Com a crise pela qual passa o país e o desemprego em alta, muitos brasileiros acabam entrando no vermelho e depois não sabem como sair das dívidas.
Se você é um deles, não se desespere. A Bidu separou algumas dicas de como sair das dívidas e se organizar financeiramente na crise. As recomendações podem ser seguidas por qualquer pessoa que queira colocar em prática agora mesmo um plano eficiente para passar por este momento.
Então, respire fundo e mantenha a mente operando positivamente! Tome nota dessas dicas, saia das dívidas e coloque em prática o seu plano de gestão financeira pessoal.
1. Saiba exatamente quanto está devendo
Vamos a primeira dica. Não perca o controle de quanto você deve! O primeiro passo para quem quer saber como sair das dívidas é dimensioná-las.
Faça uma tabela com tudo o que está devendo. Anote os valores iniciais, o credor de cada dívida e a taxa de juros correspondente a cada uma.
Você precisa saber exatamente quanto deve para poder começar a planejar sua reestruturação. Se não fizer isso, a situação só tenderá a piorar.
2. Anote todos os seus gastos
Depois de descobrir exatamente quanto você está devendo, é hora de saber quanto você está gastando diariamente.
Anotando tudo o que gasta, você terá uma visão geral de tudo o que consome, e da maneira que você está usando o seu dinheiro.
Você pode descobrir, por exemplo, que alguns gastos de valor baixo, mas que se repetem muito ao longo do mês, podem estar pesando no seu orçamento mais do que você imagina.
Existe muita gente que não tem a menor ideia do quanto gasta mensalmente em despesas básicas como:
- Aluguel;
- Condomínio;
- IPTU;
- IPVA;
- Gás;
- Energia elétrica;
- Água
- Supermercado;
- Financiamentos;
- Internet, entre outras.
Ter a certeza sobre esses custos lhe dará um ponto de partida para que você possa planejar os passos para os próximos meses.
Para se organizar, se você for mais tecnológico, pode usar os aplicativos de finanças pessoais para lançar e controlar todas as suas despesas fixas. Agora, se você preferir, pode usar uma planilha em Excel ou até mesmo fazer anotações em um caderno.
3. Entenda os gastos
Depois de “planilhar” as despesas fixas e variáveis, você perceberá com mais clareza para onde está indo o seu dinheiro. Olhe bem para todos os gastos. Preste atenção em contas como celular, pacotes de TV a cabo, internet, entre outros gastos.
Será que você está mesmo usando tudo o que está contratando?
4. É hora de encontrar pacotes com valores mais atraentes
Agora, é hora de partir para a negociação. Verifique entre as suas despesas fixas e variáveis o que pode ser cortado e o que pode ser negociado. Leve em consideração o seu momento de vida e o que precisa ser estritamente mantido.
Avalie os gastos com:
- Academia;
- Assinaturas de serviços de streaming (como Netflix e Spotify, por exemplo);
- Assinaturas gerais de revistas, jornais, clubes, entre outros.
Calcule o valor de tudo e não tenha medo de cortar, se for necessário.
Para os serviços essenciais como celular e internet, por exemplo, a dica é negociar! Ligue para as operadoras e conheça as alternativas de pacotes com serviços reduzidos. E já que a palavra de ordem é “economizar”, porque não avaliar as ofertas dos concorrentes?
5. Energia elétrica: use com sabedoria
Que tal potencializar o seu poder de economia com a conta de energia elétrica?
Este é um serviço essencial que pode ser usado de forma racional seguindo dicas básicas como:
- Não deixe luzes acesas desnecessariamente;
- Use a máquina de lavar roupas somente depois que juntar o suficiente para preencher a capacidade máxima;
- Utilize o ferro de passar poucas vezes no mês;
- Cuidado com banhos muito demorados;
- Atenção ao uso do ar condicionado.
6. Tarifas bancárias: você não precisa delas
Se organizar financeiramente na crise significa cortar todos os gastos desnecessários. E neste quesito estão as tarifas bancárias. Isso mesmo: você não precisa pagar por elas.
O Banco Central do Brasil (BACEN) regulamenta a prestação de serviços considerados como básicos pelos bancos. Trata-se de um pacote de serviços essenciais que devem ser prestados sem cobrança de mensalidade. Neste caso, estão incluídos os saques, transferências entre favorecidos na mesma instituição, emissão de extratos, entre outros.
Já os serviços adicionais, que não constam como “essenciais” podem ser cobrados a parte. Para saber quanto você irá pagar por cada um deles, é importante consultar a tabela do seu banco.
Também vale a pena verificar os bancos que oferecem contas digitais, pois a maioria, não cobra nenhuma taxa de manutenção. Algumas delas são o Nubank, o Next e o Banco Neon.
