O novo coronavírus (COVID-19) tem ganhado destaque no noticiário internacional. E não é à toa: a cada dia, novos casos, entre suspeitos e confirmados, são divulgados em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
Mas em tempos de epidemia global, como se prevenir e não cair em fake news? Qual a gravidade do coronavírus e, principalmente, o que fazer se surgir algum sintoma?
Não entre em pânico! Conheça mais sobre o novo coronavírus e as recomendações de órgãos de saúde oficiais para minimizar o risco de contágio.
Cotação online de Seguro de Vida
O que é o coronavírus?
O coronavírus é uma família de vírus responsável por causar infecções respiratórias. A variação mais atual da doença (COVID-19) foi descoberta no final de 2019, com a confirmação de alguns casos registrados na China.
Os sintomas são parecidos com os de uma gripe. Porém, algumas complicações podem acontecer e evoluir para uma síndrome respiratória aguda grave. Mas, esse quadro mais acentuado é relatado, de modo geral, entre pessoas que já possuem outras doenças o que, em casos extremos, pode levar a óbito.
Como evitar o pânico?
Embora exista esse fator de complicação, dados mais recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam uma taxa de letalidade baixa, em torno de 2 a 3% entre os casos confirmados. Isso significa que o coronavírus é menos letal que a SAARs (Severe Acute Respiratory Syndrome), por exemplo.
Mesmo que a cada dia sejam divulgados novos casos da doença, a recomendação mais importante é evitar o pânico generalizado.
Para isso, é fundamental buscar informações em fontes oficiais, como a OMS, Ministério da Saúde e demais órgãos públicos estaduais e regionais.
Manter-se informado é a forma mais eficiente de se proteger da doença e, também, de evitar a disseminação das “fake news”.
Como surgiu o coronavírus?
Os coronavírus (CoV) é uma família viral conhecida pela comunidade científica desde meados de 1937, quando foi isolada pela primeira vez. Mas, foi somente na década de 1960 que o vírus recebeu o nome de “coronavírus”.
De modo geral, as infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, que são bem parecidas com um resfriado comum.
Além de acometer seres humanos, o coronavírus causa infecções respiratórias também em animais. Porém, é importante saber que a principal forma de contágio de todos os coronavírus é de pessoa para pessoa.
Os vírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. Segundo os estudos, grande parte das pessoas possuem contato com esses tipos menos agressivo do vírus ao longo da vida.
Eles são a segunda principal causa do resfriado comum (após rinovírus) e nas últimas décadas, raramente evoluíram para doenças mais graves em humanos.
Variações do vírus
Contudo, algumas variações do vírus foram as responsáveis por síndromes respiratórias graves como a SARS, que é causada pelo coronavírus em associação ao SARS (SARS-CoV).
Em 2002, o SARS-CoV foi motivo de preocupação em mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia. Ele foi o responsável por infectar mais de 8 mil pessoas e causar 800 mortes. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.
Já em 2012, foi isolado outro novo coronavírus em países do Oriente Médio, Europa e África. Essa variação do vírus ficou conhecida como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
Em dezembro de 2019, uma doença respiratória causada por um agente novo do coronavírus foi detectada na cidade de Wuhan, na China. Desde então, as autoridades locais, em conjunto com o Organização Mundial de Saúde (OMS) foram trabalhando para mapear sua sequência genética.
A partir deste estudo, essa nova variação mais grave do coronavírus foi oficialmente nomeada como COVID-19, sigla em inglês para “coronavirus disease 2019”.
O coronavírus foi confirmado no Brasil, e agora?
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus (COVID-19) constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
No Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado pelo Ministério da Saúde no dia 26 de fevereiro, na cidade de São Paulo-SP. O paciente em questão possuía histórico de viagem para Itália.
Ao divulgar a notícia, as autoridades brasileiras ressaltaram não haver necessidade para pânico. Na ocasião, também foi reforçado que a população teria acesso a todas as informações necessárias para que sejam tomadas as devidas precauções para contar a propagação da doença.
Além disso, os serviços de atendimento à saúde público e privados estão orientados a reportar as ocorrências clínicas suspeitas dentro das primeiras 24 horas.
Quem quiser acompanhar a evolução diária do novo coronovírus no Brasil, pode acessar o mapa das Unidades da Federação com casos notificados, de acordo com o levantamentos Ministério da Saúde.
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a confirmar um caso.
