A redução do limite de velocidade das ruas se tornou, nos últimos anos, um assunto recheado de polêmica. Houve os que adotassem a ideia, enquanto outros a refutaram. Mas os fatos não mentem. O limite de velocidade e os acidentes de trânsito estão diretamente ligados. E, quem implantou a medida de tirar o pé nas principais vias, constatou que vidas foram salvas. Mas como?
Para quem não sabe, a diminuição do limite de velocidade é, sim, uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Por quê? Simples: o corpo humano não está preparado para impactos em alta velocidade à bordo de um veículo de uma tonelada. Não é mistério, é física.
Inclusive, 114 países já enxergaram que reduzir a velocidade nas ruas causará benefício e mais segurança aos seus motoristas e pedestres. Estados Unidos, Noruega, Dinamarca, Austrália são alguns dos exemplos.
Na terra do canguru, a partir do ano de 2005 o limite de 50 km/h se tornou padrão nacional nas vias arteriais. Resultado? A queda de 40% no número de mortes no trânsito.
Como metrópole, uma cidade que adotou a redução do limite de velocidade foi Nova York. Em 2013, 299 pessoas morreram no trânsito, já em 2017 o índice caiu para 214 vítimas.
O número de mortos de pedestres também abaixou progressivamente. No ano passado, alcançou-se a menor contagem desde o começo do estudo: 101 mortes. Em 1910, por exemplo, primeiro ano de registro, a estatística chegou a 332 vítimas. Atualmente, o limite de velocidade de todas as ruas em NY é de 40 km/h.
No Brasil, o limite de velocidade e os acidentes de trânsito têm relação?
Bastante! O caso de São Paulo é emblemático nesta questão. Houve a redução do limite de velocidade e, alguns anos depois, um novo aumento. Em um primeiro momento, o limite da maioria das vias arteriais foi diminuído para 50 km/h. Com a redução, uma queda de mais de 50% no número de mortes. Após o novo aumento, um crescimento de 26%.
Embora o limite tenha sido revisto nas marginais, muitas outras ruas não foram alteradas devido a vantagem que trouxe aos paulistanos.
Recentemente, Fortaleza também readequou uma importante via arterial ao máximo de 50 km/h.
Mas… E o aumento no número de multas?
Por mais que seja uma consequência, importante notar os impactos que a redução do limite de velocidade trouxe a cidades ou países. Assim, é possível ter ciência dos reais benefícios conquistados.
Apesar de que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determine que a máxima nas vias arteriais seja de 60 km/h, esta é uma regra estabelecida em 1998. Ou seja, de duas décadas atrás. Cidades estão implantando reduções na velocidade e notando estatísticas de vítimas caírem.
Não há dúvida: limite de velocidade e os acidentes de trânsito estão ligados. E diminuir o limite de velocidade causará menos acidentes de trânsito e, sobretudo, garantirá mais segurança a todos.
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