7. Anuidade do cartão de crédito: se organize para não pagar
Não faria sentido deixar de pagar as tarifas bancárias e continuar pagando a anuidade do seu cartão de crédito, não é mesmo?
Ligue para a operadora do seu cartão e negocie essa tarifa também. Se não for possível, verifique outras opções existentes no mercado. Um dos cartões sem anuidade mais conhecidos atualmente é o cartão de crédito Nubank.
Outro cartão sem anuidade e que ainda dá desconto em lojas é o Credicard Zero. Outra opção é o cartão Santander Free, que isenta de anuidade quem faz compras a partir de R$ 100 por mês.
8. Cuidado com as taxas e multas que você não percebe
Já vimos que um dos campeões desse tipo de cobrança “invisível” são os bancos. Mas não são só eles. As multas por atraso de pagamento também “roubam” parte do seu dinheiro sem você perceber.
Se o problema é que você andava esquecido, agora que está anotando todos os gastos vai lembrar com mais facilidade as datas de vencimento de suas despesas.
9. Faça uma graninha com as coisas que você já tem
Agora, provavelmente você conseguiu estancar os pequenos e grandes vazamentos de dinheiro com as recomendações dos passos anteriores. Então chegou a hora de fazer um dinheiro extra para te ajudar como sair das dívidas.
Os momentos de crise, geralmente, pedem criatividade e, também algum desapego. Essa é uma excelente oportunidade para avaliar se você realmente precisa de tudo que tem.
Para sair das dívidas, você pode olhar para os “excessos”. Essa pode ser uma forma de levantar um dinheiro com os objetos, equipamentos, roupas e livros que não usa mais.
Hoje em dia existe comércio de usados dos mais variados produtos: roupas de criança, brinquedo, móveis, decoração e até equipamentos eletrônicos.
10. Fazendo uma graninha “parte 2”
Outra forma de gerar uma receita extra é anunciar ao mundo aquela característica na qual você é muito bom, nem que seja aquela que você encarava apenas como hobbie.
Se gosta de fazer bijuterias, pode vender as peças nas redes sociais. Já se o seu talento é ser um gênio na matemática, pode dar aulas de reforço. Se o seu foco não é vender, e sim trocar experiências e aprendizados, existem plataformas que reúnem diversos sites colaborativos, que aproximam pessoas com necessidades semelhantes. Você oferece um serviço e recebe outro em troca. Economia total para as duas partes.
11. Faça você mesmo
Não tem jeito. Para sair das dívidas, a palavra de ordem é economizar.
A dica é encontrar tudo o que pode ser feito dentro de casa, sem a necessidade de gastar com a mão de obra de um profissional. Nessa lista podem entrar cabelo, unhas, depilação até o banho do seu pet.
No final do mês, esse tipo de gasto compromete uma parte importante dos seus recursos.
12. Cozinhe em casa
Comer fora é caro. Muito caro. Comprar os alimentos no supermercado e preparar em casa é muito mais econômico – e, muitas vezes, mais saudável também.
Se possível, tente levar comida de casa para o trabalho. Evite sair para almoçar ou jantar aos finais de semana. E nada de gastar com snacks como coxinha, refrigerante, sucos, etc.!
13. Economize ao fazer suas compras
A melhor forma de pagar mais barato é manter-se organizado. Recupere todos os cartões de fidelidade que você possui. É muito comum que grandes lojas trabalhem com essa modalidade. Mas lembre-se também daquele lojista pequeno ou prestador de serviço perto da sua casa. Não deixe nenhuma boa oportunidade de fora.
O importante é dar preferência aos estabelecimentos que lhe dão algum tipo de benefício quando for fazer qualquer tipo de compra.
14. Pesquise sempre antes de comprar
Você pode estar pensando “mas eu sempre pesquiso antes de comprar!”. Mas essa dica não se refere a passar em duas ou três lojas antes de fazer uma compra. Estamos falando de pesquisar mesmo, usar sites que fazem comparação de preços — como a Bidu Corretora, por exemplo.
Além disso, monitore as lojas constantemente — principalmente as virtuais, que normalmente oferecem os melhores preços.
15. Use os programas de cashback e cupons de desconto
“Cashback” é um modelo no qual você pode comprar alguma coisa e ainda receber uma porcentagem do dinheiro de volta. Não é bem uma novidade. Essa fórmula é muito utilizada pelas operadoras de cartão de crédito, por exemplo.
Outra forma de comprar mais barato é usando os cupons de desconto. Você pode encontrá-los em sites especializados e utilizá-los em diversas lojas, marketplaces, restaurantes, postos de gasolina, entre outros tipos de estabelecimentos.
16. Use os aplicativos para ativar ofertas do mercado e farmácia
A maioria das redes de mercado e varejos de frutas oferecem aplicativos que funcionam como um gerador de descontos. Com essa facilidade, você não precisa se deslocar para conhecer as promoções, pode fazer isso antes de ir às compras.
