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A saúde popular no Dia Mundial da Luta Contra AIDS

Por 1 de dezembro de 2021agosto 9th, 2024Vida e Saúde
saúde popular

Em 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra AIDS.

A data, instituída em 1987 com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) homenageia a memória das pessoas que partiram em virtude da doença. Porém, também, traz à tona as vitórias obtidas ao longo dos anos no que diz respeito a tratamentos e ações de prevenção.

Falar em AIDS significa também falar em saúde popular, visto a necessidade de reduzir cada vez mais o número de infectados.

Como parte dessa história consta a atuação dos planos de saúde. Mas o que eles têm feito em relação a esse assunto? Quais ações estão tomando para auxiliar?

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Planos de Saúde X AIDS

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os beneficiários dos planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias para o diagnóstico da AIDS.

No Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS é possível encontrar a relação de exames laboratoriais que os usuários dos planos de saúde podem fazer:

  • Anti-HIV;
  • Pesquisa de anticorpos;
  • Antígeno P24;
  • Carga viral por PCR;
  • NASBA;
  • BDNA;
  • Teste qualitativo por PCR;
  • Teste rápido para detecção de HIV em gestantes.

No mesmo Rol de Procedimentos consta o teste de genotipagem do HIV para os casos que são suspeitos de resistência viral e/ou risco de falha terapêutica. Além disso, há exames de qualificação no sangue do doador e prova pré-transfusional no sangue do receptor. Por isso as ações de saúde popular são tão importantes através de exames e campanhas preventivas.  

Mas, além dos exames de ordem prática, é fundamental que todo cliente de plano de saúde tenha uma informação. No ano de 2015, a agência publicou a Súmula Normativa nº 27, que reforça uma determinação válida para as operadoras dos planos. Elas são proibidas de recusar clientes em virtude de serem idosos, assim como são proibidas de recusar pessoas portadoras de doenças preexistentes – como as portadoras do vírus HIV. O documento também alerta que as operadoras não podem excluir beneficiários por conta desses mesmos motivos.   

Ações dos planos em favor da saúde popular

A ANS também trabalha para estimular os planos de saúde a realizarem programas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) como a própria AIDS. Aliás, existe até mesmo um nome oficial para isso: Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças – Promoprev.

De acordo com a agência, hoje em dia há cerca de 140 programas que têm como alvo as doenças sexualmente transmissíveis, segundo informações passadas por quase 90 operadoras de planos de saúde.   

O que é AIDS?

A AIDS foi descoberta em 1981. Desde então, conforme informações divulgadas no site da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, a AIDS já matou mais de 35 milhões de pessoas ao redor do mundo.

Para ter um parâmetro, de acordo com a OMS, 940 mil pessoas morreram em 2017 de causas relacionadas ao vírus HIV e 1,8 milhão foram infectadas – número que equivale a cinco mil novos casos diários.

Hoje em dia, são quase 37 milhões de pessoas que vivem com a doença e desse total 1,8 milhão corresponde a crianças com menos de 15 anos de idade.

AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. A doença é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que se instala no corpo humano de tal forma que ele, o corpo, não consegue se livrar. Ou seja, a pessoa que adquire o vírus convive com ele para sempre.

A transmissão do vírus ocorre quando há contato com sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados. Quando isso acontece, o HIV afeta especificamente as células do sistema imunológico que, sem o tratamento antirretroviral (TARV), ao longo do tempo torna o organismo incapaz de lutar contra as infecções (AIDS).

Em geral, a transmissão do vírus do HIV acontece, principalmente, nas seguintes situações: 

  • Relações sexuais desprotegidas com pessoa soropositiva;
  • Compartilhamento de objetos perfurocortantes que estejam contaminados (agulhas, alicates etc.);
  • Da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou período de amamentação.

Detecção

Há casos em que a pessoa que foi infectada pelo vírus apresente sintomas parecidos com os da gripe (mal-estar, febre, dor de garganta etc.). Isso, nas primeiras duas a seis semanas após o contágio.

Mas há aquelas pessoas que não apresentam nenhum sintoma por muitos anos, o que é uma situação de risco pois, assim, o vírus vai se replicando com o tempo.

Outra situação de risco ocorre pois uma vez que os sintomas desaparecem, a pessoa infectada pode não sentir mais nada por muito tempo – período que pode variar de 2 a 15 anos.

Por isso, para saber se a pessoa está com o vírus é preciso fazer o teste, principalmente quando ela é exposta a uma situação de risco. Esses testes são rápidos e apresentam baixo custo.

Geralmente, a pessoa que contraiu o HIV é diagnosticada apenas quando o seu sistema imunológico está fraco> isto é, quando não pode mais combater infecções oportunistas e doenças como, por exemplo, pneumonia, meningite e até mesmo alguns tipos de câncer. De acordo com os especialistas, a tuberculose é uma das infecções mais comuns entre as pessoas que vivem com o HIV.

Tratamento

Apesar de ser uma doença que foi descoberta há quatro décadas, a AIDS ainda não tem cura – assim como não há previsão para isso.

Diante desse cenário, as pessoas infectadas pelo HIV têm no tratamento antirretroviral a chance de ter uma vida saudável. A boa notícia é que estamos falando de tratamentos que são hoje muito mais eficientes do que no passado.

Trata-se de uma combinação de medicamentos antirretrovirais que ajuda no combate a multiplicação do vírus. Eles contribuem para que as pessoas tenham vidas mais saudáveis e longas, pois o sistema imunológico não é afetado rapidamente.

Essa combinação de medicamentos também atua como uma medida preventiva para diminuir a transmissão do HIV.

De acordo com os Médicos Sem Fronteiras, quase 22 milhões de pessoas recebem hoje esse medicamento. Mas, infelizmente, em virtude do número de infectados, mais de 15 milhões continuam sem o tratamento.

Prevenção

As organizações são unânimes quanto à forma mais eficiente de prevenção que existe: o uso de preservativos em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal), pois o sexo é uma das maiores causas de infecção.   

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Última atualização em 01/12/2021

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