os feitos de cordura ou couro. As mais recomendadas são jaquetas que possuem proteção básica nos ombros, cotovelos e costas – essa última com proteção especial para a coluna. As calças também contam com proteções destacáveis para os quadris e joelhos.
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E claro: procure modelos que te deixe confortável. Muitas calças e jaquetas possuem sistema de ventilação, para uso no verão, e que contam com resistência e leveza.
Novas tecnologias estão sendo criadas também, como o macacão airbag, que infla no momento exato do acidente.
Mãos e pés protegidos
Não é difícil ver motociclistas andando de chinelos, sandálias – e até descalços – por ai. Os pés são uma das partes mais vulneráveis e atingidas em quedas. É importante então que você utilize, ao menos, um tênis reforçado ou uma bota. Dê preferência para cano longo e sapatos sem cadarços, para não correr o risco deles enroscarem na corrente da moto.
As mãos também são vulneráveis em caso de quedas, já que temos uma propensão grande de nos apoiarmos nelas. Por isso, é importante também mantê-las protegidas. Luvas de couro podem oferecer uma proteção maior contra quedas e chuvas, além de objetos que possam “voar” da direção das mãos. Modelos com reforço para as palmas e parte superior dos dedos são os mais recomendáveis.
Itens de proteção para motofrentistas e mototaxistas
Além do equipamento básico listado acima, quem utiliza a moto para trabalhar deve ficar atento a diversos outros itens protetores:
- Aparador de linha (ou antena “corta-pipa”) – Um dos itens obrigatórios que mais ajuda na proteção do motociclista. Pode ser uma antena ou duas, com uma espécie de gancho na ponta que serve para aparar a linha de pipa, protegendo o condutor do risco de corte por cerol ou linha chilena.
Além de ser uma determinação legal – que prevê multa e apreensão do veículo – o equipamento permite total segurança contra linhas de pipa. Em 2014, o Brasil teve cerca de 130 mortes por linhas com cerol, além de cerca de 500 ocorrências de menor gravidade.
- Protetor de pernas (ou “mata-cachorro”) – O item de segurança serve para proteger o motociclista na hora de uma queda em baixa velocidade, por exemplo, evitando que a perna fique presa abaixo do tanque de combustível, além de garantir conservação da parte traseira em caso de colisões.
- Faixas refletivas – Além do capacete e jaqueta, quem trabalha com motocicletas deve utilizar faixas refletivas. Localizadas na cabeça, coletes e baús, as faixas permitem maior visibilidade nas ruas e rodovias.
Se você quer andar seguro de moto, esses itens não podem faltar. Assim como em uma bicicleta, quedas de moto são quase inevitáveis. No entanto, a moto pode causar muito mais do que um simples raladinho. Portanto, todo cuidado é pouco!