Muitas vezes, o sonho da casa própria só vira realidade com o Financiamento Imobiliário.
Trata-se de uma linha de crédito oferecida pelas instituições financeiras privadas e públicas. Ela é destinada aos clientes que desejam adquirir um imóvel novo ou usado para uso residencial ou comercial.
E mais. O Financiamento Imobiliário também pode ser utilizado para finalizar uma construção ou reforma. E para quem ainda não sabia, é possível utilizá-lo para a obtenção de lotes urbanizados para fim residencial.
Esse tipo de financiamento, muito comum em nosso país, funciona da seguinte forma. O cliente tem o dinheiro “emprestado” pelo banco para pagar o imóvel escolhido à vista. Então ele contrai, nesse momento, uma dívida com a instituição financeira. Ela cobrará esse valor em parcelas mensais, acrescentando jutos, seguro e outras taxas.
Requisitos necessários para o Financiamento Imobiliário
Fazendo um Financiamento Imobiliário é possível pagar pelo imóvel em parcelas que chegam a 35 anos!
Isso mesmo! O imóvel é comprado à vista, mas o cliente obtém o financiamento com o banco com prazos longos para facilitar o pagamento.
Qualquer pessoa pode fazer esse tipo de financiamento?
Não. É necessário cumprir certos requisitos. Alguns deles são ser maior de 18 anos e não ter restrição ao crédito. Também é fundamental comprovar a renda, demonstrando capacidade financeira para efetuar o pagamento do financiamento estabelecido com a instituição financeira.
Na prática – passo a passo
O Financiamento Imobiliário pode ser feito para o cliente obter o valor total ou mesmo parcial do imóvel, não importa.
Desde o momento em que é firmado, a casa ou apartamento já é vinculado ao responsável pelo Financiamento Imobiliário. Então ele passa a ser o proprietário legal do imóvel, tendo o direito de utilizar o bem.
Há apenas uma restrição ao novo proprietário. Ele não pode negociar o imóvel a terceiros até que efetue o pagamento integral do financiamento.
Será que financiar um imóvel é um processo complexo?
Acompanhe as principais etapas que devem ser cumpridas.
Em dia com os requisitos básicos
Já falamos quais são os requisitos básicos para obter o Financiamento Imobiliário – ter mais de 18 anos, comprovar renda suficiente para pagar o financiamento e não ter o nome em órgãos de proteção ao crédito como Serasa, SPC, etc.
Vale dizer que mesmo o trabalhador informal/autônomo deve comprovar a renda.
Ele pode apresentar, por exemplo, o imposto de renda, contratos de prestação de serviços, entre outros documentos que possam cumprir essa função e que serão solicitados pelo banco.
Simulação on-line
Os especialistas aconselham a fazer a simulação do financiamento nos bancos, mesmo que seja on-line. Assim, é possível ter uma noção do valor máximo que será financiado, do valor da parcela, taxas de juros, enfim, para conhecer o que cada instituição financeira oferece.
Afinal, há taxas e condições de pagamento diferentes e que podem ser determinantes para o sucesso do financiamento, adequando-se às necessidades de cada perfil e cliente.
Escolha do banco
Já fez a simulação e escolheu o banco para fazer o financiamento do imóvel? É hora de ir pessoalmente até a agência e falar com o gerente, pois o Financiamento Imobiliário não é efetuado nos sites das instituições.
Cadastro para análise
Na agência bancária, tudo começa com a entrega dos documentos pessoais. É necessário apresentar RG e CPF, originais e cópias, comprovante do estado civil e comprovante de renda para que a análise de crédito seja feita.
Quando o cliente tem união estável, também precisa levar a documentação do parceiro.
A análise de crédito é a etapa de confirmação das informações pessoais. Nesse momento é feita a verificação do CPF do cliente (para checar se há restrição ao crédito) e dos documentos que comprovam a renda para o pagamento do financiamento.
Em geral, o valor do financiamento não deve ser superior a 30% da renda em suas parcelas.
Avaliação do imóvel escolhido
O cliente deve apresentar as informações do imóvel que deseja financiar e o valor que precisa.
O banco faz uma avaliação de tudo para confirmar as informações recebidas, incluindo uma inspeção ao imóvel.
Esse trâmite leva, em geral, 15 dias para ser finalizado. Mas a instituição financeira usa esse tempo para também analisar os documentos do vendedor e do próprio imóvel. Isso para verificar se há pendência judicial ou legal.
Assinatura do contrato
Quando tudo está certo, o contrato é entregue pelo banco para que seja assinado pelo comprador e vendedor.
O documento é registrado no Cartório de Registro de Imóvel, procedimento que legaliza a compra.
Esse registro tem um custo. O valor é determinado pela tabela vigente e que varia em função do estado onde o negócio é feito e, claro, do valor do imóvel.
Nessa soma que deve ser paga ainda consta o Imposto de Transmissão de Bens de Imóvel. Ele equivale a 2% do valor do imóvel.
Pagamento das parcelas
Tem início o pagamento do financiamento, quando o cliente deve cumprir as condições estabelecidas no contrato que foi assinado.
Em geral, o Financiamento Imobiliário é uma linha de crédito de longo prazo, que pode durar até 35 anos. Mas é possível ser quitada antes.
Caso isso ocorra, é necessário falar com o banco para a atualização do saldo e novo cálculo da dívida.
Quitação
Anos depois, quando a dívida é quitada, o banco deve emitir o documento de quitação de imóvel. Ele é a prova legal de que o financiamento foi cumprido e não há mais pendência financeira com o banco.
Com o registro do termo de quitação de imóvel no Cartório de Registro de Imóvel é possível pedir a averbação da quitação na matrícula do imóvel. Assim, ele é liberado para transações com terceiros.
Juros pré ou pós-fixado
Ao fazer um financiamento, o cliente deve fazer a opção de juros pré ou pós-fixada. Esse fator tem grande impacto no valor das parcelas que serão pagas.
Como o próprio nome indica, quando a escolha é pela taxa pré-fixada, define-se, logo no início do contrato, o valor exato de cada parcela.
Já a opção pós-fixada indica que a taxa vai variar durante o contrato mediante os índices de inflação.
Essa escolha depende de alguns fatores como o perfil do cliente e o cenário econômico do país.
É preciso analisar ambas, levando-se em conta a taxa de inflação. Quando está elevada, os juros pós-fixados certamente aumentarão.