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Investir no exterior: algumas dicas práticas

Por 25 de junho de 2018agosto 2nd, 2024Finanças
Imagem de dólar para ilustrar texto sobre investir no exterior

Investir no exterior é uma boa estratégia? Muitos investidores veem os investimentos no exterior como uma forma de diversificar sua carteira de ativos financeiros. Além disso, também é uma estratégia para proteger seu capital.

Por outro lado, quando o dinheiro ultrapassa as fronteiras do país, ele está sujeito a novas regras.

Em grande parte dos casos, é taxado de forma diferente. Por isso é preciso muita atenção quando encontrar uma oportunidade de investimento no exterior. Saiba a seguir como investir fora do Brasil e também conheça algumas dicas para investir no exterior.

Investindo no exterior

A ideia de investir no exterior não é muito nova. No entanto, ela só ganhou destaque nos últimos anos. Até pouco tempo atrás, essa modalidade de investimento era restrita aos que possuíam muito dinheiro.

O primeiro ponto são as taxas existentes para a saída e entrada de valores no país. Além disso, o investidor tinha que se locomover até a instituição financeira onde ele gostaria de abrir uma conta.

Hoje em dia, com os sistemas bancários ao redor do mundo informatizados, tudo ficou mais fácil.

É possível encontrar uma série de instituições financeiras, sejam elas bancos, corretoras etc., que são mais flexíveis no momento de você abrir uma conta. Vale pesquisar a fundo quais são essas empresas e sua reputação no exterior.

Avalie o cenário primeiro

Um ponto que pode motivar o brasileiro a investir no exterior é o atual cenário econômico em que o país se encontra.

Com a taxa de juros em queda, por exemplo, investimentos mais conservadores não rendem tanto quanto antes. Vendo isso, algumas pessoas podem se desesperar com facilidade. Logo, a primeira dica para quem quer alterar o foco para outras nações é encontrar economias sólidas.

Muito cuidado com opções atrativas que possam surgir em países cujo cenário econômico é muito instável.

Por exemplo, evite investir em países que há anos mantém uma guerra com outras nações ou que o seu ambiente político oscila muito.

Tão importante quanto encontrar um mercado sólido, é manter-se fiel ao seu perfil como investidor. Assim como no Brasil, você encontrará lá fora opções bastante conservadoras. Ou, ao contrário, muito arrojadas.

Aqueles que não pretendem aumentar seu risco, não precisam obrigatoriamente entrar em um mercado de renda variada, como a bolsa de valores, para ter um retorno interessante. É só estar atento a todas as taxas, como a de administração, que existem em todo o processo.

Talvez a palavra-chave que você deva ter sempre em mente é: diversificação.

Ao procurar uma opção para investir no exterior, não coloque todo o seu patrimônio. Mesmo se a oportunidade for muito boa. Todos os mercados oscilam. O mais seguro para o seu dinheiro é ter uma carteira de investimentos variados, considerando também diferentes graus de risco.

Uma instituição financeira que seja parceira

No meio de suas pesquisas, encontre uma instituição financeira que seja de confiança. Avalie com atenção todos as opções de investimento que ela oferece e tire todas as dúvidas antes de abrir uma conta.

Muitas vezes os bancos têm flexibilidade para atrair novos clientes. Mas pode ser uma dor de cabeça fechar a conta depois. Principalmente, se envolver sistemas de países diferentes.

Observe também os planos de atendimento que as instituições oferecem. Dificilmente um banco dará atendimento completo se a opção do plano é a mais básica ou a mais barata da instituição.

Tente buscar instituições que tenham um nome bastante conhecido ou que você tenha familiaridade por conhecer uma filial dela aqui no Brasil.

Um exemplo interessante que, na verdade, é exatamente o contrário é o Banco do Brasil Americas. Ele é uma filial do Banco do Brasil (BB) nos Estados Unidos. Nesse caso, por exemplo, a restrição é ter uma conta no BB em território nacional antes de abrir a conta no exterior. Para abrir a conta no exterior, porém, toda a tratativa, desde a solicitação, é feita online pelo site do banco.

Abrir uma conta corrente em um banco no país onde você pretende aplicar é um passo importante. A forma mais simples de enviar o seu dinheiro para lá será pela remessa internacional (wire transfer). Ela pode ser feita diretamente de uma agência bancária ou em uma casa de câmbio autorizada.

Taxas a serem consideradas quando investir no exterior

Um ponto de atenção recomendável a qualquer um que está pensando em investir no exterior são as taxas. Fique atento às taxas que envolvem toda a operação de saída do capital da sua conta e retorno.

Além de impostos que são pagos por remessas de valores para o exterior, existem as taxas de administração que os bancos e corretoras cobram.

As transações internacionais são mais complexas. Por isso, dificilmente você encontrará uma instituição financeira que apresente taxas de administração abaixo de 1,5% ao ano. Uma vez que isso é retirado do valor investido, poderá impactar na rentabilidade planejada.

Câmbio

Outro ponto que deve ser levado em consideração ao investir no exterior é o câmbio de moedas. Os ativos financeiros devem ser adquiridos na moeda do local de origem do investimento.

Em economias mais sólidas, que utilizam o dólar ou euro, por exemplo, o peso do câmbio pode assustar o investidor em um primeiro momento. Por outro lado, o câmbio pode ser um aliado.

O investidor deve considerar um valor inicial de aplicação maior do que o que seria suficiente em outra aplicação no Brasil, por conta do câmbio. No entanto, ao considerar o resgate das aplicações, após o período desejado, o valor da moeda pode oscilar ao seu favor.

No caso de uma alta da moeda, digamos o dólar como exemplo, essa diferença de valores será sentida na repatriação do dinheiro, ao entrar em sua conta. Da mesma forma, em um momento de crise global, o dólar pode cair muito (no caso, abaixo do valor contratado na época da aplicação). Com isso, os rendimentos também serão relativamente mais baixos se forem resgatados nesse momento.

Uma opção que pode ajudar quem tem menos experiência é buscar entrar em um clube de investimentos com outros investidores mais experientes. Pode ser uma boa tentativa de baratear os custos das transações internacionais.

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