O mercado financeiro oferece diversos produtos e serviços para quem deseja economizar dinheiro. Um deles é o Título de Capitalização, modalidade presente no portfólio de inúmeras instituições financeiras.
Para que você saiba avaliar a efetividade desse produto, é importante conhecer alguns aspectos básicos.
O que é um Título de Capitalização?
Trata-se de um título de crédito regulamentado pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), adquirido por um prazo determinado, que se assemelha a um investimento. Isso porque remunera parte do valor aplicado a uma determinada taxa.
Os títulos funcionam, na verdade, como uma economia programada pois o consumidor guarda o dinheiro. Mas eles têm uma característica distinta: realizam sorteios de prêmios periodicamente de quantias diversas. Quantias que podem chegar a milhões.
Para pagar o título, há três possibilidades: parcela única, mensal ou periódica.
Quando o prazo de validade do título expira, o consumidor pode resgatar parte ou a totalidade do dinheiro guardado. Sempre com atualização monetária conforme está determinado no plano e nas condições gerais do produto aprovadas pela SUSEP.
Ah, mais um ponto: o título pode ser transferido para outra pessoa.
Com características peculiares, é sim uma alternativa diferente para que as pessoas economizem dinheiro. Mas está longe de ser comparado a uma caderneta de poupança, mesmo educando o consumidor a poupar. Ou a loterias, apesar dos sorteios realizados.
São vários os motivos para aquisição de um produto como esse, Eles passam pela vontade de participar dos sorteios ou mesmo pelas condições favoráveis para o bolso do consumidor, contribuindo para a compra de um bem. Porém, é válido conhecer detalhes desse instrumento financeiro e assim decidir.
Por dentro do Título de Capitalização
Tipos para diferentes perfis de consumidores
São quatro modalidades de Título de Capitalização encontradas no mercado:
– Tradicional: grande parte dos compradores que escolhe este grupo tem o objetivo de ficar com o valor guardado até o final do período. Eles não querem fazer o resgate antes do prazo de vigência expirar. Quando o resgate se faz necessário, a quantia que retornará ao consumidor poderá ser inferior ao total do valor pago até então.
– Popular: este grupo contempla, basicamente, os consumidores que gostam muito de participar de sorteios, concorrendo a prêmios atrativos. As empresas, em geral, realizam ao menos um sorteio para cada semestre de validade do título.
– Compra Programada: quando se adquire um título deste grupo, o consumidor preenche uma ficha de cadastro para informar o que quer receber quando o prazo de vigência do seu título terminar. Pode ser a quantia guardada ou um serviço específico.
– Incentivo: aqui o título tem vínculo com um evento promocional de incentivo estabelecido pelas agências bancárias. Funciona como uma motivação para que o consumidor mantenha em dia o pagamento para continuar a participar dos sorteios.
Parcelas em dia e rentabilidade
Você já aprendeu que o Título de Capitalização pode ser pago em parcela única, mensal ou periódica. Além disso, é legal você saber que há alguns descontos no valor pago. Eles são referentes às despesas administrativas das empresas que trabalham com a capitalização e também ao custeio do prêmio.
Outra informação para não pegar você de surpresa: esse valor também recebe uma correção pela taxa referencial ou por um índice de inflação. Esse índice sempre será definido quando você adquirir o título.
Mas será que um Título de Capitalização tem boa rentabilidade?
Vamos lá. O Título de Capitalização sofre uma atualização no seu valor mensalmente. A taxa usada para isso, em geral, é a Taxa Referencial, TR. Ela é a mesma utilizada para a correção da caderneta de poupança.
Do valor pago todo mês, somente uma quantia é rentabilizada. O restante do dinheiro empregado, como foi dito anteriormente, é dividido entre a cota de sorteio e uma taxa administrativa. Conclusão: nem todo dinheiro mensal vai render 0,5% mais a TR.
Além de entender de rentabilidade, é preciso estar atento aos prazos que não podem ser perdidos de vista ao adquirir um Título de Capitalização.
- Prazo de pagamento: é o período que o título será pago, conforme comprometimento do comprador.
- Prazo de vigência: é quando começa e termina a validade do título.
- Prazo de Carência: período mínimo que o comprador precisa deixar o dinheiro aplicado. Aqui tem um alerta: caso o dono do título deseje resgatar o dinheiro antes desse prazo, poderá pagar uma multa de até 10% do capital investido. Então, a avaliação deve ser criteriosa. Há títulos que podem ter carência para resgate de até 24 meses!
Um apelo: os sorteios
Para ter uma boa rentabilidade, o consumidor que adquire um Título de Capitalização precisa ser sorteado até o prazo de vigência. Quando isso não ocorre, o rendimento não conseguirá superar o da Poupança.
Os títulos têm sorteios semanais ou mensais. São baseados na extração da Loteria Federal ou ocorrem por meios próprios. Sempre acompanhados por auditorias independentes e cercado de máxima segurança e transparência.
Os prêmios? Eles variam de acordo com o plano. Seus valores são corrigidos na mesma proporção do reajuste das mensalidades.
É vantajoso fazer resgate?
Ao optar pelo Título de Capitalização mais adequado ao seu perfil, é importante entender se o resgate do valor aplicado deve ou não ser feito.
– Resgate antecipado: aqui regata-se apenas parte do valor aplicado, já que ocorre antes do prazo final de vigência.
– Resgate parcial: o resgate parcial não é muito encontrado para os títulos de capitalização. Mas quando há essa opção, é preciso conhecer as regras relacionadas aos valores mínimo e máximo que precisam permanecer guardados.
– Resgate no final do prazo: aqui o consumidor completa o prazo de vigência do título. Resgatando o valor guardado, corrigido pela TR ou por um índice de inflação.
Já deu para pensar se adquirir um Título de Capitalização é uma boa opção para o seu perfil de investidor? Lembre-se sempre de avaliar se os benefícios atendem à sua expectativa. E pesquise o que as instituições financeiras colocam à disposição no mercado.
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