Como o Coronavírus é transmitido?
Segundo informações do Ministério da Saúde, as investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento. Por enquanto, não se sabe ao certo com qual facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
Contudo, sabe-se até o momento que os coronavírus apresentam uma transmissão menos intensa que o vírus da gripe. As autoridades de saúde alertam que a transmissão costuma ocorrer pelo ar.
Dessa forma, qualquer pessoa que tenha contato próximo, ou cerca de 1 metro de distância com alguém com sintomas respiratórios, pode correr o risco de ser exposta à infecção.
O contágio também pode se dar por meio de contato pessoal com secreções contaminadas como:
- Gotículas de saliva;
- Espirro;
- Tosse;
- Catarro;
- Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
- Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Quais os sintomas?
Os sinais e sintomas do coronavírus são, principalmente, respiratórios e semelhantes a um resfriado:
- Febre;
- Tosse;
- Dificuldade para respirar;
- Coriza.
Período de incubação e transmissão
O período médio de incubação do coronavírus, ou seja, o tempo em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção é de 5 dias. Mas, esse intervalo pode chegar a 12 dias.
Até o momento, não há informações suficientes sobre quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada transmite o vírus. Alguns dados extraídos do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas.
Como prevenir o coronavírus?
O contágio pelo coronavírus pode ser combatido com bons hábitos de higiene. Isso significa que atitudes como lavar as mãos frequentemente já são consideradas como forma eficientes de evitar a propagação do vírus.
Mas, existem outras medidas práticas de proteção contra o coronavírus, que, na verdade, são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias:
- Lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool. Este procedimento deve ter duração de, pelo menos, 20 segundos;
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
- Lavar as mãos antes e depois de comer;
- Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço. Deve-se, em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos;
- Evitar contato próximo com pessoas doentes;
- Ficar em casa quando estiver doente;
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies que são tocados com frequência.
Também recomenda-se evitar aglomerações de pessoas em lugares fechados. Mas, as autoridades em saúde alertam que neste tipo de situação o risco de transmissão somente é elevado em áreas com grande incidência de casos, o que no Brasil não existe no momento.
O que fazer em caso de suspeita de coronavírus?
Os médicos orientam que as pessoas com sintomas leves não devem ir para hospitais, onde há maior chance de contaminação com o vírus
Essa recomendação é válida quando uma pessoa apresentar febre, tosse e dificuldade de respirar, por exemplo, mas sem ter tido contato com uma região contaminada.
Já em casos em que pode ter havido contato com um possível transmissor, o paciente deve procurar atendimento médico assim que possível e compartilhar o histórico de viagens com o profissional de saúde.
Qual hospital pode receber paciente com coronavírus?
No site do Ministério da Saúde é possível acessar a lista dos hospitais e Unidades de Básicas de Saúde que prestam atendimento em cada município.
A recomendação para a área médica é para que os casos classificados como suspeitos, prováveis e confirmados devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sintomas clínicos.
Os casos mais graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência estadual para que seja feito o isolamento e tratamento. Já os casos suspeitos leves podem não necessitar de hospitalização, sendo acompanhados com medidas de precaução domiciliar.
Como é o tratamento para o coronavírus?
Não existe tratamento específico. São indicadas apenas algumas medidas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como por exemplo:
- Uso de antitérmicos e analgésicos para aliviar a dor e a febre;
- Uso de umidificador no ambiente ou banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse;
- Repouso e consumo de líquidos.
Veja também outras informações e recomendações sobre a doença:
Há vacinas contra o novo coronavírus?
Ainda não. No entanto, cientistas em todo o mundo já iniciaram pesquisas para o seu possível desenvolvimento.
Deve-se usar máscaras?
A OMS recomenda que somente pessoas que apresentem sintomas usem máscaras como forma de minimizar a disseminação do contágio. Quem estiver saudável não precisa se preocupar.
Coronavírus e as fake news
Não caia e, principalmente, não propague as fake news. Busque informações somente em canais oficiais do governo como o Ministério, Secretarias Estaduais e Organizações Mundiais de Saúde.
Na dúvida? Consulte o site do Ministério da Saúde e veja quais são as notícias mentirosas que estão sendo divulgadas.
Conheça também alguns mitos e verdades sobre o Coronavírus e veja como proteger os idosos do vírus.
+ Qual o papel dos planos de saúde no combate ao coronavírus?
Última atualização em 11/03/2019