Uma peça quebrada pode dar muita dor de cabeça na hora de fazer a manutenção do veículo. Muitos donos de carro e de moto, na tentativa de economizar, acabam comprando peças de segunda mão para fazer os reparos necessários.
Em muitos casos, essas peças são bem mais econômicas do que as originais. Por outro lado, há o receio deste tipo de solução ter efeitos negativos, como a desvalorização do automóvel ou a perda da garantia.
Não se preocupe, pois essas dúvidas são bastante comuns e relevantes. Leia mais aqui sobre os cuidados que se deve ter ao comprar peças de segunda mão para o seu veículo.
Valor da manutenção
Uma das grandes preocupações dos motoristas durante a manutenção do automóvel é o valor final do reparo. Mas nem sempre o valor elevado está associado ao tamanho do problema. Às vezes, o que deixa a manutenção custosa pode ser o valor de uma única peça. Dependendo do modelo e marca do carro ou da moto, ela tem que ser importada. Em outros casos, peças originais de modelos mais antigos podem ser difíceis de ser encontradas. Aí então, pela baixa demanda, o preço aumenta.
Dessa forma, muitos motoristas apelam para as peças de segunda mão. Prém, eles nem sempre se preocupam com a procedência das mesmas. Este é o maior problema. Quando não se tem o registro ou rastreio de determinada peça, as concessionárias tendem a baixar o valor final do veículo no momento da revenda.
Sempre que possível, opte pela troca por peças originais do seu automóvel. Elas possuem garantia maior do fabricante e maior compatibilidade com o seu modelo específico de veículo. Essas peças, no entanto, não precisam ser necessariamente partes novas. Em uma busca rápida você pode descobrir que as peças de segunda mão são uma ótima saída para o reparo mais barato e até mais sustentável.
Mantenha-se dentro da Lei
Um grande risco que os donos de automóveis correm ao realizar reparos fora das concessionárias é acabar adquirindo peças de “desmanche”, com procedência duvidosa. A boa notícia é que hoje é possível encontrar “desmontadoras” de veículos certificadas, que atuam dentro da lei.
No estado de São Paulo, por exemplo, há empresas especializadas em desmontar veículos usados e vender peças de segunda mão, que atuam desde 2014. As peças, inclusive, possuem garantia e são devidamente registradas.
Outra novidade é que em 2019 a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) autorizou as seguradoras a consertar veículos com peças de segunda mão.
A solução tem como objetivo baratear os valores de seguros de automóveis. Como consequência direta, impulsiona a regularização do mercado de peças de segunda mão, sejam elas nacionais ou importadas.
Mais fiscalização nas peças de segunda mão
Ao buscar por peças de segunda mão, verifique sempre quais são os itens que você pode alterar sem prejudicar a segurança dos passageiros. Com a devida orientação, o consumidor tem à disposição ótimas peças para reutilizar. No entanto, em locais que não são certificados, há o risco de te repassarem itens de segurança. Eles são proibidos por lei de serem trocados por peças de segunda mão. Entre eles estão os airbags e extintores por exemplo.
Utilizar os serviços que estão dentro da lei, além de baratear os custos para o consumidor final, garante menor desvalorização do seu automóvel ou motocicleta. Se os locais onde as manutenções veiculares foram realizadas são de confiança, mais o seu veículo mantém-se valorizado.
Uma boa solução para quem quer evitar o trabalho de ter que pesquisar pelas empresas certificadas é contratar um bom seguro para o seu veículo. Vale buscar por planos que te permitam realizar manutenções usando peças de segunda mão.
Neste cenário, é a própria seguradora que se encarregará de encontrar locais certificados para fazer este tipo de serviço, em alternativa às concessionárias. Com certeza, as seguradoras estão se preparando para ter uma rede de autorizadas cada vez mais robusta, diante da possibilidade de usar essas peças.
Estima-se que, no Brasil, cerca de 1,5% dos carros que param de circular são propriamente reciclados. Para as desmontadoras que começam a ganhar força no país, é um vasto campo a ser explorado.
Peças de segunda mão podem ser sinônimo de sustentabilidade
Um estudo da Wards Intelligence apontava que, em 2016, contávamos com uma população de mais de 1.3 bilhões de veículos, considerando todos os continentes do mundo. No Brasil, outro estudo, desta vez conduzido pelo Observatório das Metrópoles, indicou que houve um acréscimo de 28,6 milhões de automóveis à frota do País, entre 2008 e 2018. Quanto às motocicletas, foram 13,7 milhões de novas unidades circulando no território nacional, no mesmo período.
Os números são bastante expressivos se olharmos de perto. Isso porque os veículos antigos não saem totalmente de circulação na mesma proporção em que entram, como mostramos acima. O resultado disso é uma enorme quantidade de automóveis e motos ainda em bom estado, de diversos anos e modelos. Para o mercado de peças, isso representa um grande potencial que pode estar indo direto para o lixo.
Grande parte das peças de segunda mão apresenta ótimo estado e durabilidade muito próxima das peças originais novas. Se você ainda está na dúvida sobre o uso dessas peças, lembre-se que ao utilizá-las, além de economizar, você também está ajudando a diminuir o desperdício de bons produtos.
Última atualização em 30/04/2020