Algumas redes de farmácia também oferecem aplicativos semelhantes.
17. Crie uma meta mensal
Para saber como sair das dívidas, será necessário poupar algum dinheiro. Experimente estabelecer uma meta de economia a ser atingida todo mês – algo como 10% ou 15% dos seus rendimentos mensais.
Dessa maneira, você estará contribuindo para solucionar o problema e terá um parâmetro para indicar o seu grau de sucesso. Se não conseguir atingir a meta, saberá que precisará se esforçar mais.
18. Tenha uma estratégia para o seu dinheiro
A dica aqui é definir metas de vida. Fica mais fácil de poupar e controlar aqueles impulsos gastadores quando se tem objetivos e planos. Trace estratégias para curto, médio e longo prazo.
19. Evite fazer compras parceladas
O parcelamento de compras pode trazer a falsa sensação de que a compra não doeu no seu bolso. O problema é que nos meses seguintes continuam chegando parcelas para você pagar.
Se você não tiver feito um planejamento adequado, pode ser que você se esqueça disso. Aí, acabará usando o dinheiro que deveria destinar a essa dívida para fazer outra coisa.
20. Diminua o limite ou cancele o seu cheque especial
Essa dica é fundamental para quem ainda não tem uma boa organização financeira. Afinal, é mais fácil não entrar no cheque especial quando o limite é menor e/ou quando nem ao menos se tem limite para utilizar.
Para isso, vá até o seu banco e converse com o gerente de sua conta. Se o uso do cheque especial é recorrente, vale a pena pensar em cancelá-lo. Caso o seu uso seja apenas esporádico, peça a redução do limite pré-aprovado.
21. Pague primeiro o cheque especial
Caso tenha utilizado o cheque especial, é importante ver isso como uma dívida contraída. Por isso, no mês seguinte, se esforce para quitá-la o quanto antes e evite incorrer no pagamento de juros altos.
lguns bancos oferecem até 10 dias corridos sem a incidência de juros. Mas no 11 dia, os juros de todo o período são cobrados. Por isso, fique atento!
22. Renegocie as dívidas
Tente renegociar a dívida junto à instituição credora.
Para eles, pode ser mais vantajoso receber logo algum valor do que demorar mais para receber a totalidade da dívida. Assim, os dois lados saem ganhando.
23. Pague antes as dívidas com juros mais altos
Dívidas atreladas a juros altos crescem rapidamente. O mecanismo de aplicação dos juros compostos faz com que a cada mês o valor dos juros seja maior.
É o temido “efeito bola de neve”. O valor inicial da dívida cresce ao longo do tempo e você acaba ficando com uma dívida gigantesca.
Para evitar isso, pague primeiramente as dívidas com os maiores juros.
24. Tente unificar suas dívidas
Consolidar suas dívidas significa contrair um novo empréstimo pessoal, no valor total de suas dívidas, para pagar todas elas. Assim, você fica com uma dívida só.
A princípio essa ideia pode não parecer muito boa, pois equivaleria a “tampar um buraco e abrir outro”.
No entanto, a unificação pode ser uma boa opção se o novo empréstimo apresentar percentual de juros menor do que os das dívidas anteriores.
Então, qual dívida pagar primeiro?
Mesmo conhecendo as melhores técnicas para negociar dívidas, não é tão simples. Como você pode perceber, tudo depende da sua capacidade financeira e, principalmente, da sua disposição para tomar novas atitudes e comportamentos em relação ao seu dinheiro. Vamos dar alguma dicas de quais dívidas devem ser quitadas antes.
1. Serviços essenciais
Em primeiro lugar, pague as contas de serviços essenciais como de água e luz. Assim, não terá nenhum serviço suspenso por falta de pagamento.
No mesmo patamar de prioridade, é preciso pagar o que custa mais caro, de acordo com a taxa de juros. Os juros mais elevados do mercado são os do cartão de crédito e cheque especial
2. Dívidas que atingem o patrimônio
Pague as dívidas que atingem diretamente o patrimônio. Aí entram financiamento do imóvel e do carro, por exemplo.
Em caso de atraso de pagamento desses financiamentos, há o risco de retomada do bem. Na maioria dos casos, o imóvel ou o automóvel é dado como garantia do empréstimo. Dessa forma, o banco consegue retomá-los quando há a inadimplência, ou seja, quando você não consegue pagar o empréstimo.
Ainda pensando em não correr riscos de perder nenhum dos seus bens, vem as contas de condomínio e IPTU.
3. Contas não essenciais
E por último as conta não essenciais, como telefone, internet e TV por assinatura. Estas contas são consideradas de baixa prioridade. Isso porque o principal impacto que a demora ou a falta de pagamento podem provocar é a suspensão dos serviços. O que pode ser retomado logo após a quitação do pagamento.
Última atualização em 07/08/2020