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Como diminuir os seus gastos com o seu plano com as novas regras de Plano de Saúde

Por 10 de dezembro de 2018julho 31st, 2024Vida e Saúde
Imagem de equipamento médico para texto sobre como diminuir gastos com plano de saúde

Espera-se que novas regras dos planos de saúde entrem em vigor em algum momento de 2019, impactando diretamente os custos dos segurados. Este texto vai te ajudar a saber como diminuir gasto com plano de saúde tendo em vista essas novas regras.

Novas regras para os planos de saúde

Em junho de 2018, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu novas regras para os planos de saúde. Embora essas regras ainda não tenham entrado em vigor, a expectativa é que o regulamento dos planos mude durante 2019.

Pelo novo regulamento, as operadoras ficariam autorizadas a oferecer planos com coparticipação de até 40% do valor dos procedimentos realizados.

No intuito de diminuir o gasto com plano de saúde, as pessoas têm buscado informações e orientações sobre as novas regras.

Contudo, não existe uma resposta direta sobre diminuir gasto com plano de saúde. Ela varia caso a caso. O único jeito é colocar na ponta do lápis os custos envolvidos em cada uma das opções disponíveis, fazendo as contas.

O que dizem as novas regras

Antes de entendermos como diminuir gasto com plano de saúde, vamos compreender as novas regras.

O regulamento inicialmente anunciado pela ANS está descrito na Resolução Normativa 433. Ele previa três mudanças principais, listadas abaixo.

1) Coparticipação de até 40%

O parágrafo 2º do artigo 9º da resolução normativa afirma, quanto à cobrança de coparticipação:

“o percentual máximo a ser cobrado do beneficiário não poderá ultrapassar 40% (quarenta por cento) do valor monetário do procedimento ou evento em saúde efetivamente pago pela operadora”

Logo, não quer dizer que todos os planos seriam com coparticipação, nem que o percentual seria sempre de 40%. Esse seria apenas o limite máximo permitido.

Além disso, também poderiam continuar a ser oferecidos os planos com cobertura integral. São aqueles em que o segurado não precisa pagar nada a mais pelos procedimentos.

2) Lista de isenção

Outro ponto importante é que as novas regras estabelecem uma lista de mais de 250 procedimentos que ficariam isentos da cobrança de coparticipação.

Essa lista está disponível no Anexo da RN 433, e inclui tratamentos de quimioterapia e hemodiálise.

As regras também estabelecem isenção para alguns exames preventivos, bem como para quatro consultas ao ano com médicos generalistas.

Essa seria uma mudança grande em relação aos planos com coparticipação atuais, que preveem a cobrança de um percentual para todos os procedimentos.  Por isso, é importante na hora de pensar em diminuir gasto com plano de saúde

3) Franquia

Pelas novas regras, as operadoras ficariam autorizadas a cobrar franquias dos segurados.

Funcionaria como em um seguro automobilístico. Assim, a cada vez que acionasse o plano de saúde, o segurado teria de pagar uma quantia fixa.

Na ponta do lápis

Como você viu acima, as mudanças seriam bastante significativas e causam impacto em quem busca diminuir gasto com plano de saúde.

As novas regras estabelecem um limite máximo de custo ao segurado do plano, equivalente ao dobro da mensalidade. Isso já é o suficiente para assustar muita gente. Ninguém quer pagar o dobro do que já paga! Ainda mais quem busca diminuir gasto com plano de saúde.

Desse modo, muitas dúvidas surgiram na cabeça de quem tem ou deseja ter um plano de saúde: é melhor contratar um plano agora ou esperar? E quem já tem um plano, deve migrar para outro?

A resposta varia caso a caso. Abaixo listamos algumas situações possíveis. Veja em qual delas você se enquadra.

Para quem já possui um plano com coparticipação

Atualmente, embora não haja uma definição explícita a esse respeito, o percentual máximo de coparticipação praticado pelos planos de saúde é de 30%.

No entanto, as operadoras dizem que, com a autorização para cobrar até 40% de muitos procedimentos, poderiam reduzir o preço das mensalidades.

Assim, se você já possui um plano com coparticipação, terá de analisar se vale a pena mudar de plano ou permanecer no seu. Essa análise te ajudará a diminuir gasto com plano de saúde.

Tome por base o uso que você fez do seu plano de saúde nos últimos 12 meses. Faça uma simulação considerando que você pagaria 40% dos procedimentos mais comuns, e não o percentual que você pagou.

De quanto teria de ser a redução na mensalidade para que isso valesse a pena?

A resposta dependerá da frequência de uso do plano. Para quem nunca vai ao médico, pode valer a pena pagar menos a cada mês.

Já para quem usa muito, a coparticipação de 40% pode acabar pesando bastante. Nesse caso, é melhor evitar a mudança de plano.

Para quem já possui um plano sem participação

Se o seu plano não cobra coparticipação nos procedimentos, em alguns casos pode ser melhor continuar com ele para diminuir os gastos.

Mesmo com uma mensalidade hipoteticamente menor, a cobrança de coparticipação (e possível franquia) tornaria o custo mais alto em longo prazo.

Essa recomendação é ainda mais justificável se você possuir um plano individual, pois eles se tornaram raridade no mercado.

Para quem ainda não tem plano de saúde

Se você está pensando em contratar um plano de saúde, é interessante fazer isso já. Talvez seja melhor não esperar que novas regras entrem em vigor.

Dessa maneira você terá mais opções, e poderá optar por um plano sem coparticipação se considerar vantajoso para você.

Mesmo pagando uma mensalidade maior, você terá certeza de quanto vai despender por mês com o plano. Além disso, poderá desfrutar da tranquilidade da cobertura completa.

Fazer contas para reduzir o gasto com planos de saúde

Concluindo, se você quer diminuir gasto com plano de saúde,  não tem muito jeito. Quando saírem as novas regras, você precisará analisar com cuidado as propostas para adquirir um plano de saúde, ou migrar para outro.

A nova regulamentação proposta pela ANS causou reações negativas por parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Procon.

Devido a isso, a ministra Cármen Lúcia, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, ainda em julho, a Resolução 433 da ANS.

Por conta disso, a ANS recuou e disse que deve fazer novas audiências públicas sobre o assunto, mas ainda não há uma data para isso.

Sendo assim, nada está definido ainda. Haverá tempo para analisar com calma quando a ANS propuser um novo conjunto de regras.

Quando isso ocorrer, faça as contas com cuidado. A sua saúde física é importante, mas a saúde financeira também é!

Última atualização em 10/12/2018